
Bolsonaro liderou uma "motociata", caminhou entre apoiadores, defendeu seu governo e n�o fez qualquer refer�ncia � crise da Ucr�nia em S�o Jos� do Rio Preto, no interior paulista. O presidente estava acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarc�sio de Freitas, seu prov�vel candidato ao governo de S�o Paulo.
Depois da visita, Bolsonaro foi at� as redes sociais e apesar de n�o ter se posicionado diretamente a respeito da invas�o russa, ele quebrou o sil�ncio. No post, o chefe do Executivo federal disse estar "totalmente empenhado no esfor�o de proteger e auxiliar os brasileiros que est�o na Ucr�nia".
"Estou totalmente empenhado no esfor�o de proteger e auxiliar os brasileiros que est�o na Ucr�nia. Nossa Embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidad�os brasileiros que vivem na Ucr�nia e todos os demais que estejam por l� temporariamente", relatou.
O presidente pediu para que os cidad�os brasileiros em territ�rio ucraniano, em particular aos que se encontram no Leste do pa�s e em outras regi�es em conflito, que mantenham contato di�rio com o governo brasileiro por meio de nossa Embaixada. “Caso necessitem de aux�lio para deixar a Ucr�nia, devem seguir as orienta��es do servi�o consular da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condi��es de seguran�a o permitam”, escreveu.
“Disponibilizamos, ainda, para casos de emerg�ncia consular de brasileiros na Ucr�nia e seus familiares, o n�mero de telefone de plant�o consular +55 61 98260-0610. Atendemos todas as demandas com total empenho e prioridade", concluiu o presidente.
O vice-presidente Hamilton Mour�o (PSD) condenou os ataques coordenados pelo presidente russo Vladimir Putin.
“O Brasil n�o est� neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucr�nia. Ent�o, o Brasil n�o concorda com uma invas�o do territ�rio ucraniano”, afirmou Mour�o ap�s chegar ao Pal�cio do Planalto.
O ministros
Dos 24 ministros de Bolsonaro, 4 falaram sobre a investida da R�ssia no territ�rio Ucr�niano.
O primeiro a falar foi o ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Alberto Fran�a, em meio de nota emitida pelo Itamaraty. No texto, o ministro declarou que o governo brasileiro “acompanha com grave preocupa��o a deflagra��o de opera��es militares” pela R�ssia contra a Ucr�nia.
“O Brasil apela � suspens�o imediata das hostilidades e ao in�cio de negocia��es conducentes a uma solu��o diplom�tica para a quest�o, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os leg�timos interesses de seguran�a de todas as partes envolvidas e a prote��o da popula��o civil”, diz a nota.
O Acordo de Minsk, a que se refere o Itamaraty, foi assinado pela Ucr�nia e a R�ssia, em 2014, com o objetivo de p�r fim a conflitos armados no leste da Ucr�nia. O nome do acordo se refere ao local onde foi assinado: em Minsk, a capital da Bielorr�ssia.
Em seguida, o ministro da Cidadania, Jo�o Roma, usou as redes para apoiar a nota lan�ada.
“Somo-me ao chanceler brasileiro no apelo de suspens�o imediata das hostilidades entre a R�ssia e a Ucr�nia. � hora de darmos as m�os para superarmos essa crise global e retomarmos a vida normal. Neste momento, meu desejo � de paz e de entendimento diplom�tico”, afirmou no Twitter.
Somo-me ao chanceler brasileiro no apelo de suspens�o imediata das hostilidades entre a R�ssia e a Ucr�nia.
%u2014 Jo�o Roma (@joaoromaneto) February 24, 2022
� hora de darmos as m�os para superarmos essa crise global e retomarmos a vida normal. Neste momento, meu desejo � de paz e de entendimento diplom�tico.
Em declara��o � Folha de S.Paulo, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, repetiu as falas do presidente e disse que a prioridade do governo federal � viabilizar a sa�da dos brasileiros que est�o na Ucr�nia. H� cerca de 500 brasileiros no pa�s, segundo o Itamaraty.
"Nosso foco � proteger os brasileiros e tir�-los de l� o mais r�pido poss�vel", disse.
J� o ministro do Turismo,
Gilson Machado, repercutiu os “memes” criados por bolsonaristas de que o presidente teria evitado a guerra.
Na semana passada, Bolsonaro fez uma viagem oficial � R�ssia. Ao lado de Putin, o mandat�rio brasileiro afirmou que era solid�rio � R�ssia, sem especificar sobre o que se referia essa solidariedade. A declara��o do presidente criou um desgaste para a diplomacia brasileira, em especial com os Estados Unidos.
"Que ele levou uma mensagem de paz, ele levou. Mas depende do Putin se vai ouvir ou n�o. O mundo inteiro pediu paz", afirmou hoje (24/2) o ministro Gilson Machado para a coluna Painel tamb�m da Folha de S.Paulo.
Os demais ministros de Bolsonaro n�o se pronunciaram sobre a invas�o russa. At� o fechamento desta mat�ria, o pr�prio presidente tamb�m n�o havia se pronunciado sobre os ataques em si, apenas sobre os brasileiros na regi�o.