Reverendo admite ter esperado doa��o por facilitar acesso de empresa � Sa�de

O reverendo Amilton Gomes de Paula admitiu que havia uma expectativa de a Secretaria Nacional de Assuntos Humanit�rios (Senah) receber uma doa��o ao intermediar o acesso da empresa Davati ao Minist�rio da Sa�de. A Davati tentou vender vacinas ao governo sem comprovar a capacidade de entregar as doses.

Em depoimento na CPI da Covid, o reverendo declarou que acionou o minist�rio apenas de forma formal, por meio de e-mails institucionais, e negou ter alguma rela��o que tenha facilitado os contatos dele na negocia��o. A vers�o causou estranheza de senadores, que suspeitam de favorecimento do governo. O pastor alegou que n�o recebeu aval de nenhuma autoridade p�blica para a intermedia��o.

Ao ser questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), ele afirmou que n�o fez nenhum acordo com a Davati, mas admitiu conversas sobre uma doa��o para a ONG que representa. "N�o foi estabelecido nenhum valor. Desde o in�cio, falava-se sobre doa��o", declarou. De acordo com o reverendo, a atua��o dele era apenas "humanit�ria". Ele negou conhecer pessoas no governo ou pessoas pr�ximas ao presidente Jair Bolsonaro. "O nosso interesse era extremamente humanit�ria." O reverendo disse ainda que "doa��o n�o � ilegal, n�o caracteriza vantagem."