
Em entrevista ao site Jota, Pacheco deixou claro que confia no atual sistema eleitoral no Brasil, mas admitiu a possibilidade de aprovar a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) em tramita��o na C�mara para eliminar d�vidas sobre a confiabilidade das urnas eletr�nicas. "Se h� senadores e deputados sustentando isso e se houver viabilidade t�cnica e operacional para uma implanta��o dessa natureza que d� maior confiabilidade ao sistema de escolha de candidatos, � perfeitamente poss�vel n�s admitirmos."
Na semana passada, em audi�ncia na C�mara, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso, defendeu a confiabilidade das urnas eletr�nicas e disse que o voto impresso seria um "retrocesso".
Para Pacheco, no entanto, o fato de nunca ter ocorrido nenhum caso de fraude eleitoral conhecido desde a implanta��o da urna eletr�nica, em 1996, n�o significa que elas n�o possam ocorrer. "Eu n�o enxergo e n�o acredito em vulnerabilidade do sistema eleitoral. Eu tenho confian�a na Justi�a Eleitoral do Pa�s, na higidez do processo de escolha atrav�s das urnas eletr�nica. (Mas) O fato de eu n�o acreditar n�o significa que n�o exista."
Patrocinador da proposta, Bolsonaro j� disse que, sem o voto impresso, n�o haver� elei��es no Pa�s no pr�ximo ano. Na quinta-feira, 10, o chefe do Planalto voltou a defender a proposta e criticou o presidente do TSE. "Que neg�cio � esse de judicializar? N�o tem cabimento. Se o Congresso aprovar o voto impresso, vamos ter elei��es com voto impresso e ponto final. Cada um de n�s deve respeitar a Constitui��o e o Parlamento."
Em tramita��o na C�mara, a PEC n�o acaba com a urna eletr�nica, mas inclui na Constitui��o um artigo que torna obrigat�ria a impress�o de comprovantes f�sicos de vota��o, que devem ser depositados automaticamente em uma caixa de acr�lico acoplada ao equipamento. Com isso, o eleitor poder� conferir se o recibo em papel coincide com o que digitou, mas n�o poder� levar o comprovante. Para que seja v�lida nas elei��es de 2022, a medida precisa ser aprovada pela C�mara e pelo Senado at� outubro deste ano.