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Estado de Minas POL�TICA

Em congresso de conservadores, ministro de Bolsonaro convoca para ato do dia 7


03/09/2021 22:59

O ministro Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previd�ncia) usou o congresso CPAC Brasil, de orienta��o conservadora, com uma plataforma convocat�ria para protestos no 7 de Setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Onyx fez o discurso de abertura do evento nesta sexta-feira, dia 3, e ecoou um bord�o de vi�s autorit�rio que faz alus�o ao Supremo Tribunal Federal (STF), alvo da revolta dos apoiadores do presidente. O ministro tamb�m criticou a Corte.

"No dia 7 vamos todos para rua, vamos de verde e amarelo, mostrar o povo ordeiro, as nossas fam�lias, levar nossos filhos e filhas pelas m�os, levar nossos av�s, os netos, vamos levar nossa alma e nosso cora��o pelas ruas do Brasil para que fique muito claro que supremo � o povo brasileiro", afirmou Onyx. "N�o pode nenhuma pessoa por maior sua arrog�ncia, sua prepot�ncia, por maior que seja seu destemor a Deus, ela achar que ela est� acima do bem e do mal."

O ministro disse que a manifesta��o de 7 de Setembro ser� um recado ao Brasil e ao mundo de que n�o h� "covardes" no governo. Usando ret�rica religiosa, o ministro, que � crist�o protestante, disse que Bolsonaro � o presidente mais atacado do planeta. Ele discursou com uma foto de Bolsonaro ao fundo com a palavra "liberdade" em destaque, repetindo o argumento de que o presidente � v�tima de a��es de outros poderes.

"O presidente Jair Bolsonaro n�o se afastou uma linha da Constitui��o brasileira, s�o outros que venceram as quatro linhas, n�o o presidente", discursou o ministro, sem citar nomes. "N�o h� paralelo no planeta de presidente que tenha sido mais vilipendiado do que esse homem, mais atacado do que ele, mas ele tem resili�ncia, tem for�a e como a maioria de n�s n�o tem medo de botar o joelho no ch�o e dizer 'meu Deus, socorre o meu Pa�s'", disse Onyx, embargando a voz.

Onyx afirmou que, ao determinar as atribui��es sobre restri��es de circula��o da pandemia, o STF, contrariou a estrutura federativa empoderando Estados e munic�pios, "apenas para limitar a a��o do presidente". "Qual foi o resultado do fica em casa, fecha tudo, a economia gente v� depois? As dificuldades que n�s vivemos hoje", disse Onyx.

O ministro fez uma defesa extensa do governo e, ignorando fatos investigados pelo Senado na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid, afirmou que n�o h� casos de corrup��o no governo Bolsonaro. Sem citar os 582 mil mortos, alegou que o novo coronav�rus � um "v�rus chin�s", nomenclatura discriminat�ria condenada internacionalmente, e disse que os problemas no Sistema �nico de Sa�de (SUS) foram "epis�dios pontuais" - mais uma vez ignorando mortes provocadas por demora em atendimento, filas e colapsos na rede, como o de oxig�nio na regi�o Norte. "Na regra nosso sistema funcionou muito melhor que It�lia, Fran�a, Alemanha, Canad�, Espanha, ou seja, pa�ses muito mais desenvolvidos do que o nosso", disse Onyx.

Ele disse que Bolsonaro n�o � negacionista e deixou de comentar a demora na aquisi��o de vacinas, al�m das seguidas vezes em que desrespeitou medidas de distanciamento social e o uso de m�scaras - artigo que n�o vinha sendo usado no audit�rio.

O encontro � uma plataforma de dissemina��o de ideias conservadoras e tamb�m repete teorias conspirat�rias e informa��es falsas ou distorcidas. O evento foi inspirado em uma edi��o dos Estados Unidos e ter�, segundo os promotores, a presen�a de Donald Trump Jr, filho do ex-presidente republicano Donald Trump, n�o reeleito, neste s�bado. Nesta sexta, tamb�m participaram ex-ministros que s�o �cones da direita, como Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Ernesto Ara�jo (Itamaraty).

Os organizadores s�o o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, e S�rgio Santana, do Instituto Conservador-Liberal . Eduardo Bolsonaro, na mesma linha, disse que n�o h� acirramento entre os poderes, mas um "tensionamento causado pelo STF". "O presidente n�o faz nada, o presidente s� � v�tima de desmandos", disse sobre o pai.

Outro tema do primeiro dia do CPAC foi o voto impresso, assunto derrotado na C�mara dos Deputados. Apesar disso, a tentativa de retomar a vota��o em c�dulas de papel e contagem manual continua sendo uma bandeira do bolsonarismo na pauta da manifesta��o de 7 de Setembro. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), que articulava a aprova��o do voto impresso e foi derrotada, voltou � carga levantando suspeitas nunca comprovadas de invas�o e fraude em urnas eletr�nicas. Ele pediu que a Justi�a Eleitoral seja alterada.

"Nunca se comprovou (fraude) porque n�o d� para comprovar. O sistema n�o deixa rastros. Se houver fraude n�o deixa rastros", argumentou a parlamentar. "Temos que mexer na compet�ncia do TSE. N�o � poss�vel que haja tamanha concentra��o de poder."

A deputada pediu que os manifestantes cobrem no dia 7 que haja ado��o do voto impresso, pressionado para que o tema seja analisado novamente em outro formato na C�mara, que n�o uma proposta de emenda � Constitui��o.

"Ainda podemos por meio de lei, e a� a import�ncia do dia 7. Se no dia 7, e h� de ser gigante, o povo mostrar que est� incomodado com essa decis�o do Congresso, que sim queremos elei��es limpas, transparentes e queremos liberdade e a verdadeira democracia, temos que continuar fazendo", disse a deputada. Bia Kicis questionou se "vivemos numa democracia" e se as "institui��es est�o funcionando". A plateia respondeu que n�o.


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