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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Antipetismo e antibolsonarismo podem ser decisivos no resultado da elei��o

Pesquisa Ipespe, divulgada em janeiro, mostrou que o chefe do Executivo � rejeitado por 64% dos entrevistados, e o petista, por 43%


21/02/2022 08:39 - atualizado 21/02/2022 12:26

Lula e Bolsonaro
(foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula e Clauber Cleber Caetano/PR)
Pesquisas de inten��o de voto mostram que as elei��es de outubro ser�o marcadas pela polariza��o entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), l�der nos levantamentos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas especialistas tamb�m ressaltam que o antipetismo e o antibolsonarismo ser�o decisivos no pleito deste ano. Pesquisa Ipespe, divulgada em janeiro, mostrou que o chefe do Executivo � rejeitado por 64% dos entrevistados, e o petista, por 43%.

A vit�ria de Bolsonaro nas elei��es de 2018 � creditada, principalmente, ao antipetismo, na esteira dos esc�ndalos de corrup��o que atingiram a imagem do partido.

Na C�mara, o l�der do governo, Ricardo Barros (PP-PR), acredita que, ao come�ar a propaganda pol�tica, a rejei��o a Bolsonaro vai cair. "Quando entrar o hor�rio eleitoral, ele vai crescer muito e r�pido. Bolsonaro comprou uma briga com a imprensa, ent�o, pague o pre�o que comprou. N�o � mostrado tudo o que ele construiu em seu governo", criticou. "Quando as pessoas tomarem conhecimento do que ele realizou, vai refor�ar o discurso dele contra a imprensa e vai ficar na cabe�a do eleitor confirmado que n�o foi mostrado tudo o que ele construiu no seu governo", apostou.

Na avalia��o dele, as campanhas ter�o perfis diferentes. Enquanto Lula far� uma for�a-tarefa de mais "retaguarda", ou seja, com menos mobiliza��o de rua e prefer�ncia por eventos internos, Bolsonaro seguir� na estrat�gia utilizada no ano de ascens�o, com exposi��o e mobiliza��o mais agressiva. "O bolsonarismo anda sozinho, sem patroc�nio e com alto engajamento, tem um apoio muito aguerrido. Os petistas n�o t�m tanto porque n�o t�m a arrecada��o sindical para patrocinar as mobiliza��es", alfinetou.

Aliados de Bolsonaro comentam que o candidato que concorre � reelei��o n�o ser� o mesmo do primeiro ano de mandato. Apesar de continuar com um jeito particular de trabalhar, Bolsonaro teria entendido que, em uma democracia, tem de governar com os partidos pol�ticos. Ent�o, ultimamente, est� lidando melhor com os grupos e isso tende a diminuir sua rejei��o at� mesmo entre os parlamentares.

Di�logo

L�der do PT na Casa, o deputado Reginaldo Lopes (MG) enfatizou que a melhor forma de lidar com a polariza��o ideol�gica � "evitar cair nas provoca��es de Bolsonaro". "Ele quer um Estado armado, um Estado miliciano, e n�s queremos um Estado democr�tico. O governo dele j� foi um governo que pregou o �dio, tudo por causa dessa ideologia fascista. Temos de superar com di�logo e debate de ideias", defendeu.

O senador Humberto Costa (PT-PE) definiu a prepara��o do PT para a corrida eleitoral com postura otimista, apesar de saber que ser� complicado. "H� uma possibilidade de o presidente Lula vencer, mas sabemos que n�o vai ser f�cil. O bolsonarismo, no momento em que observar que pode perder, vai radicalizar o discurso e as a��es, e estamos nos preparando para isso", ressaltou.

A aposta do parlamentar � de que, apesar das negocia��es de Lula ocorrerem, predominantemente, nos bastidores, com o m�nimo de exposi��o, o ex-presidente vai atuar efetivamente no momento dos embates diretos com os advers�rios. "� de interesse dele participar dos principais debates, confrontar e demonstrar a diferen�a de preparo intelectual, apresentar seus projetos e a��es", disse. "Agora, � hora de constru��o de alian�as, acordos, muito mais negocia��es pol�ticas. Mas muito em breve acredito que ele vai ter um processo de exposi��o."

Para o professor do Departamento de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marcus Ianoni, o bolsonarismo "vai fazer de tudo para vencer, inclusive tumultuar o processo eleitoral". "Creio que Lula, para driblar o antipetismo, que hoje � menor do que foi em 2018, est� se aproximando de (Geraldo) Alckmin, que � um pol�tico com longa trajet�ria. Quanto a Bolsonaro, considero que sua pol�tica n�o � combater o antibolsonarismo, pois ele n�o � de ceder, de amenizar sua rejei��o, pelo contr�rio, sua pol�tica � de afirmar suas caracter�sticas, mesmo diante da oposi��o a elas", destacou.

Terceira via

At� agora, a terceira via, que prometia fazer frente aos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas, n�o tem causado impacto. Os postulantes � alternativa � polariza��o, como Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB), Jo�o Doria (PSDB) e Alessandro Vieira (Cidadania), n�o apresentam consider�veis mudan�as nos levantamentos sobre inten��o de voto para outubro.

Para David Fleischer, cientista pol�tico e professor de sistemas eleitorais na Universidade de Bras�lia (UnB), a terceira via ainda n�o aconteceu, mas � poss�vel. "Baseado nas pesquisas da semana passada, tudo indica que Lula ser� presidente, mas n�o sabemos. Ao longo do ano, n�s vamos ter uma vis�o se � poss�vel ter uma terceira via mais f�cil, que passar� Bolsonaro e disputar� com Lula. L� para junho, julho e agosto haver� uma vis�o melhor", sustentou. "Porque a partir de agosto come�ar�o os debates, e isso pode influenciar um pouco mais os eleitores."

 


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