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Estado de Minas POL�TICA

Ciro Nogueira responde a cinco processos criminais


27/07/2021 17:01

Terceira aposta do presidente Jair Bolsonaro para a Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) figura como alvo de duas den�ncias criminais e tr�s inqu�ritos que apuram suspeitas de suborno e distribui��o de propinas. O hist�rico judicial do parlamentar tem paralelo com o perfil que Bolsonaro prometia expurgar ao ser eleito, em 2018, sob a promessa de acabar com a velha pol�tica e de romper com fiadores do PT. Nogueira � o presidente do partido que se sagrou como o mais implicado na Opera��o Lava Jato e ascendeu pol�tica e financeiramente durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.

Desde que o presidente aprofundou sua liga��o com o Centr�o para se livrar de pedidos de impeachment e ter governabilidade, o passado de Nogueira foi considerado um mero detalhe pelo Pal�cio do Planalto. Com a fluidez pol�tica que lhe � caracter�stica, Nogueira foi de lulista a integrante do primeiro escal�o de Bolsonaro e hoje vai se encontrar com ele, para acertar detalhes da posse.

Para evitar a completa contradi��o, o presidente desconversa dizendo que poder� abandonar Nogueira em caso de condena��o. "Se (Ciro) for julgado e condenado, afasto do meu governo", disse Bolsonaro, ontem.

Na esfera criminal h� duas den�ncias apresentadas pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) contra o senador, em casos ligados � Lava Jato, ainda pendentes de julgamento. A acusa��o mais recente � de 10 de fevereiro do ano passado. Nogueira teria recebido R$ 7,3 milh�es da Odebrecht para patrocinar interesses pol�ticos da empreiteira, o que a defesa nega. A pe�a � assinada pela subprocuradora-geral da Rep�blica Lind�ra Ara�jo. Designada pelo Procurador-geral Augusto Aras para conduzir os casos da Lava Jato, Lind�ra � considerada pr�xima do bolsonarismo.

Segundo o MPF, Nogueira chefiava uma organiza��o criminosa instalada no Progressistas. No segundo semestre de 2014, por exemplo, teria pedido R$ 1,3 milh�o � Odebrecht. O pagamento foi feito em duas parcelas e registrado no sistema de contabilidade paralelo da empresa sob o codinome de Ciro, que era Cerrado.

A outra den�ncia � de junho de 2018, assinada pela ent�o PGR Raquel Dodge. Neste caso, Ciro Nogueira � acusado, junto com outros membros do partido, de tentar subornar uma testemunha para que ela alterasse o depoimento prestado � Pol�cia Federal no caso conhecido como "quadrilh�o do PP". A testemunha, um ex-motorista, teria "observado a pr�tica de diversos crimes" por parte do senador, segundo o MPF.

Esta den�ncia est� sendo analisada pela Segunda Turma do STF. S�o dois votos para tornar Ciro Nogueira r�u, dos ministros Edson Fachin e C�rmen L�cia. O julgamento est� suspenso desde 2018, quando o ministro Gilmar Mendes pediu vista. O ministro devolveu o processo, mas n�o h� data para que o julgamento seja retomado

Al�m destas den�ncias, a Lava Jato tamb�m resultou em tr�s inqu�ritos contra Nogueira no STF, ainda sem den�ncia apresentada. O mais antigo diz respeito a suspeitas de propina que teriam sido pagas a ele pelo Grupo J&F;, detentor do frigor�fico JBS, em 2014 e em 2016. As outras duas investiga��es s�o sigilosas e foram reveladas neste domingo pelo jornal O Globo. Uma delas diz respeito a suposto pagamento de propina de R$ 1 milh�o da empreiteira OAS, em troca de apoio a uma medida provis�ria no Senado; a outra versa sobre a poss�vel uma influ�ncia na Caixa para liberar um financiamento � construtora Engevix. O senador nega todas as acusa��es.

Patrim�nio

Desde que foi eleito pela primeira vez para a C�mara, em 1994, ele nunca deixou de ter cargos eletivos em Bras�lia. O per�odo tamb�m marcou o seu crescimento patrimonial. Ao fim do primeiro mandato como deputado, em 1998, Nogueira acumulava R$ 746,9 mil em bens. Em valores correntes, o montante representa um patrim�nio de R$ 2,9 milh�es. Segundo dados registrados no TSE, eram dois autom�veis, metade de um apartamento, uma casa em constru��o, um terreno e parte de uma empresa.

Na disputa de 2018, quando foi reeleito para o Senado, Nogueira declarou � Justi�a Eleitoral ter R$ 23,3 milh�es em bens. A quantia corresponde a R$ 26,4 milh�es em valores atuais. A maior fatia (R$ 18 milh�es) vem da sua participa��o na CN Motors, concession�ria de motocicletas com filiais no Piau� e no Maranh�o. Al�m de senador, Nogueira e familiares atuam no ramo automotivo e imobili�rio. Em Teresina, s�o conhecidos por serem propriet�rios de diversos im�veis. Em nota, a assessoria do senador destacou que o patrim�nio dele � "rigorosamente auditado pelo TCU" e, al�m de o senador possuir empresas, herdou bens do pai, "todos devidamente declarados". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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