
Bras�lia – O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, rebateu ontem as declara��es do presidente Jair Bolsonaro, que defendeu que as For�as Armadas fa�am apura��o paralela das elei��es deste ano. Em entrevista coletiva, ele afirmou que para “colabora��o, coopera��o, parcerias proativas para aprimoramento, a Justi�a Eleitoral est� inteiramente � disposi��o. Interven��o, jamais”. O magistrado participou de evento em Curitiba sobre o combate � desinforma��o nas elei��es deste ano. Fachin detalhou como funciona o processo de colabora��o entre o TSE e as For�as Armadas nas elei��es. Segundo ele, a participa��o se d� na distribui��o das urnas eletr�nicas e na garantia da vota��o. “A coopera��o tem sido extremamente frutuosa com as For�as Armadas”, afirmou.
Ainda ontem, ele atuou no plen�rio virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), que come�ou a julgar o pedido de habeas corpus feito pela defesa do blogueiro Allan dos Santos. O ministro Edson Fachin, que j� depositou o seu voto no sistema da corte, declarou-se contra a revoga��o da pris�o do bolsonarista. Relator do caso, Fachin foi o primeiro a se manifestar. Os outros magistrados t�m at� 6 de maio para apresentar seus votos. "N�o cabe habeas corpus origin�rio para o Tribunal Pleno de decis�o de Turma, ou do Plen�rio, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso", escreveu o ministro.
Allan dos Santos teve ordem de pris�o decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em outubro do ano passado, seguindo recomenda��o da Pol�cia Federal. O bolsonarista est� nos Estados Unidos h� mais de um ano, e foi inclu�do na difus�o vermelha da Interpol.
Dono do canal Ter�a Livre, o blogueiro Allan dos Santos � um dos aliados mais pr�ximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da fam�lia Bolsonaro. Para a Pol�cia Federal, ele � o personagem central de uma investiga��o que envolve uma organiza��o criminosa cujo objetivo � espalhar not�cias falsas e atacar as institui��es democr�ticas. Segundo os investigadores, ele usava o site para tal finalidade.
Allan � alvo de duas investiga��es. A primeira, chamada de inqu�rito das fake news, foi aberta em 2019 por determina��o do ministro do STF Dias Toffoli para apurar "not�cias fraudulentas". O relator do caso � Alexandre de Moraes. A suspeita � de que essas a��es possam ter sido financiadas com recursos p�blicos a partir de sua interlocu��o com a fam�lia Bolsonaro e com parlamentares alinhados ao governo. Alexandre de Moraes tamb�m determinou o bloqueio de todas as formas de monetiza��o nas redes sociais.