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Estado de Minas POL�TICA

Salles diz que se reuniu tr�s vezes com madeireiros e parlamentares


03/06/2021 20:36

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, relatou ao Procurador-Geral da Rep�blica, Augusto Aras, a participa��o em tr�s reuni�es com madeireiros, parlamentares e autoridades para tratar da Opera��o Handroanthus, que resultou em apreens�o recorde de madeira ilegal - e tamb�m na not�cia-crime enviada ao Supremo Tribunal Federal contra o aliado do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Salles, uma dessas reuni�es se deu a pedido do ministro Luiz Eduardo Ramos, ent�o ministro da Secretaria de Governo e hoje chefe da Casa Civil,

Os encontros foram citados e detalhados em documento datado do �ltimo dia 3 de maio, encaminhado ao Minist�rio P�blico Federal para rebater a not�cia-crime que imputou a Salles supostos crimes de obstru��o de investiga��o ambiental, advocacia administrativa e organiza��o criminosa. Um trecho do texto foi citado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica no pedido de abertura de inqu�rito contra o ministro do Meio Ambiente, sendo o arquivo juntado aos autos da investiga��o.

No documento, Salles relatou que solicita��o de reuni�o feita �pessoalmente� por Eduardo Ramos indicava que o encontro contaria com a participa��o da Secretaria de Governo, dos Minist�rios da Justi�a e do Meio Ambiente, da Procuradoria do Estado de Roraima, de senadores e deputados federais, al�m de �demais �rg�os de governo�.

A reuni�o se deu no dia 25 de mar�o, na sede da pasta chefiada por Salles, tendo o ministro anexado ao documento enviado � PGR as fotos da reuni�o, assim como uma lista dos participantes que podiam ser identificados nas imagens. A lista de presen�a aponta a presen�a de representantes do setor madeireiro, al�m de propriet�rios de fazendas.

Salles ressaltou que estavam presentes na reuni�o o n�mero 2 do Minist�rio da Justi�a, o secret�rio executivo Tercio Issami Tokano, e dois delegados chefes da Pol�cia Federal, das �reas ambiental e fazend�ria.

Ainda segundo o ministro do Meio Ambiente, ap�s tal reuni�o que ficou decidido por �consenso� que uma delega��o composta por parte dos presentes iria � Amaz�nia.

De acordo com Salles, o grupo buscava �conhecer de perto a realidade dos fatos narrados, com vistas a responder politicamente ao reclamo do setor produtivo que deixou claro sentir-se perseguido e desconsiderado pela forma como acreditam que vinham sendo tratados pelo delegado Saraiva�.

"Foi portanto, nesse esp�rito p�blico, transparente e institucional que transcorreram n�o apenas a reuni�o em Bras�lia, como as duas viagens acordadas ao Estado do Par�", registra o documento enviado por Salles � PGR.

A reuni�o mencionada por Salles foi caracterizada na not�cia-crime enviada por Saraiva ao Supremo como um encontro �entre ministros e parlamentares para realizar a defesa dos interesses dos madeireiros�.

O delegado que caiu da chefia da PF no Amazonas ap�s os atritos com Salles chegou a afirmar que o ministro do Meio Ambiente se comportava �como verdadeiro advogado da causa madeireira�, citando que nas duas viagens feitas ao Par� - citadas por Salles no documento � PGR - o aliado de Bolsonaro manifestou apoio aos madeireiros, �acenando para uma presun��o de legalidade� das cargas apreendidas e �ignorando a exist�ncia de uma investiga��o policial em curso�.

Outros encontros

Segundo o ministro do Meio Ambiente, a solicita��o de reuni�o feita pessoalmente por Ramos se deu dias depois de Salles ser procurado pelo senador Telm�rio Motta - que tamb�m foi citado na not�cia crime elaborada pelo ex-chefe da Pol�cia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, sendo o pedido de inqu�rito contra o parlamentar arquivado - para tratar da opera��o contra extra��o de madeira ilegal. Salles registrou que o parlamentar foi acompanhado do Secret�rio Executivo do Minist�rio da Justi�a, sendo que ambos foram encaminhados �pela assessoria da Casa Civil�.

Salles tamb�m mencionou que antes dos dois encontros, foi solicitada audi�ncia ao Minist�rio do Meio Ambiente pelo senador Jorginho Melo e a deputada federal Caroline de Toni, que foram acompanhados por empres�rios de Santa Catarina, propriet�rios de terras no Par� nas quais desenvolvem atividade de manejo florestal. Os madeireiros teriam mencionado a opera��o conduzida por Saraiva, alegando que o delegado �estaria procrastinando o andamento do feito propositalmente, com vistas a deliberadamente prejudicar todo o setor madeireiro local�.

COM A PALAVRA, A SEGOV

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a Secretaria de Governo. O espa�o est� aberto para manifesta��es.


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