A decis�o foi tomada depois que o delegado pediu informa��es � PF sobre atos administrativos do atual diretor-geral da corpora��o, Paulo Maiurino, e � Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) sobre relat�rios que teriam sido produzidos pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e pelo Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) para orientar a defesa do senador Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ) no caso das rachadinhas. As medidas foram anuladas por Moraes.
"N�o h�, portanto, qualquer pertin�ncia entre as novas provid�ncias referidas e o objeto da investiga��o", escreveu o ministro.
Moraes determinou que um novo delegado seja designado para assumir a continuidade das investiga��es. Fontes ouvidas reservadamente pela reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" avaliam que a 'inova��o' ousada por parte do delegado Felipe Leal poder� ensejar uma investiga��o sobre abuso de autoridade.
A investiga��o sobre interfer�ncia indevida na PF foi aberta no final de abril de 2020 a partir de informa��es apresentadas pelo ex-ministro da Justi�a, S�rgio Moro, que deixou o governo acusando Bolsonaro de substituir nomeados em cargos estrat�gicos da corpora��o para blindar familiares e aliados de investiga��es. Desde setembro do ano passado, o inqu�rito estava praticamente parado, aguardando uma decis�o do STF sobre o formato do depoimento do presidente, se presencial ou por escrito. O interrogat�rio do chefe do Executivo era considerado a �ltima pend�ncia para produ��o do relat�rio final com a conclus�o das apura��es.
Com a volta do delegado Felipe Leal para o caso, em julho, uma nova frente tinha sido aberta para apurar atos administrativos de Maiurino, que assumiu a dire��o da corpora��o em abril. Foram requisitados dados, por exemplo, sobre a exonera��o de Alexandre Saraiva da chefia da superintend�ncia da PF no Amazonas ap�s a apresenta��o de uma not�cia-crime contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.
Na avalia��o de Moraes, as informa��es n�o guardam qualquer rela��o com o inqu�rito."Verifico, por�m, que as provid�ncias determinadas n�o est�o no escopo desta investiga��o, pois se referem a atos que teriam sido efetivados no comando do DPF Paulo Maiurino, que assumiu a Diretoria-Geral da Pol�cia Federal em 6/4/2021, ou seja, ap�s os fatos apurados no presente inqu�rito e sem qualquer rela��o com o mesmo", diz um trecho da decis�o que afastou o Leal do caso.