Ex-ministro da Defesa do governo de Michel Temer, Raul Jungmann enfrentou uma crise no Ex�rcito quando o general Hamilton Mour�o, ent�o secret�rio de Economia e Finan�as do Ex�rcito, resolveu criticar o governo. Acabou afastado. Jungmann n�o v� paralelo entre esse epis�dio e o que, no domingo, envolveu o general Eduardo Pazuello no Rio. "A responsabilidade maior do que se passou � do presidente da Rep�blica, que � o comandante supremo das For�as Armadas", afirmou. A seguir, trechos de sua entrevista ao Estad�o.
A ida do general Eduardo Pazuello a um evento pol�tico-partid�rio pode ser comparada ao epis�dio com o general Hamilton Mour�o no governo Temer?
O caso do Mour�o se deu numa palestra, sem nenhum car�ter pol�tico-partid�rio. Ele era da Secretaria de Economia e Finan�as, e o general Villas B�as o colocou � disposi��o. Foi um caso diferente.
O sr. acha que o comando deve tomar uma provid�ncia agora?
N�o existe outro caminho, embora a responsabilidade maior seja do presidente da Rep�blica, que � o comandante supremo das For�as Armadas. Pazuello feriu o Regulamento Disciplinar do Ex�rcito e um dos fundamentos de qualquer for�a armada, que � a disciplina. N�o se pode admitir que as For�as Armadas, em sendo institui��o de Estado, como se encontra no artigo 142 da Constitui��o, tenham atitudes pol�ticas ou de governo. Diante disso � cab�vel uma san��o.
Qual o caminho? A abertura de apura��o disciplinar?
Sim, � isso. Isso compete privativamente ao comandante do Ex�rcito, podendo ele ouvir ou n�o o Alto Comando.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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