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Estado de Minas POL�TICA

'Em 2022 eu e Moro estaremos no mesmo campo'


06/12/2021 17:03

Logo ap�s vencer as pr�vias do PSDB, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, embarcou para uma viagem a Nova York organizada pela Investe SP para encontrar investidores e autoridades na qual se apresentou com um presidenci�vel moderado. Em seguidas reuni�es ao lado de seu secret�rio da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), defendeu o teto de gastos e fez um contraponto ao presidente Jair Bolsonaro. No plano partid�rio, modelou o discurso. Na condi��o de presidenci�vel tucano, passou a defender a pacifica��o com a ala bolsonarista da legenda e desistiu de brigar pela expuls�o de seu maior desafeto, o deputado federal A�cio Neves (MG). Em entrevista ao Estad�o/Broadcast, disse que acredita que ele e o ex-ministro e ex-juiz S�rgio Moro (Podemos) estar�o "no mesmo campo em 2022, mas n�o necessariamente na mesma candidatura". Doria afirma tamb�m que os cinco anos de mandatos p�blicos o fez incluir o social em sua vis�o liberal da economia.

Como ser� o processo de recolher os cacos no PSDB ap�s um processo t�o acirrado de pr�vias?

Toda campanha � dura. Vivi essa experi�ncia em 2016 e 2018. Venci as duas pr�vias e as duas elei��es na sequ�ncia. N�o ser� diferente agora. O p�s pr�vias funciona como um im�. Isso � gradual.

O presidente do PSDB, Bruno Ara�jo, teria sugerido a ideia de que os partidos do centro eventualmente fa�am um movimento para escolher um candidato �nico deste campo. Seria o caso de fazer pr�vias do centro?

N�o conversei com Bruno Ara�jo sobre isso, nem ele comigo. Desconhe�o essa proposta.

Como ser� a conversa com os partidos do centro?

� uma conversa que come�a agora e vai at� abril do ano que vem. Vamos ter um bom di�logo para definir n�o apenas qual candidato ter� mais chances eleitoralmente, mas tamb�m capacidade de enfrentamento com o Lula e o Bolsonaro.

O deputado A�cio Neves defende que a prioridade do PSDB deve ser eleger uma grande bancada em vez do presidente da Rep�blica em 2022. Depois das pr�vias, como fica a situa��o dele no partido? Como est� o clima na legenda?

O PSDB deve prioritariamente ter sim um candidato a presidente da Rep�blica e fazer uma grande bancada.

Mas como fica a situa��o do A�cio? O sr. j� defendeu a expuls�o dele do PSDB, o que n�o aconteceu, sendo uma derrota pol�tica naquele momento...

Melhor voc� perguntar a ele.

O sr. est� agora mais paz e amor?

O PSDB deve estar integrado e harmonizado. Se n�o com a unidade, muito pr�ximo dela. O PSDB � um partido sem dono. Tem muitas cabe�as, muitas senten�as e muitas posi��es que precisam ser consideradas. O tempo vai ajudar a destilar e permitir que o PSDB se fortale�a ainda mais depois das pr�vias.

Mas h� dentro do PSDB um n�mero grande parlamentares que s�o bolsonaristas. Como o sr. vai tratar essa quest�o?

O comportamento de ontem e hoje n�o ser� necessariamente o de amanh�. Por isso o di�logo e o respeito ao tempo.

Ent�o n�o prev� uma depura��o no partido?

N�o � esse sentimento e essa senten�a. O comportamento do PSDB naturalmente vai verter em torno de sua candidatura � Presid�ncia da Rep�blica, mas isso de forma natural, e n�o na for�a e na imposi��o.

O apresentador Jos� Luiz Datena rompeu com o PSD e declarou apoio ao sr. Ele � um potencial candidato a vice em sua chapa?

Vejo Datena com mais disposi��o de ser candidato ao Senado por S�o Paulo. Se assim for, tem grandes chances de ser eleito. J� estamos juntos, e para isso n�o � necess�rio que ele se filie ao PSDB.

Como v� esse movimento do ex- governador Geraldo Alckmin de aproxima��o com o ex- presidente Lula, enquanto ainda permanece no PSDB?

Essa � uma an�lise que cabe ao pr�prio governador Geraldo Alckmin definir as motiva��es para essa aproxima��o com o ex-presidente Lula, que ele e o PSDB sempre combateram nos �ltimos 20 anos.

O ex-ministro S�rgio Moro (Podemos) se reuniu com Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. Como o sr avalia esse encontro?

Com absoluta naturalidade. N�o vejo nenhum inconveniente. Ele (Moro) � pr�-candidato do Podemos. Todos n�s estamos no mesmo campo democr�tico liberal.

O sr. enxerga alguma possibilidade de estar na mesma chapa de Moro em 2022?

Estaremos juntos no mesmo campo, mas n�o necessariamente na mesma candidatura. Temos o mesmo objetivo, que � defender o Brasil e os brasileiros.

Mesma chapa � mais dif�cil?

� muito cedo ainda para fazer uma defini��o sobre isso. O tempo vai dizer se isso � poss�vel. Mas estaremos no mesmo campo e longe dos extremistas.

Henrique Meirelles foi anunciado porta-voz do seu futuro plano econ�mico, mas ele segue com o projeto de disputar o Senado em Goi�s pelo PSD, que planeja lan�ar Rodrigo Pacheco � Presid�ncia em 2022. Como o sr. vai administrar essa divis�o?

Vamos trabalhar com a informa��o que � s�lida. Ele foi convidado e aceitou ser o porta-voz do comit� econ�mico da nossa candidatura.

Qual seria o modelo ideal de neg�cio da Petrobras? Meirelles defendeu privatiz�-la, mas s� depois de fati�-la.

A ideia n�o � transferir um monop�lio p�blico para outro privado. Haver� uma modelagem bem feita e profunda para garantir que a Petrobras possa cumprir um novo papel em sua hist�ria nas m�os da economia privada. Ela n�o ter� o mesmo tamanho que tem hoje. Ser� fatiada. As empresas que vencerem o leil�o ter�o que mensalmente aportar recursos a um fundo de compensa��o que ser� um colch�o a cada vez que tivermos aumentos mais expressivos no barril de petr�leo no plano internacional.

Tem expectativa de contar com apoio de partidos do Centr�o em sua chapa?

N�o temos nenhuma restri��o a alian�as, desde que sejam republicanas.

Qual ser� o papel de Eduardo Leite na sua campanha?

Espero que seja digno e respeitoso, mas quero esclarecer que nunca o convidei para ser coordenador. Nem faria sentido. Ele � governador do Rio Grande do Sul. Teremos uma conversa nos pr�ximos dias.

Faz hoje alguma autocr�tica sobre seu estilo de fazer pol�tica?

O que me coloca distintamente em rela��o ao Jo�o Doria de 2016 � o sentimento social. Hoje, dada a realidade do Pa�s e de S�o Paulo, estou muito mais vinculado a uma pol�tica liberal e social do que quando eu era apenas um empres�rio. Minha vis�o era que uma postura liberal resolveria tudo. N�o resolve.

*O rep�rter viajou a convite da InvestSP

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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