
"O Brasil tem jeito, voc�s foram excepcionais nessa pandemia, mas tudo pode acontecer. Podemos ter uma outra crise, podemos ter umas elei��es conturbadas. Imagine acabarmos as elei��es e pairar para um lado ou para o outro a suspei��o de que elas n�o foram limpas? N�o queremos isso. Voc�s sabem o que o Brasil precisa”, disse.
Bolsonaro tamb�m criticou a revis�o do marco temporal das terras ind�genas pelo Supremo e amea�ou n�o cumprir a decis�o caso seja favor�vel a novas demarca��es. Proferindo palavr�es, ele disse ainda que restaria "entregar a chave" da Presid�ncia nas m�os do Supremo Tribunal Federal ou ainda "n�o cumprir a decis�o".
"Eu sei que n�o deveria falar. Mas temos no Brasil o equivalente � Regi�o Sudeste demarcada como terra ind�gena. S� para lembrar: S�o Paulo, Minas, Rio e Esp�rito Santo. Olha o tamanho da �rea. Isso demarcado como terra ind�gena. Est� dentro do Supremo Tribunal Federal, que o ministro Fachin luta de todas as maneiras para aprovar o novo marco temporal. O que � isso? Leva-se em conta n�o mais o limite final de ocupa��o de terras por ind�genas, mas fica sendo para a vida toda. De imediato, caso seja aprovado, n�s teremos al�m da regi�o Sudeste, uma �rea equivalente a regi�o Sul demarcada como terra ind�gena e, pela localiza��o geogr�fica, teremos mais uma �rea do tamanho do estado de S�o Paulo inviabilizada para o agroneg�cio. Acabou. Acabou, porra!".
"N�o devemos medir palavras para defender o nosso Brasil. Ficam alguns de frescura: 'Ele fala palavr�o'. Ent�o, vota naquele do passado que falava bonito e ferrava voc�s! A minha passagem de vida militar me fez usar alguns palavr�es de vez em quando. Eu pe�o desculpa aos senhores, mas � uma realidade. O que sobra para mim se o Supremo aprovar isso da�? Eu tenho que pegar a chave da Presid�ncia, entregar l� no Supremo e falar: 'Toma, � de voc�s'. Ou falar: 'N�o vou cumprir'. O que que eu fa�o? Isso n�o � minha vida, � de voc�s todos", completou.
Em seguida, voltou a acenar ao empresariado pelas elei��es de outubro.
"O meu juramento tenho certeza que � o mesmo de voc�s, � dar a vida pela nossa liberdade. N�s n�o podemos esperar chegar 2024, 2025, olhar para tr�s e pensar: 'O que n�s n�o fizemos em 2022 para o Brasil estar essa merda que est� hoje?'. O linguajar � esse. Tem que chocar", defendeu.
Bolsonaro disse ainda que o senador Jaques Wagner (PT-BA), que atua na pr�-campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, tem conversado com embaixadores para falar sobre a posse do petista e ironizou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Eu vejo hoje na m�dia que o nosso querido Jaques Wagner j� est� entrando em contato com embaixadores sobre a posse do Lula. Quem est� dando essa certeza para ele? Eu acho que n�o � o nosso inexpugn�vel TSE. Quem est� dando essa certeza para ele? Quem eles querem enganar?", acrescentou.
O presidente tamb�m reclamou que o TSE n�o tenha acatado as sugest�es apresentadas pelo Minist�rio da Defesa. Nenhuma delas foi acolhida, mas foi feita a ressalva de que algumas poder�o ser incorporadas futuramente. "A alma da democracia � o voto. O TSE convida as For�as Armadas. Elas levantam mais de 600 vulnerabilidades. D� para voc� entender? Se pegar uma peneira de um metro de di�metro, tem mais vulnerabilidade que essa peneira. (As FA) Fazem seu trabalho, apresentam as sugest�es, n�o valem as sugest�es", criticou.
Por fim, apelidou Lula de "nine", o imitou com as m�os, baixando um dedo mindinho e disse que, caso o PT volte ao poder, o pa�s levar� 50 anos para se recuperar.
"Eu vi o 'nine' falando a� que eu vou perder a elei��o e vou perder a minha fam�lia toda. T� achando que vai me intimidar, p�? Dando recado? Ou n�s decidimos no voto para valer, contabilizado, auditado ou a gente se entrega. E se se entregar, vai levar 50 anos ou mais para voltar a situa��o que est� hoje em dia. N�o sou o fod�o, n�o, mas creio que j� dei provas mais que prova suficiente a todos que a gente tem que conduzir com pulso firme o destino do Brasil".