
Dominguetti se apresentou como representante informal da Davati Medical Supply durante a negocia��o. Questionado pelo senador Marcos Rog�rio (DEM-RO), ele confirmou que efetivamente trabalhou apenas para a Davati tamb�m nas ofertas a munic�pios.
Marcos Rog�rio apresentou documentos e afirmou que Dominguetti ofertou doses da empresa Johnson e Johnson, fabricante da Janssen. O vendedor, por�m, negou ter representado a companhia. De acordo com Marcos Rog�rio, o governo federal, Estados e munic�pios foram alvo de uma tentativa de golpe na oferta de vacinas contra o novo coronav�rus. Ap�s as perguntas do senador, a reuni�o foi suspensa para um intervalo de 20 minutos.
Em mar�o, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei permitindo a compra de vacinas pela iniciativa privada, Estados e munic�pios. No caso das empresas privadas, por�m, as doses precisam ser doadas integralmente as doses compradas ao Sistema �nico de Sa�de (SUS) at� a vacina��o nos grupos priorit�rios no Pa�s. Durante o depoimento, o policial negou ter rela��o ou apoio ao presidente da Rep�blica.
Propina
Ap�s ter recebido um suposto pedido de propina do Minist�rio da Sa�de, o policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse que prontamente afirmou que a negocia��o n�o iria seguir daquela forma. O pedido, de acordo com ele, foi feito pelo ex-diretor de Log�stica em Sa�de da pasta, Roberto Ferreira Dias, no dia 25 de fevereiro.
Dominguetti se apresentou como representante informal da Davati Medical Supply durante a negocia��o. A den�ncia veio � tona com uma entrevista do policial ao jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o depoente, o representante da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, foi quem passou seu contato � reportagem do jornal. "De repente eu recebi liga��o dele, com ele j� dizendo da jornalista", disse. "Ela (rep�rter) parecia j� saber da den�ncia." "O Cristiano me falou: conta tudo, fala tudo."
Ele foi questionado por senadores por que, como policial militar da ativa, n�o deu voz de pris�o ao diretor do Minist�rio da Sa�de na ocasi�o. De acordo com ele, isso n�o ocorreu devido � "complexidade" da situa��o. Ele afirmou ter avisado o representante oficial da empresa sobre o pedido. Durante o depoimento, Dominguetti foi acusado de ter cometido crime de prevarica��o.