O l�der do Cidadania no Senado e membro da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, Alessandro Vieira (SE), afirmou que o dono Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, pode ser preso se abusar do direito de sil�ncio por falso testemunho. Segundo ele, al�m disso, "� muito prov�vel" que o executivo seja inclu�do na lista de investigados, assim como ocorreu com o advogado da Precisa Medicamentos, T�lio Silveira, que na quarta-feira, 18, prestou depoimento no colegiado.
A oitiva de Maximiano est� marcada para esta quinta-feira (19). Ele comparece � CPI beneficiado por um habeas corpus que lhe garante o direito a n�o se incriminar e a permanecer em sil�ncio.
De acordo com o senador, o colegiado esclareceu com o Supremo Tribunal Federal (STF) os limites do direito do habeas corpus. "No caso espec�fico do Maximiano, ele pode se calar em uma pergunta do tipo: 'Voc� pagou propina?'. Mas se pergunta � se ele conhece algu�m, se j� esteve com algu�m ou se participou de uma determinada reuni�o, n�o", afirmou o senador em entrevista � CNN Brasil.
Contrato suspeito
A Precisa Medicamentos est� na mira do colegiado ap�s ter supostamente representado, junto ao governo federal, o laborat�rio indiano Bharat Biotech na venda da vacina Covaxin. Maximiano j� cancelou outros quatro depoimentos � CPI. O neg�cio entre a representante, o laborat�rio indiano e o Minist�rio da Sa�de, em contrato cancelado de R$ 1,6 bilh�o, tem suspeitas de irregularidades investigadas pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). O valor chegou a ser empenhado ap�s tratativas c�leres mesmo sem a Covaxin ter obtido aprova��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).
Sobre novos depoimentos na comiss�o, Vieira lamentou que n�o houve consenso no grupo majorit�rio do colegiado sobre a convoca��o do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, � CPI. Para ele, o chamamento do ministro � objetivo e importante para o esclarecimento de temas tratados na comiss�o. "Mantenho o requerimento de convoca��o", declarou. Para ele, no entanto, se o colegiado continuar a negar o depoimento, "paci�ncia, a democracia funciona assim e est� sujeita a erros".
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