A revela��o do deputado Luis Miranda (DEM-DF) de que o presidente Jair Bolsonaro teria citado o nome do deputado e l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir as supostas irregularidades na compra da Covaxin repercutiu imediatamente entre a c�pula da CPI da Covid. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), ressaltou que Barros foi o autor de uma emenda � Medida Provis�ria 1026/2021 para a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) acelerar a an�lise de vacinas j� autorizadas na �ndia - o que beneficiou a Covaxin.
"Queria dizer que vossa excel�ncia (Simone Tebet) fez a grande pergunta do dia. Queria congratula-la por conseguir a resposta que todos quer�amos. O nome citado por Miranda � o mesmo que apresentou na C�mara que autorizou a aquisi��o da Covaxin", disse Renan. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que, a partir da cita��o ao nome de Barros, o "roteiro est� pronto". "� um grande momento da CPI. Estamos diante do maior esc�ndalo de corrup��o da hist�ria da Rep�blica", disse Randolfe, destacando que a MP na qual Barros prop�s a emenda � a mesma em que o governo Bolsonaro recuou e n�o inseriu na vers�o final da minuta o dispositivo que garantiria a compra de imunizantes como da Pfizer.
Antes de citar o nome de Barros, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) deu detalhes � CPI de como Bolsonaro teria reagido ao saber das supostas irregularidades, em reuni�o no dia 20 de mar�o. "O que eu percebi, sem querer proteger, o presidente demonstrou aten��o ao que est�vamos falando. Ele cita para mim assim: 'voc� sabe quem �, n�? Que ali � foda, se eu mexo nisso ai, j� viu a merda que vai dar. Isso � fulano, voc�s sabem que � fulano n�'", relatou Miranda.
"(Deu a entender) que nesse grupo espec�fico n�o tinha a for�a de combater. Ele fala o nome, mas n�o tem certeza tamb�m. Fala assim, 'deve ser coisa de fulano, puta merda, mais uma vez... vou acionar o Diretor-Geral da PF para investigar'. N�o foi uma a��o de coniv�ncia, foi de 'estou amarrado'", disse Miranda.
"Hoje eu tirei um peso das minhas costas", comentou o deputado, ap�s confirmar o nome de Barros, que j� era especulado numa s�rie de questionamentos dos senadores da CPI.
J� Barros foi �s redes sociais para negar envolvimento no caso. "N�o participei de nenhuma negocia��o em rela��o � compra das vacinas Covaxin. 'N�o sou esse parlamentar citado'. A investiga��o provar� isso. Tamb�m n�o � verdade que eu tenha indicado a servidora Regina C�lia como informou o senador Randolfe. N�o tenho rela��o com esse fatos", afirmou o l�der do governo na C�mara. Antes, Randolfe afirmou que Barros assinou a nomea��o da servidora que foi fiscal do contrato da Covaxin, quando era ministro da Sa�de do governo Temer.
J� o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou a necessidade de prote��o policial aos dois irm�os - Miranda e de Luis Ricardo Miranda, funcion�rio do Minist�rio da Sa�de que relatou press�es no processo da vacina indiana.
"Estou pedindo ao diretor da PF prote��o a eles e a fam�lia. Caso aconte�a alguma coisa, o diretor da PF ir� responder pela vida deles. O of�cio est� na sua m�o, � obriga��o que se d� garantia de vida", afirmou Aziz, para logo depois esclarecer que, segundo informa��es da mesa da CPI repassadas pela PF, o deputado precisa pedir tal prote��o � Pol�cia Legislativa da C�mara. "E j� foi pedido, e ainda n�o atendido", disse o presidente da CPI.
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