O presidente Jair Bolsonaro, mesmo sem provas, voltou a falar contra a seguran�a das urnas eletr�nicas e a atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso. De acordo com o presidente, Barroso precisa apresentar uma justificativa melhor contra o voto impresso, al�m do custo de implementa��o do processo. "O dinheiro quem trata sou eu, n�o � ele. Agora, n�o vai faltar dinheiro para comprar maquininha para imprimir o voto do lado ali", disse Bolsonaro, que voltou a inflamar seus seguidores. "Nosso Ex�rcito, que s�o voc�s, n�o vai aceitar o que aconteceu em outros pa�ses."
As conversas com apoiadores na sa�da do Pal�cio da Alvorada, sempre recheada de cr�ticas a opositores, virou o principal palco de defesa do presidente ao voto impresso. Bolsonaro inclusive j� fez declara��es de que as elei��es do ano que vem poderiam n�o ocorrer caso o tema n�o fosse aprovado na C�mara. A quem acompanha o presidente diariamente no cercadinho na sa�da do Pal�cio da Alvorada, Bolsonaro tem afirmado que h� uma articula��o dentro do Supremo para que o seu principal advers�rio pol�tico, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), seja al�ado � presid�ncia atrav�s de uma fraude.
O presidente tamb�m voltou a fazer cr�ticas � oposi��o. "N�o estamos livres ainda. A cobra est� viva", afirmou o presidente.
Como mostrou o Broadcast Pol�tico/Estad�o, a Comiss�o Especial da C�mara sobre o tema chegou a ter maioria de votos favor�veis para aprovar voto impresso, mas presidentes de partidos e ministros do STF agiram para trocar os integrantes da comiss�o e deixar o texto sem apoio suficiente.
No fim de junho, presidentes de 11 partidos fecharam um posicionamento contra o voto impresso. Os caciques das legendas, incluindo os da base do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, decidiram derrubar a proposta discutida na C�mara e patrocinada pelo chefe do Planalto.
2022
Bolsonaro continuou colocando em d�vida sua participa��o no pleito de 2022. Sem partido, e com a popularidade em baixa, o presidente declarou que tem at� mar�o para decidir filia��o e, at� l�, decide seu futuro. O chefe do Executivo alegou que n�o poderia falar agora que � candidato porque isso infringe as regras eleitorais.
"Eu n�o posso falar que sou candidato agora que � crime eleitoral. E outra, se eu for falar em elei��o eles v�o vir em mim. Mar�o tem sim como �ltimo m�s de filia��es, a� eu decido o futuro", disse. O presidente concluiu dizendo que disputar a presid�ncia, "n�o � vida" para ele, mas � uma miss�o. (Colaboraram Camila Turtelli e Anne Warth)
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