Lira, sobre parecer da CPI: falaremos algo a partir da aprova��o do texto final

O presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), disse que far� coment�rios sobre o relat�rio final da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) apenas ap�s sua vota��o. Elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu rival pol�tico em Alagoas, o parecer pede o indiciamento de 81 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro. O senador recomenda ainda uma proposta para regulamentar o crime de genoc�dio - esse era um dos crimes sobre os quais ele tinha inten��o de indiciar Bolsonaro, mas a cita��o acabou retirada do relat�rio ap�s diverg�ncias entre os senadores.

"N�o conhe�o o relat�rio e n�o sei o que ele vai tratar, quem ele vai incluir e quem ele vai retirar", afirmou Lira. "Conhecendo a vota��o final do relat�rio � que a gente vai ter como se posicionar. O parecer do relator n�o nos cabe comentar at� porque � um trabalho espec�fico dele, com todo respeito e compet�ncia que tem, mas precisar� ser aprovado. A partir do texto final poderemos falar alguma coisa."

Sem citar o nome de Renan, Lira fez quest�o de mencionar a fala em que o relator disse que daria um presente ao senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de indiciados pela propaga��o de not�cias falsas sobre a covid-19. "Os outros senadores estavam pedindo bom senso para que n�o tivesse esse tipo de a��o", afirmou.

Lira disse ainda que aguarda informa��es sobre se o relat�rio vai incluir deputados entre os indiciados no relat�rio "porque expressam seu pensamento". "Se eles cometeram crime ou n�o, estou esperando para me posicionar com rela��o a este evento como presidente da Casa."

Lira foi questionado ainda sobre se a inclus�o do presidente Jair Bolsonaro na lista de indiciados faria com que mudasse sua posi��o a respeito da abertura de processos de impeachment, mas foi evasivo na resposta. Disse ter respeito pelo Senado e pelo trabalho da comiss�o, mas n�o deixou claro se havia mudado de ideia. "Se tem alguma coisa que n�o podemos desconsiderar s�o as mortes que aconteceram no Brasil e no mundo."