
A Pol�cia Federal concluiu que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), recebeu propinas do grupo J&F, do empres�rio Joesley Batista. O relat�rio final, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (8/4), indicou a exist�ncia dos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
Com o documento, cabe ao STF enviar o material ao procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, que deve decidir se apresenta den�ncia contra o pol�tico ou se arquiva o caso.
De acordo com a corpora��o, o repasse ilegal de dinheiro teve in�cio em 2014, para garantir o apoio do PP � campanha da reelei��o da ex-presidente Dilma Rousseff.
De acordo com a corpora��o, o repasse ilegal de dinheiro teve in�cio em 2014, para garantir o apoio do PP � campanha da reelei��o da ex-presidente Dilma Rousseff.
"Joesley Mendon�a Batista, por solicita��o de Edson Ant�nio Edinho Silva e auxiliado por Ricardo Saud, fez repasses de vantagens indevidas para Ciro Nogueira Lima Filho, visando a garantir o apoio do Partido Progressista �s elei��es da Presidente Dilma Rousseff, no ano de 2014”, diz trecho do documento.
“Parte da vantagem indevida foi encaminhada ao Partido Progressista, por determina��o de Ciro Nogueira Lima Filho, por interm�dio de doa��o eleitoral oficial, como consta nos recibos da presta��o de campanha. Outra parte, cerca de R$ 5.000.000,00 (cinco milh�es de reais) foi repassado em esp�cie, por interm�dio do Supermercado Comercial Carvalho, para Gustavo e Silva Nogueira Lima, irm�o de Ciro Nogueira, que se incumbiu da tarefa de pegar o dinheiro e repassar para Ciro Nogueira", relatou a PF.
A investiga��o teve in�cio com base na dela��o premiada dos executivos do grupo J&F. No entanto, a PF afirma que obteve provas independentes que reiteraram os relatos.
O delegado federal Rodrigo Correia, respons�vel pelo caso, diz que "Ciro Nogueira aceitou a proposta" e, assim, a reuni�o foi adiada em algumas semanas.
"O pagamento dessa vantagem foi feito em 17/3/2017, na resid�ncia de Joesley Mendon�a Batista, na presen�a de Ricardo Saud (J&F). Na ocasi�o, foi dito a Ciro Nogueira que o pagamento seria realizado, a partir daquele dia, de forma parcelada, de 15 em 15 dias, sendo que o valor de cada parcela seria R$ 500.000,00", escreveu o delegado.
Outro lado
Ciro Nogueira � presidente do PP desde abril de 2013. Em nota, a defesa afirmou que estranha o relat�rio da Pol�cia Federal “pois a conclus�o � totalmente baseada somente em dela��es que n�o s�o corroboradas com nenhuma prova externa”.
Os advogados afirmaram que est�o � disposi��o do poder Judici�rio. “Com plena convic��o que a verdade prevalecer�. O imp�rio das dela��es falsas e dirigidas n�o mais se sustenta”, concluiu a defesa.