O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), evitou comentar o apoio da maioria da bancada do partido � PEC dos Precat�rios, aprovada em primeiro turno pela C�mara dos Deputados na quarta-feira (6), por 312 votos a 144.
Questionado sobre o fato de o partido se dizer oposi��o e apoiar projetos de interesse do governo federal no Congresso, Doria preferiu n�o se posicionar e disse que o assunto deveria ser tratado pela Executiva Nacional da sigla, presidida por Bruno Ara�jo.
"N�o cabe a mim fazer esse ju�zo, cabe ao presidente nacional do partido, Bruno Ara�jo, fazer esta avalia��o. Houve uma reuni�o da Executiva Nacional do PSDB, comandada por Ara�jo, que definiu que o PSDB seria um partido de oposi��o, e n�o mais independente em rela��o ao Bolsonaro. � um assunto de ordem partid�ria", afirmou o governador neste s�bado (6), em entrevista coletiva.
O PSDB se declara oposi��o ao governo Bolsonaro desde 8 de setembro, um dia ap�s os atos de raiz golpista protagonizados pelo presidente no Dia da Independ�ncia. Isso n�o foi suficiente, no entanto, para evitar que 22 dos 31 deputados federais da sigla dessem voto favor�vel � proposta, que fura o teto de gastos, adia o pagamento de d�vidas reconhecidas pela Justi�a e abre espa�o fiscal para o pagamento do Aux�lio Brasil at� o final de 2022.
Cr�tico da PEC, o governador paulista sustentou que a bancada do PSDB em S�o Paulo, composta por oito deputados, votou inteiramente contra o texto, o que demonstraria a inger�ncia de sua lideran�a pol�tica em rela��o aos parlamentares.
"Nada justifica voc� romper o teto de gastos, ainda que deseje atender os mais vulner�veis. O governo fa�a seu dever de casa, diminua suas despesas, reduza seu tamanho e identifique recursos sem romper o teto, como fizemos em SP", respondeu ao recha�ar a PEC.
A aprova��o da proposta exp�s o cen�rio de divis�o nos partidos em compor a chamada terceira via eleitoral para o pr�ximo ano, uma resposta � polariza��o pol�tica entre Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, os dois mais bem colocados nas pesquisas de inten��es de voto.
O texto foi aprovado com a ajuda de siglas da esquerda, como PDT e PSB, mas tamb�m dos tucanos e do PSD, que planeja lan�ar ao Planalto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O epis�dio ainda levou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) a suspender a pr�-candidatura presidencial at� que o partido retire, na vota��o em segundo turno, os apoios que deu � PEC.
Doria est� em Salvador (BA) neste s�bado em agenda de campanha pelas pr�vias que escolher�o em 21 de novembro o candidato do PSDB para a Presid�ncia em 2022. Ele concorre tamb�m com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e com o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virg�lio.
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