O Minist�rio da Sa�de designou o general da reserva Ridauto L�cio Fernandes como substituto eventual do diretor do Departamento de Log�stica em Sa�de, cargo que at� ontem era ocupado por Roberto Ferreira Dias, exonerado nesta madrugada ap�s ser acusado de pedir propina para fechar um contrato para compra de vacina anticovid. Ridauto � assessor do mesmo departamento desde janeiro deste ano. Ele assume a fun��o no lugar de Marcelo Blanco da Costa, dispensado nesta quarta-feira, 30, da tarefa. Militar, Blanco da Costa tamb�m foi nomeado assessor da �rea pelo ent�o ministro Eduardo Pazuello ainda em maio do ano passado.
A troca foi publicada em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) nesta tarde. A portaria com a mudan�a � assinada pelo secret�rio executivo do minist�rio, Rodrigo Otavio Moreira da Cruz.
Pelo menos por enquanto, Ridauto responder� pela �rea que era chefiada por Roberto Ferreira Dias. A demiss�o de Dias j� havia sido anunciada na noite de ontem pela pasta e ocorreu depois que o empres�rio Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davatti Medical Supply, afirmar � Folha de S.Paulo que Dias pediu propina para o governo federal fechar contrato de compra de vacinas contra a covid-19.
A propina seria de US$ 1 para cada dose da vacina da AstraZeneca/Oxford adquirida pelo Minist�rio da Sa�de. O laborat�rio nega, no entanto, que a Davatti Medical Supply seja sua representante. A empresa americana tamb�m foi desautorizada pela AstraZeneca no Canad�.
Antes mesmo da den�ncia de Dominguetti , o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irm�o, Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe de Importa��o do Departamento de Log�stica do Minist�rio da Sa�de, em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, j� haviam citado Roberto Ferreira Dias como participante de um suposto esquema de corrup��o envolvendo a aquisi��o de vacinas.
A indica��o de Dias ao cargo na Sa�de � atribu�da ao ex-deputado Alberto Lupion (DEM-PR), com respaldo do atual l�der do governo na C�mara, Ricardo Barros (Progressitas-PR), que teria sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo relato do deputado Luis Miranda, como o respons�vel pelo "rolo" da Covaxin.
O agora ex-diretor do Minist�rio da Sa�de tamb�m quase ocupou uma diretoria da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) no ano passado. Bolsonaro desistiu da indica��o ap�s o Estad�o/Broadcast mostrar que o diretor havia assinado contrato de R$ 133,2 milh�es no Minist�rio da Sa�de com ind�cios de irregularidade, para compra de 10 milh�es de kits de materiais utilizados em testes de covid-19.
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