(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

CPI da Covid: Queiroga fica isolado e � contrariado at� por governistas


08/06/2021 15:17

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, ficou isolado no in�cio de seu segundo depoimento na CPI da Covid e foi contrariado at� por aliados do presidente Jair Bolsonaro. Queiroga afirmou que a cloroquina n�o tem efic�cia comprovada contra a covid-19 e que n�o h� nenhum infectologista trabalhando na pasta.

Durante a sess�o da CPI, o ministro fez a declara��o mais enf�tica at� o momento sobre o chamado tratamento precoce, defendido por Bolsonaro apesar de n�o haver nenhuma evid�ncia cient�fica da efic�cia de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina contra a covid-19. "Senador, eu j� respondi a Vossa Excel�ncia, essas medica��es n�o t�m efic�cia comprovada. N�o t�m efic�cia comprovada", disse ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

O chamado tratamento precoce � defendido por Bolsonaro e pela tropa de choque do Pal�cio do Planalto na CPI da Covid. O coment�rio de Queiroga provocou cr�ticas do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que assumiu uma vaga de titular na comiss�o ap�s a viagem do senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao exterior nesta semana. "N�s vamos apoiar a vacina, sim, mas n�o podemos desqualificar o tratamento precoce", disse Heinze.

O ministro declarou que n�o questiona a legitimidade de m�dicos pr�-cloroquina, mas que o protocolo sobre o tratamento precisa ser resolvido no ambiente cient�fico e pacificado "de uma vez por todas". O protocolo sobre a medica��o poder� ser conclu�do em "curto per�odo de tempo" pela Comiss�o Nacional de Incorpora��o de Tecnologias do SUS (Conitec), disse Queiroga. Ele se negou, por�m, a retirar do site do minist�rio uma nota que recomenda a administra��o da cloroquina desde os primeiros sinais da doen�a.

Outro defensor do governo, Eduardo Gir�o (Podemos-CE) tamb�m criticou o posicionamento contr�rio ao tratamento precoce. Gir�o ressaltou, por�m, que n�o concordava com o comportamento de Bolsonaro ao promover aglomera��es.

Outra diverg�ncia com a base governista foi sobre o quadro de servidores do Minist�rio da Sa�de. "O Minist�rio da Sa�de, ao longo do tempo, tem perdido quadros. N�s n�o temos, no Minist�rio da Sa�de, m�dicos infectologistas. Temos a doutora Carolina, que � m�dica infectologista, mas ela � servidora da CGU. Ela n�o est� ali na fun��o de m�dica infectologista. O que n�s temos s�o m�dicos consultores, que nos apoiam", disse o chefe da pasta.

Aliados de Bolsonaro, Heinze e Marcos Rog�rio (DEM-RR) afirmaram que o minist�rio teria, sim, infectologistas. "O Minist�rio da Sa�de tem, pelo menos, sete infectologistas", disse Rog�rio, sendo retrucado pelo relator em seguida. "Ent�o, o ministro est� mentindo? Respeita o ministro, rapaz", afirmou Renan a Marcos Rog�rio.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a situa��o de Queiroga mostra que ele pode estar prestes a deixar o minist�rio da Sa�de. "Eu at� vejo que aqui, quando v�m algumas pessoas, vem gente de todo canto para defender, n�o � verdade? At� o senador Fl�vio Bolsonaro vem aqui. Hoje, cad� o Ciro Nogueira? Cad� os outros? Vossa Excel�ncia est� s� a�. Est� abandonado aqui", disse o petista. Apesar de ter a autonomia questionada, Queiroga refor�ou que Bolsonaro est� "preocupado" com quest�es sanit�rias e "apoia" as a��es do minist�rio, especialmente a vacina��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)