
Bras�lia – O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o armamento da popula��o. “Somente os ditadores temem o povo armado”, disse ele em discurso na 48ª Edi��o da Expoing�, em Maring� (PR). O presidente alegou ainda que uma popula��o armada evita “interesses externos na Amaz�nia”.
“E para voc�s, fam�lia brasileira, a arma de fogo � uma defesa da mesma e � um refor�o para as nossas For�as Armadas porque um povo de bem armado jamais ser� escravizado”, disse, sendo ovacionado ao som de gritos de "mito, mito". Ele externou ainda o desejo de que todo “cidad�o de bem” adquira uma arma de fogo, para resistir ao que caracterizou de “tenta��o de um ditador de plant�o”. No entanto, o presidente n�o detalhou a qu� se referia.
“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidad�o de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, � tenta��o de um ditador de plant�o. Ningu�m mais do que esse presidente, diferentemente do que a grande m�dia diz, � defensor da nossa Constitui��o e da nossa liberdade”, justificou.
Bolsonaro afirmou ainda que seu governo "n�o aceita provoca��es”. No entanto, o chefe do Executivo n�o especificou a que se referia e, em indireta ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), falou em “amea�a de comuniza��o”. “Voc�s sabem que pior que uma amea�a externa � uma amea�a interna de comuniza��o do nosso pa�s. N�s n�o chegaremos � situa��o em que vive atualmente a Venezuela.”
Bolsonaro falou sobre a guerra na Ucr�nia tambem. “Sei que no Paran� tem uma grande comunidade de ucranianos, nossos irm�os que n�s recebemos de bra�os abertos. Dizer a voc�s que este governo, mesmo em sil�ncio ou em contatos variados, tudo fazemos para que a paz seja restabelecida no pa�s de origem de voc�s. N�o queremos mortes, queremos paz. E n�s, cada vez mais, mais do que nos preocuparmos, nos preparamos para que, dessa forma, a paz em nossa terra, em nosso Brasil, seja mantida”, apontou. No �ltimo dia 12, ele tamb�m falou sobre o assunto: “Meu partido � o Brasil”, disse, repetindo discurso de “neutralidade” em rela��o ao conflito.
MULTA PARA DANIEL SILVEIRA

“O r�u Daniel Silveira se recusou a assinar o mandado de intima��o, mesmo tendo ci�ncia do teor da decis�o proferida, o que foi devidamente certificado pela oficial de Justi�a”, escreveu Moraes.
Segundo o ministro do STF, a postura de Daniel Silveira demonstra desrespeito com a Justi�a. “As condutas do r�u, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo plen�rio do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judici�rio, comportamento verificado em diversas ocasi�es durante o tr�mite desta a��o penal e que justificaram a fixa��o de multa di�ria para assegurar o devido cumprimento das decis�es desta corte”, escreveu o ministro.
A defesa do deputado Daniel Silveira solicitou audi�ncia presencial com Alexandre de Moraes para rever as medidas cautelares impostas pelo magistrado. “O referido pedido � apresentado diante da urg�ncia do caso, j� que a decis�o agravada determinou a manuten��o das medidas cautelares e a aplica��o de san��o pecuni�ria, e, especialmente, em raz�o da assun��o da defesa por nova procuradora, que passar� a ser respons�vel pelo caso, de forma que seja poss�vel que as raz�es veiculadas no recurso possam ser objeto de di�logo respeitoso e t�cnico”, escreveu a defesa do deputado.
“A defesa apresenta novamente solicita��o de audi�ncia presencial, pedindo que seja deferida considerando a indispensabilidade da advocacia para a administra��o da justi�a e em prest�gio � ampla defesa e ao contradit�rio”, escreveu a nova advogada do parlamentar. Mesmo condenado pelo STF, Daniel Silveira recebeu gra�a constitucional de Bolsonaro e, desde ent�o, vem causando uma crise entre os Poderes. Enquanto a oposi��o contesta o indulto recebido pelo parlamentar, o bolsonarista afronta o Judici�rio. Ele tamb�m tem desafiado as decis�es da Justi�a ao circular sem o equipamento eletr�nico no tornozelo, inclusive nas sess�es do Congresso Nacional.