O ex-assessor especial do Minist�rio da Sa�de Airton Ant�nio Soligo, que ocupou o cargo de junho do ano passado a mar�o de 2021, declarou que, durante sua atua��o na pacifica��o do acordo entre o governo federal e o Instituto Butantan na compra da Coronavac, um dos grandes problemas foi a politiza��o da vacina. De acordo com Soligo, era preciso "retornar esse di�logo" com o Instituto para viabilizar a compra do imunizante. Contudo, o ex-assessor negou que as tratativas com o Butantan tenham sido interrompidas.
De acordo com Soligo, mesmo com os atritos gerados pelas cr�ticas do presidente Jair Bolsonaro ao imunizante, acordos com o Instituto para compra de vacinas estava pacificada at� outubro do ano passado. "Do ponto de vista do minist�rio com o Butantan, em nenhum momento (foi interrompido o processo de compra), mas na m�dia nacional, � fato". Mesmo apontando a politiza��o da vacina como um dos principais problemas da vacina, Soligo se recusou a comentar quem teria politizado os imunizantes.
Em outubro do ano passado, ap�s o Minist�rio da Sa�de anunciar a inten��o de adquirir 46 milh�es de doses da Coronavac, em mensagem publicada no Facebook, o presidente Bolsonaro desautorizou o Minist�rio e afirmou que a vacina n�o seria comprada. "Presidente, a China � uma ditadura, n�o compre essa vacina, por favor. Eu s� tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interfer�ncia da ditadura chinesa", comentou um usu�rio. O presidente respondeu: "N�O SER� COMPRADA", em caixa alta.
Sobre a desautoriza��o, Soligo afirmou que j� n�o fazia parte da pasta, e que at� o momento das declara��es de Bolsonaro, as negocia��es com o Instituto Butantan estavam pacificadas. O ex-assessor negou tamb�m que tenham acontecido outros conflitos na compra de vacinas al�m da Coronavac. "Conflitos? O que eu presenciei foi essa da Coronavac", disse.
Soligo tamb�m negou que tenha atuado na negocia��o da compra de vacinas, segundo ele, sua atua��o era na articula��o pol�tica, negando saber sobre negocia��o de pre�os e quantidades, afirmando que negocia��es no minist�rio nesse �mbito, pelo que ele sabe, come�aram entre junho e julho do ano passado, com a Fiocruz.
Em defesa de seu trabalho durante sua atua��o na Sa�de, "Cascavel", como � conhecido, afirmou que n�o foi omisso, "eu fiz a minha parte". "Quando falam da vacina, eu chego a dizer o seguinte, se eu tivesse esse poder de decis�o que as pessoas muitas vezes, a imprensa fica dizendo da import�ncia, eu teria comprado, mesmo n�o podendo comprar, como a lei n�o permitia. Eu teria comprado a Pfizer, eu teria comprado a Janssen. Se dependesse de mim, tivesse esse poder, e estaria aqui hoje respondendo porque tinha comprado", afirmou.
POL�TICA