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Estado de Minas ENTREVISTA/RENATA REGINA

Pr�-candidata do PCB ao governo de MG quer rever tributa��o sobre minera��o

Renata Regina chama Zema de "genocida" e tamb�m critica o ex-prefeito Alexandre Kalil, seus dois advers�rios


31/05/2022 04:00 - atualizado 31/05/2022 11:01

Renata Regina, candidata do PCB ao governo de Minas
"Zema, ao reproduzir a linha pol�tica do governo genocida de Bolsonaro, se torna um genocida" (foto: TULIO SANTOS/EM/D.A.PRESS)


Depois de se unir ao Psol na elei��o belo-horizontina de 2020 e no pleito estadual de 2018, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) trabalha para ter chapa pr�pria ao governo mineiro. A pr�-candidata escolhida pelo partido, Renata Regina, � estudante de jornalismo e atua como doula, auxiliando mulheres em processo de parto. A despeito da uni�o do PT a Alexandre Kalil (PSD) contra Romeu Zema (Novo), ela enxerga semelhan�as entre os l�deres das pesquisas. “Zema � ultraliberal, mas Kalil tamb�m � neoliberal. Talvez em um grau menor, mas tamb�m avan�ou em processo de privatiza��es e retirada de direitos”, disse, em entrevista ao podcast Estado de Minas Entrevista. “Neste momento, somos pelo ‘fora, Kalil’ e pelo ‘fora, Zema’”, garante. Renata defende amplia��o do combate � viol�ncia contra a mulher e chama Zema de “genocida”. “N�o h� outro nome para chamar esse senhor”, aponta ela, defensora da estatiza��o da minera��o. Ela diz tamb�m que a minera��o deve voltar ao controle estatal.

O que o PCB espera alcan�ar com sua pr�-candidatura?
Mesmo com dificuldades e poucos recursos — n�o recebemos financiamento de empres�rios —, estamos conseguindo crescer a pr�-campanha. Fiquei em quarto lugar na primeira pesquisa que participei, com 3,6%, menos de 1% atr�s do terceiro colocado, que est� em um nicho de pr�-candidatos milion�rios. Mesmo com todo um bloqueio, quando aparece a op��o de uma mulher, trabalhadora e comunista, as pessoas demonstram inten��o de voto. A pr�-campanha e a campanha v�o contribuir para o processo de organiza��o e luta dos trabalhadores em Minas. � um dos nossos objetivos. Quero chegar ao segundo turno, estou trabalhando, mas ciente das dificuldades.

Minas Gerais enfrenta grave situa��o financeira. Como aliviar o problema?
Somos totalmente contra o Regime de Recupera��o Fiscal proposto por Zema. Esse regime n�o d� conta de alcan�ar o equil�brio fiscal e avan�ar em pol�ticas p�blicas. H� caminhos como rever a pol�tica tribut�ria. Existe uma absurda pol�tica de isen��o. O governo diz estar quebrado, mas abre m�o de mais de R$ 6 bilh�es em arrecada��o. N�o se pode ter pol�tica de isen��o a empresas e a quem tem lucro enquanto � preciso aumentar a arrecada��o. Precisamos rever, tamb�m, a tributa��o sobre a minera��o, que deve ser retomada ao controle estatal. N�o podemos deixar um bem estrat�gico ser escoado para garantir o interesse do capital internacional. Defendemos, tamb�m, a constru��o de parques tecnol�gicos para fortalecer o processo cient�fico. Investindo nisso, h� perspectiva de gera��o de empregos e fortalecimento de educa��o e sa�de.

A senhora mira o segundo turno, mas as pesquisas indicam disputa entre Zema e Kalil. Se isso acontecer, o que o PCB far�?
Neste momento, somos pelo ‘fora, Kalil’ e pelo ‘fora, Zema’. J� �ramos ‘fora, Kalil’ quando ele era prefeito de BH. Como militante e dirigente do PCB, vou debater isso junto � base e � dire��o do partido. Ainda n�o h� defini��o ou discuss�o. Trabalhamos para chegar ao segundo turno e conseguir bom resultado para Sofia Manzano, nosso nome � presid�ncia.


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Lideran�as de partidos � esquerda que est�o com Kalil, como PT e PCdoB, apontam que Zema � ultraliberal e representa projeto econ�mico similar ao de Bolsonaro. O PCB n�o cogita, em um segundo turno, optar por ir contra a reelei��o do governador?
Zema � ultraliberal, mas Kalil tamb�m � neoliberal. Talvez em grau menor, mas tamb�m avan�ou em processo de privatiza��es e retirada de direitos. Ele n�o garantiu o pagamento do piso salarial da educa��o. Nas �ltimas campanhas, fez promessas e falou mentiras que n�o foram cumpridas. Em 2016, Kalil se comprometeu a abrir a Maternidade Leonina Leonor, em Venda Nova, e a tornar BH a capital do parto humanizado. Mas ele avan�ou no processo de destrui��o da maternidade. N�o houve avan�o no combate aos reajustes abusivos de tarifas. Se ele, na pr�tica, n�o cumpre o que apresenta para avan�o nas condi��es de vida dos trabalhadores, n�o entendemos porque se tornaria uma alternativa a Zema. 

Na semana passada, uma mulher invadiu um evento com Zema e o chamou de ‘genocida’ apontando fragiliza��o do combate � viol�ncia contra a mulher. A senhora concorda?
A pandemia gerou aumento da viol�ncia contra as mulheres — e n�o s� a viol�ncia de �mbito dom�stico. O governo n�o implementou medidas encaminhadas pela Assembleia para esse enfrentamento. O governador n�o perde a oportunidade de fazer uma declara��o machista. Isso, inclusive, � outra forma de viol�ncia contra a mulher. Ajuda a perpetuar o pensamento que diz, de uma forma ou outra, que � leg�timo bater em mulher em determinados contextos. Ele falou, no ano passado que, �s vezes, mulheres que se separam n�o se conformam e passam a perseguir seus maridos.

A senhora considera Zema ‘genocida’?
Minas foi o estado que menos investiu na sa�de no pior ano da pandemia. � sintom�tico. Os �ndices de feminic�dio tamb�m cresceram. H� pol�ticas pontuais para atender grupos pequenos de mulheres, que n�o representam nem um ter�o da demanda reprimida por esses servi�os. N�o h� outro nome para chamar esse senhor que se encontra no governo. Ele chegou facilitando o licenciamento de minera��o sendo que, no primeiro ano de gest�o, tivemos um crime socioambiental absurdo, que ceifou muitas vidas e impactou o estado e o pa�s. N�o � porque, proporcionalmente, nossos n�meros n�o s�o t�o assustadores em rela��o ao pa�s, ainda sim tivemos muitas mortes [por COVID-19] e uma p�ssima condu��o no enfrentamento � pandemia. Zema, ao reproduzir a linha pol�tica do governo genocida de Bolsonaro, se torna um genocida.


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