
"[Bolsonaro] � o grande amigo dele, o compadre dele, e se tratam como marido e mulher. Ele n�o conseguiu tirar um conv�nio, um recapeamento de estrada ou colocar os hospitais funcionando, mas aprendeu a agressividade pessoal", afirmou, em entrevista � sucursal da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes.
Kalil e Zema trocaram farpas nas redes ap�s o governador anunciar aumento no Piso Mineiro de Assist�ncia Social. As cifras v�o passar de R$ 54 milh�es para R$ 81 milh�es. Nas contas do pessedista, o montante geraria repasses anuais de R$ 30 �s 2,7 milh�es de fam�lias beneficiadas pela verba.
A comemora��o de Zema por causa do crescimento do fundo em prol da Assist�ncia Social foi chamada de "sacanagem" por Kalil. Ontem, o chefe do Executivo estadual foi �s redes rebater.
"Como a politicagem n�o descansa nem aos domingos, tem assombra��o que prefere a ignor�ncia, mesmo que tenha recebido esse dinheiro pago pelo estado. Para quem abandonou a faculdade, mas se diz engenheiro, soa normal que n�o saiba fazer conta e prefira a mentira".
Hoje, ent�o, Kalil afirmou que o fato de n�o ter conclu�do o curso de Engenharia Civil "n�o desqualifica" os c�lculos. "Acabou a farra da mentira. O que fiz, n�o foi cr�tica; foi conta. Essa conta, a gente aprende no grupo escolar. N�o precisa fazer curso de engenheiro para ver a aberra��o desumana que este governo, ligado a Jair Bolsonaro e apaixonado por Jair Bolsonaro, faz com o povo de Minas Gerais", protestou.
Zema e Bolsonaro t�m trocado afagos, mas em fevereiro deste ano o governador criticou o presidente. O pol�tico do Novo tem dito que vai apoiar o pr�-candidato de seu partido ao Planalto, Felipe d'Avila. Bolsonaro, por sua vez, tem o senador Carlos Viana, do PL, como nome ao governo mineiro. Apesar disso, chamou o pr�-candidato � reelei��o de "exemplo para todos n�s" no fim de abril.
'Fomos abandonados'
Antes, na mesma entrevista, Kalil comentou as chuvas que assolaram Belo Horizonte no in�cio de 2020 e, depois, a pandemia de COVID-19. Segundo ele, o governo mineiro n�o prestou a assist�ncia adequada �s cidades para o enfrentamento � emerg�ncia sanit�ria.
"Enfrentamos sozinhos. Fomos abandonados, como [em] tudo, pelo governo do estado, que pensa s� naquela pequena bolha de empres�rios. � uma pequena bolha - se fossem todos, estar�amos falando em gera��o de empregos", assinalou.
"Queremos explicar � popula��o que pagar sal�rios em dia n�o � grande feito, mas obriga��o. N�o pode ser plataforma de campanha. Temos de olhar a sa�de, os hospitais abandonados e a falta de rem�dios, o que n�o aconteceu em nossa cidade. O esfor�o dos prefeitos n�o deixou o pa�s mergulhar em uma crise muito mais profunda do que j� est�", emendou ele.
O pr�-candidato do PSD afirmou, ainda, que Minas Gerais t�m perdido importantes ind�strias. Segundo ele, o fato de a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salom�o (PT), n�o estar alinhada a Zema e Bolsonaro, contribuiu para o munic�pio da Zona da Mata perder a disputa pela f�brica da cervejaria Heineken, que escolheu Passos, no Sul.
"Temos uma f�brica importante de cerveja, que ele queria que fosse em Uberaba. Juiz de Fora participou e perdeu - porque, claro, n�o � um governo que beija a m�o do Bolsonaro ou a dele [Zema. Acabou indo para uma cidade muito legal, com estrutura espetacular, que foi Passos".
De acordo com o Instituto Paran� Pesquisas, Zema lidera a disputa eleitoral em Minas, com 46,8% das inten��es de voto. Kalil aparece em segundo e soma 26,8%. Em cen�rio onde o ex-prefeito de BH consegue concretizar o desejo de apoio de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), por�m, ele salta ao primeiro lugar e sobe para 34,6% da prefer�ncia do eleitorado, ante 33,1% de Zema.