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Estado de Minas POL�TICA

Presidenci�veis defendem reformas tribut�ria e pol�tica


02/07/2021 08:35

Os presidenci�veis Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Eduardo Leite (PSDB) convergiram mais do que discordaram em caminhos poss�veis para a supera��o das graves crises sanit�ria e econ�mica do Pa�s. No primeiro debate da s�rie Prim�rias, realizado nesta quinta-feira, 1�, em S�o Paulo, pelo Centro de Lideran�a P�blica (CLP), em parceria com o Estad�o, os tr�s potenciais candidatos em 2022 defenderam a necessidade de uma reforma tribut�ria e mudan�as no sistema pol�tico nacional como essenciais para a retomada do crescimento e o estabelecimento de um ambiente pol�tico mais est�vel.

Marcado pelo tom propositivo, o encontro mediado pelo cientista pol�tico e presidente do CLP, Luiz Felipe d'Avila, exp�s tamb�m os temas e bandeiras que eles pretendem apresentar neste per�odo ainda distante da campanha eleitoral do ano que vem: Ciro, ex-ministro e ex-governador do Cear�, reiterou a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento; Leite ressaltou a defesa do equil�brio fiscal, citando, sempre que pode, sua experi�ncia como governador do Rio Grande do Sul; Mandetta, se destacou pela cr�tica contundente ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a integrar como ministro da Sa�de.

Os tr�s avaliaram que, para al�m da trag�dia sanit�ria, a pandemia exige respostas imediatas nos campos econ�mico e social e discutiram quest�es como crise energ�tica, Sistema �nico de Sa�de (SUS), desmatamento da Amaz�nia e desenvolvimento.

Escolhido por sorteio, Mandetta foi o primeiro a falar, defendendo uma reforma tribut�ria, para que o Brasil n�o seja "um inferno fiscal". Ele disse tamb�m que os programas de suporte social devam ser continuados. "Vamos ter de fazer transfer�ncia de renda por um bom tempo porque as pessoas est�o passando fome", afirmou. Mandetta pediu �nfase no setor de constru��o civil.

Ciro Gomes afirmou que quer "devolver ao Pa�s uma no��o de projeto nacional de desenvolvimento. "Hoje, ningu�m sabe para onde o Brasil est� indo em nenhum setor". Ele disse que, se eleito presidente, tomaria tr�s provid�ncias: o socorro �s fam�lias endividadas, o socorro �s empresas "colapsadas" e a elabora��o de um plano de R$ 3 trilh�es em dez anos para retomar o crescimento.

Leite lembrou que n�o se pode crescer sem implementar uma pol�tica nacional de imuniza��o. Para ele, "a vacina��o � o primeiro passo para que se possa ter tranquilidade para pensar o crescimento para al�m da recupera��o p�s-pandemia".

Em resposta a uma quest�o sobre a proposta de semipresidencialismo encampada pelo ex-presidente Michel Temer, Leite lembrou que o PSDB mant�m a bandeira do parlamentarismo, mas que este � um processo longo. Destacou que a instabilidade pol�tica gera riscos econ�micos e defendeu que o pr�ximo presidente da Rep�blica n�o se candidate � reelei��o.

"A gente n�o pode banalizar o impeachment, mas n�o pode permitir que se banalize a Presid�ncia da Rep�blica", afirmou, ressaltando que as atuais den�ncias "merecem ter toda a aten��o para, se for o caso inevit�vel, dar curso ao processo de impeachment". "A primeira maldade que fizeram na condu��o dessa pandemia foi a quebra do pacto federativo", completou Mandetta. "O governo fez uma interven��o militar sem preparo t�cnico para se ausentar do processo. Isso causou uma enorme ruptura no nosso sistema de sa�de".

Diante das den�ncias de suposta cobran�a de propina para a compra de imunizantes, o ex-ministro da Sa�de afirmou tamb�m: "Al�m de n�o adquirir, de atrasar, ainda coloca sob suspei��o o uso de corrup��o do dinheiro p�blico na compra. Partir para negociatas na compra de vacina me parece que esse � o crime principal".

Mandetta reconheceu que o Pa�s vive uma dualidade: presidencialismo com Congresso forte. E disse que seria interessante a ado��o de mecanismos do parlamentarismo, como o voto de desconfian�a. "Sem a reforma pol�tica o Brasil caminha para a divis�o."

Em outros momentos do debate, Ciro defendeu taxar grandes fortunas - acima de 20 milh�es. Mandetta disse temer a fuga de capitais

Nas considera��es finais, o presidenci�vel do PDT defende uni�o em torno de um projeto comum. Mandetta tamb�m falou em di�logo. "Tem caminho, tem uni�o, gente que est� a fim de fazer e tem pressa."

Leite concluiu defendendo que o Brasil volte ao centro com pol�ticas ambientais, a��es de prote��o social e respeito � diversidade.

Exames

Os tr�s participantes se submeteram a exames da covid-19 e testaram negativo assim que entraram no teatro D. O esquema sanit�rio do debate foi rigoroso. N�o houve participa��o do p�blico e restri��o de assessores. Uma vez feito o teste, n�o era mais permitido sair do teatro. Mandetta foi o primeiro a chegar com quase uma hora de anteced�ncia. Ciro chegou em seguida e os dois conversaram longamente no camarim. O ex-ministro de Bolsonaro contou ao pedetista como eram ca�tica as reuni�es ministeriais e que o presidente sabe pouco sobre o que se passa em cada pasta.

Debatedores preferem dist�ncia dos atos de rua pelo impeachment

Os tr�s pr�-candidatos � Presid�ncia identificados com o centro pol�tico nacional que participaram ontem do debate "Prim�rias" promovido pelo Estad�o em parceria com o Centro de Lideran�as Pol�ticas (CLP), os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador Eduardo Leite (PSDB), disseram que n�o pretendem participar dos atos de rua convocados para amanh� por organiza��es e partidos de esquerda para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Entre os participantes do debate, apenas Ciro se disse favor�vel ao movimento pluripartid�rio que reuniu lideran�as da esquerda, centro e direita em um "superpedido" protocolado nesta semana na C�mara dos Deputados.

Ciro disse ter um sentimento d�bio em rela��o aos atos. "De um lado, considero que o Brasil ainda n�o superou a pandemia. Mas, de outro, o Bolsonaro est� destruindo a na��o brasileira. Entre um valor e outro, estou dizendo �s pessoas que pensem nisso e, se resolverem ir, que v�o, mas com muito cuidado. Nesse momento estou decidido que n�o � correto eu ir, mas vou consultar as pessoas", disse Ciro.

"Tenho v�rios relatos de pessoas que foram �s manifesta��es e sa�ram porque se sentiram constrangidas. Colocaram adesivos de Lula ou movimentos ligados a partidos pol�ticos. Isso acaba nos afastando. Pelo n�vel de insatisfa��o da popula��o, se n�o fosse a coopta��o por movimentos, muito mais gente estaria nas ruas", afirmou Leite. J� Mandetta, que foi ministro da Sa�de de Bolsonaro, mas rompeu com o presidente, foi contundente. "Tenho evitado aglomera��es. N�o sei se est� na hora de aglomerar. N�o sei quem vai, mas o v�rus vai estar l�."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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