As principais pr�-campanhas � Presid�ncia e ao governo de S�o Paulo negociam ou j� acertaram a contrata��o dos marqueteiros para as disputas de 2022. A movimenta��o, h� pouco mais de um ano da vota��o em primeiro turno, indica que a corrida eleitoral j� entrou na realidade dos principais partidos. Historicamente, os gastos com marqueteiros costumam ser um dos principais das campanhas.
No Congresso, os partidos j� asseguraram ao menos R$ 2,1 bilh�es para as campanhas no ano que vem e negociam a amplia��o deste valor. O montante final s� ser� conhecido na san��o do Or�amento de 2022, cuja discuss�o deve se arrastar at� o fim deste ano.
Enquanto o Congresso debate o valor do fundo que vai patrocinar as campanhas, o mercado do marketing pol�tico passa por um per�odo de intensa movimenta��o.
Na esteira da contrata��o de Jo�o Santana, ex-marqueteiro das campanhas vitoriosas dos ex-presidentes petistas Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, para fazer a pr�-campanha do ex-ministro Ciro Gomes, presidenci�vel do PDT, profissionais de comunica��o que atuaram nas �ltimas elei��es j� est�o operando como "consultores" para pol�ticos com projetos consolidados.
Em campanha nas pr�vias do PSDB, os governadores Eduardo Leite (RS) e Jo�o Doria (SP) t�m publicado nas redes v�deos com qualidade profissional e para isso recorreram a auxiliares de campanhas passadas.
Coordenador de comunica��o da campanha de Leite ao governo ga�cho em 2018, o marqueteiro F�bio Bernardi est� novamente com o tucano, embora ainda em car�ter informal. O PSDB vai destinar cerca de R$ 1,5 milh�o para cada pr�-candidato das pr�vias, mas s� ap�s o dia 20 de setembro, quando ser�o oficialmente abertas as inscri��es. Bernardi, de 50 anos, come�ou a atuar em 1998 ao lado do publicit�rio Nizan Guanaes na campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso.
"� uma rela��o volunt�ria e informal", disse. Segundo Bernardi, a nova legisla��o eleitoral ter� impacto na modelagem, nos limites e nas ferramentas que ser�o usadas nas campanhas do ano que vem. Sobre o valor ainda incerto do fundo eleitoral, ele minimiza. "Quanto menos dinheiro, mais relevante e mais cir�rgica deve ser a estrat�gia", avaliou.
Oponente de Leite nas pr�vias, Doria tem a retaguarda do publicit�rio Daniel Braga, especialista em redes sociais. Em 2016, Braga foi um dos respons�veis pela campanha vitoriosa de Doria � Prefeitura da capital. Ele trabalhou ao lado de Lula Guimar�es, que foi sondado para compor o time nas pr�vias.
De olho na disputa do ano que vem, Doria tamb�m conversa com o marqueteiro Guillermo Rafa, que trabalhou com Duda Mendon�a no in�cio da carreira e em 2018 estava na campanha presidencial de Henrique Meirelles, ao lado de Braga.
No campo petista, a pr�-campanha de Lula tem o jornalista Franklin Martins � frente da comunica��o, mas ainda n�o definiu quem ser� o marqueteiro. O mais cotado � o publicit�rio baiano Sid�nio Palmeira, que fez campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo.
Regional. As disputas estaduais tamb�m movimentam o mercado do marketing pol�tico. Pr�-candidato ao governo paulista pelo PSDB, o vice governador, Rodrigo Garcia, tem aux�lio do marqueteiro Chico Mendez, que tamb�m trabalhou na candidatura de Meirelles.
O publicit�rio fez tamb�m as campanhas de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas em 2014 - em 2012, Mendez participou da campanha de Henrique Capriles � presid�ncia da Venezuela - derrotado por Nicolas Maduro. Embora seja at� agora o �nico postulante do partido � vaga de candidato ao governo no ano que vem, Garcia afirma que tamb�m vai se submeter �s pr�vias em S�o Paulo.
Pr�-candidato ao governo paulista pelo PT, o ex-ministro da Educa��o e ex-prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, chegou, segundo petistas, a conversar com Luiz Gonzales, marqueteiro que fez diversas campanhas para o PSDB. A conversa, por�m, n�o evoluiu para um acordo comercial. O ex-governador Geraldo Alckmin, que deve deixar o PSDB e disputar o governo do Estado pelo PSD, tamb�m tem feito sondagens com marqueteiros e se reuniu com especialistas para conversar sobre cen�rios para o ano que vem. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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