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Estado de Minas

'Ran�o da Faria Lima com PT j� diminuiu 90%', diz empres�rio que se reuniu com Lula

Presidente do grupo Esfera, Jo�o Camargo diz que Lula prometeu di�logo constante com elite econ�mica caso ven�a elei��o. Camargo prev� que, independentemente do eleito, o Brasil deve viver alta de investimentos.


06/07/2022 13:33 - atualizado 06/07/2022 14:42


Alckmin e Lula
Escolha de Alckmin como parceiro de chapa de Lula agradou elite econ�mica (foto: Reuters)

L�der nas pesquisas de inten��o de voto para a disputa presidencial, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tem ido a diversos encontros com empres�rios nas �ltimas semanas.

O esfor�o de reaproxima��o com um setor que apoiou em peso a elei��o de Jair Bolsonaro (PL) em 2018 tem dado resultados, disse em entrevista � BBC News Brasil o empres�rio Jo�o Camargo, presidente da Esfera, organiza��o que hoje re�ne entre seus quase 50 associados grandes empresas, como Bradesco, BTG Pactual, XP Investimentos, Cosan, MRV Engenharia, Multiplan, Hapvida e Mercado Bitcoin.

Segundo Camargo, sua rejei��o ao petista diminuiu por causa de dois fatores: o esfor�o de Lula em dialogar com a elite econ�mica e a decis�o de ter como parceiro de chapa o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Mas Camargo admite que o favoritismo do petista na elei��o fez o empresariado entender que precisa dialogar com o ex-presidente.

"Eu n�o estou dizendo que essa parte dos (executivos da avenida) Faria Lima, empres�rio, dono de laborat�rio farmac�utico, fintechs, os bancos, v�o votar no PT. Mas hoje, aquele ran�o, aquela desconfian�a, j� diminuiu, na minha opini�o, 90%. Isso eu posso te atestar que realmente diminuiu", afirma Camargo. "Faria Lima" � uma refer�ncia ao nome da avenida em S�o Paulo que abriga escrit�rios de grandes empresas.

Em 28/06, Camargo foi a um desses encontros de Lula com empres�rios. O evento foi realizado na casa do advogado Sergio Renault, com participa��o de Carlos Sanchez (EMS), C�ndido Pinheiro (Hapvida), Matheus Santiago (Ageo Terminais) e Pedro Silveira (Upon Global Capital).

Segundo o presidente da Esfera, Lula enfatizou no encontro sua abertura para o di�logo com o setor empresarial, tanto quando foi l�der sindical, quanto no per�odo em que esteve na Presid�ncia. Lula ressaltou tamb�m a import�ncia de Alckmin em seu governo, caso seja eleito em outubro. E detalhou sua estrat�gia para recuperar a economia: melhorar a imagem internacional do Brasil para atrair investimentos estrangeiros e assim reduzir o pre�o do d�lar, controlar a infla��o e baixar os juros.

Apesar de reconhecer a for�a do petista, Camargo n�o subestima o potencial de Bolsonaro na disputa. Lembra que o presidente tem a m�quina p�blica (ou seja, controle sobre o repasse de verbas p�blicas) e apoio de setores importantes, como o agroneg�cio e o eleitorado mais conservador.

Para Camargo, � quase imposs�vel haver um candidato competitivo da chamada terceira via (ou seja, alternativa a Lula ou Bolsonaro) e n�o h� espa�o para golpe de Estado no Brasil. "O vencedor dessas elei��es vai ser garantido seja ele quem for."

Na sua avalia��o, haver� um "rali" (alta sustentada e em geral acentuada) de investimentos no pa�s, independentemente de quem for o pr�ximo presidente. "Eu acho que o mercado vai come�ar a fazer um rali aqui. O Brasil est� de gra�a, nunca teve os ativos t�o depreciados como temos hoje, e a chance de qualquer um desses dois governos acertarem � gigantesca."

Criada h� um ano, a Esfera tem buscado aproximar o setor privado e lideran�as pol�ticas e est� preparando propostas de pol�ticas p�blicas e mudan�as legislativas. A organiza��o j� realizou encontros com os presidentes da C�mara (Arthur Lira, PP) e do Senado (Rodrigo Pacheco, PSD), ministros do governo Bolsonaro, como Ciro Nogueira (PP), e presidentes de partidos, como Valdemar da Costa Neto (PL) e Gleisi Hoffmann (PT).

Confira os principais trechos da entrevista concedida � BBC News Brasil na segunda-feira (04/07).


João Camargo
� frente da Esfera, Jo�o Camargo tem liderado encontros entre empres�rios e lideran�as pol�ticas (foto: Divulga��o)

BBC News Brasil - Nas �ltimas semanas, houve encontros de empres�rios com o ex-presidente Lula, que hoje � o l�der nas pesquisas. Como tem sido essa aproxima��o?

Jo�o Camargo - A Esfera acabou fazendo tr�s encontros com o (Fernando) Haddad (pr�-candidato do PT ao governo de S�o Paulo). Um, logo no in�cio, posso dizer que foi muito tenso. Depois fizemos em dezembro, tamb�m n�o foi muito bom. N�s fizemos um quinta-feira (30/06) e foi muito bom.

Acho que tinha uma desconfian�a muito grande em rela��o ao PT, problema de (Opera��o) Lava Jato, Petrobras, (governo) Dilma (Rousseff). Estava muito ruim. Isso foi cada vez mais diminuindo. Hoje, as pessoas admitem conversar com o Haddad. Para voc� ter uma ideia, a Esfera tem quase 50 associados. Eu tive quase 100% dos associados presentes no encontro com o Haddad, um ou outro estava viajando. E n�o teve uma pergunta pol�mica.

Eu n�o estou dizendo que essa parte dos Faria Lima, empres�rio, dono de laborat�rio farmac�utico, fintechs, os bancos, v�o votar no PT. Mas hoje, aquele ran�o, aquela desconfian�a j� diminuiu, na minha opini�o, 90%. Isso eu posso te atestar que realmente diminuiu.

BBC News Brasil - O sr. atribui essa redu��o das resist�ncias �s movimenta��es do PT? Ou h� uma dose de pragmatismo do mercado, de entender que tem que sentar e conversar com o l�der das pesquisas?

Camargo - Ent�o, voc� come�a a se aproximar da realidade... Eu n�o estou dizendo que o Lula vai ganhar, mas como ele est� na frente das pesquisas, passa ent�o uma percep��o de que � melhor conversar. Mas o PT, nesse ponto, tem feito um bom trabalho de convencimento. O esfor�o do Lula � clar�ssimo. Ele teve uns tr�s jantares de empres�rios em Minas Gerais com o Walfrido (Mares Guia, ex-ministro do governo Lula). Teve (em outro encontro de empres�rios) com Cl�udio Haddad (fundador do Insper), dois com Seripieri J�nior (dono da operadora Qsa�de), teve com (o advogado) S�rgio Renault. Ent�o, h� o esfor�o dele de mostrar para o establishment que ele realmente est� com boas inten��es, n�o tem �dio, continua esse Lula de 2002 (quando o petista foi eleito presidente com discurso "paz e amor").

E nesse jantar (na casa) do Sergio Renault, Lula assegurou para a gente l� que n�o existe governo Lula, existe governo Lula e Alckmin. Disse que apesar de Jos� Alencar ter sido um vice-presidente bom, ele realmente pegou (agora) um vice completo, um vice que entende de cofre, de despesa. Foi candidato a presidente da Rep�blica duas vezes, se aplicou muito em estudar o que o P�rsio Arida (um dos idealizadores do Plano Real) fez de planejamento econ�mico. Ele est� muito satisfeito (com a alian�a com Alckmin).

Agora, desses associados da Esfera, eu acho que Lula, sem a Esfera ajudar em nada, conversou com mais de 80%. A Esfera n�o fez um evento com ele. Mas foi muito engra�ado, que o primeiro encontro h� 30 dias, (parte dos empres�rios que participaram) falava que gostou, mas os outros repudiavam. Hoje em dia, (os empres�rios que encontram Lula dizem): "t� bom, t� bom".

Mas acredito ainda que o Bolsonaro � um grande player, forte, est� com a m�quina, aprovou (no Senado) esse estado de emerg�ncia (para liberar novos benef�cios sociais durante a elei��o), vai gastar a� uns R$ 50 bi (caso a medida seja aprovada tamb�m na C�mara dos Deputados, como esperado), vai apelar pro conservadorismo. O agro (setor de agricultura e pecu�ria que tem apoiado Bolsonaro) � muito forte. Ent�o, ainda tem essa disputa, muita �gua vai passar embaixo da ponte.


Gleisi Hoffmann em encontro com empresários
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, esteve em encontro promovido pelo grupo Esfera (foto: Divulga��o)

BBC News Brasil - H� uma percep��o de que Alckmin n�o vai ser um vice decorativo, mas um vice com voz no governo, caso Lula seja eleito?

Camargo - Eu acho que ele vai ocupar um dos principais minist�rios do Lula. No que eu senti no jantar, da proximidade dele com o Lula, � uma proximidade muito grande. O Lula faz quest�o de real��-lo, a cada tr�s frases, de pronunciar o nome do Geraldo.

BBC News Brasil - Que mensagens os empres�rios t�m recebido sobre a pol�tica econ�mica de um eventual governo Lula e poss�veis mudan�as na reforma trabalhista e no teto de gastos?

Camargo - O Lula falou uma coisa interessante na ter�a-feira: ele disse que nem na parte sindical dele, quando os horm�nios brotavam � flor da pele, ele nunca rasgou um contrato. Nunca. Sempre cumpriu o que estava assinado.

Ele disse que na quest�o trabalhista, os pr�prios sindicatos dos trabalhadores acham que a grande modifica��o n�o precisa ser alterada porque foi realmente muito bom pra assinatura de carteiras de trabalho. O que ele falou � que a fun��o dele de vida � estabelecer um di�logo entre os trabalhadores e os empres�rios. Disse que vai fazer (esse di�logo) se ganhar. O governo todo.

Na quest�o do teto de gastos, ele disse que nunca fez uma medida sem antes ouvir a sociedade, sem antes ouvir a Faria Lima, sem antes ouvir o Congresso. Foi isso que ele passou na ter�a-feira l� com a gente.

BBC News Brasil - E qual seria a parte da reforma trabalhista que os sindicatos estariam satisfeitos e ele n�o tentaria alterar?

Camargo - N�o entramos em detalhes. Ele me pareceu satisfeito com a reforma trabalhista. Vai modificar uma ou outra coisa que talvez esteja sendo muito ruim para o trabalhador, mas eu n�o sei qual que �.

BBC News Brasil - O teto de gastos j� vem sendo flexibilizado no governo Bolsonaro. A percep��o hoje na elite econ�mica � que deveria manter o teto ou substituir por outros par�metros fiscais?

Camargo - O que eu posso dizer para voc� � que Lula falou que vai debater esse assunto. Eu acho que tudo que voc� converge numa solu��o, e ouvindo todo mundo, eu acho que o trauma � bem menor, o impacto negativo � bem menor.

BBC News Brasil - E como est� o di�logo com a campanha do presidente Bolsonaro?

Camargo - Eu converso mais com o governo do que com os candidatos. A �ltima vez que eu estive com o Bolsonaro foi l� na fazenda Boa Vista (hotel no interior de S�o Paulo), com a visita do Elon Musk. Ele estava muito animado, estava bem cr�dulo de que vai ganhar a elei��o.

BBC News Brasil - O presidente Jair Bolsonaro foi eleito com forte agenda liberal, mas acabou se afastando dela. H� uma decep��o na elite econ�mica?

Camargo - H� uma decep��o gigantesca pela comunica��o, porque ele fez tanta coisa: marco do saneamento, o pix, o marco das ferrovias, a reforma da Previd�ncia... Ele fez tanta coisa e n�o sabe divulgar.

E chega uma hora que ele fica falando (contra a) vacina, vacina, vacina, e tem tanta coisa conquistada. Depois, ele vai para (cr�ticas �) urna, urna, urna, e eu acho que ele deixa de fazer (divulga��o do seu governo)... Ele terminou a transposi��o do rio S�o Francisco, terminou as obras inacabadas. Ele fez realmente muita coisa, mas, eu acho que o governo, pelo que eu vejo (da avalia��o) dos associados da Esfera, peca pela comunica��o.


Bolsonaro e Braga Netto
Bolsonaro anunciou o general Braga Netto como parceiro de chapa; cr�ticos temem iniciativa autorit�ria em caso de derrota (foto: Reuters)

BBC News Brasil - H� uma percep��o de que esse discurso do presidente, por exemplo, com cr�ticas � urna eletr�nica, atrapalha a campanha dele e o pr�prio pa�s?

Camargo - Olha, eu trabalhei com o J�nio Quadros (governador de S�o Paulo de 1955 a 1959 e presidente do Brasil em 1961), e nos momentos que eu achava que o J�nio estava tendo um gesto de loucura, na verdade ele estava cinco jogadas de xadrez na frente da gente. Eu espero que o Bolsonaro tenha herdado algum gene do J�nio, porque ainda n�o estou vendo em que jogada que ele est�.

BBC News Brasil - Os cr�ticos do governo acham que a jogada dele (ao questionar a legitimidade e a confiabilidade das urnas eletr�nicas) � criar algum tipo de tumulto ou iniciativa autorit�ria caso perca a elei��o. H� algum temor nesse sentido entre os empres�rios ou at� algum apoio a esse tipo de iniciativa?

Camargo - Dia 19 de agosto, a Esfera est� fazendo um semin�rio que chama "O Equil�brio dos Tr�s Poderes". Vem o (ministro Dias) Toffoli pelo STF, o (ministro da Casa Civil) Ciro Nogueira pelo Poder Executivo, e o Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e o Arthur Lira (presidente da C�mara) pelo Poder Legislativo. N�s vamos convidar os 20 embaixadores de maior relev�ncia do Brasil, vamos convidar toda a imprensa externa, e mostrar que as institui��es no Brasil s�o s�lidas e fortes.

Pode ter um bate-boca do ministro A com o chefe de algum poder Z? Pode, mas o que n�s vamos mostrar � que s�o freios e contrapesos. N�o existe nenhum espa�o para golpe, nenhum espa�o. Eu tenho conversado com v�rios ministros do Supremo. A gente tem conversado com alguns ministros militares, ou alguns generais, com o Pacheco, com o Lira, o pr�prio Ciro (Nogueira).

N�o existe um espa�o no Brasil para golpe. Tanto � que esse semin�rio a gente est� levando a� a ferro e fogo para ter uma grande repercuss�o nacional e internacional para mostrar realmente que o vencedor dessas elei��es vai ser garantido seja ele quem for.

BBC News Brasil - No final de semana, Lula criticou os empres�rios e banqueiros em Salvador. Disse que eles n�o pensam na pobreza, no povo, mas apenas em ganhar dinheiro. Entende esse tipo de fala como uma ret�rica que faz parte da pol�tica, ou � algo que incomoda?

Camargo - Acho que faz parte da pol�tica. Talvez um dos trabalhos que a Esfera mais tem se debru�ado � mostrar realmente que n�s perdemos a inclus�o social, dos mais necessitados, por causa da infla��o. N�o � culpa do governo Bolsonaro. � a primeira vez que a gente importou infla��o, e realmente voc� v� um achatamento da classe m�dia que comprime l� embaixo a base da pir�mide. Ent�o, realmente vai ter que pensar numa equaliza��o melhor de distribui��o de renda.

O Lula disse na ter�a-feira que o compromisso dele � viajar ao exterior logo no in�cio do mandato, se ele ganhar, para recuperar a imagem destru�da do Brasil, por causa da Amaz�nia, quest�es outras. Com isso, ele acredita que vai trazer muito capital estrangeiro de novo para o Brasil, que (assim) ele estabiliza o d�lar num pre�o melhor, e baixando os juros ele coloca a economia para rodar de novo.

Ele estava muito confiante. Estava falando isso salivando. Inclusive, disse que j� teria a� na cabe�a dele para marcar com os dez grandes chefes de Estado para recuperar essa credibilidade que a gente perdeu. E a gente perdeu mesmo. Eu vou conversar com meus amigos em Nova York ou na Europa e realmente eu nunca vi esse clima t�o de mau humor em rela��o ao Brasil.

BBC News Brasil - O sr. considera essa estrat�gia de Lula vi�vel?

Camargo - Ele disse que quando ganhou em 2003, falou assim: "(Antonio) Palocci (ent�o ministro da Economia de Lula), paga o FMI, quero me livrar dessa tutela". Durante o governo, ele pagou o FMI.

A� Lula chamou o Palocci: "o d�lar est� barato, reserva (internacional do Brasil �) quase zero, come�a a comprar".

Ent�o ele nos falou: "Quem fez a reserva fui eu. Eu sei muito bem que com a nossa poupan�a interna n�s n�o vamos conseguir crescer. N�s vamos precisar do capital estrangeiro. Eu vou atr�s, para ir atr�s eu n�o preciso ceder nada, eu tenho que mostrar que nossa imagem � boa, as riquezas que n�s temos, que as oportunidades de infraestrutura s�o enormes".

Ele (Lula) tem uma vis�o boa. Eu fiquei um pouco impressionado.

BBC News Brasil - Lula sinalizou quem poderia assumir o comando da economia, caso seja eleito? Algu�m com perfil parecido ao do Palocci, por exemplo?

Camargo - Na bolsa de apostas, falam muito de Wellington Dias (ex-governador do Piau�), Alexandre Padilha (deputado federal), Rui Costa (governador da Bahia), Geraldo Alckmin.

L� no Bolsonaro, a bolsa de apostas alta (para assumir a pasta da Economia em caso de reelei��o) � do Roberto Campos (hoje presidente do Banco Central).

BBC News Brasil - No caso do Lula, todos os citados para o Minist�rio da Economia s�o pol�ticos. O sr. considera esse perfil interessante?

Camargo - Todo mundo v� esses nomes de bom grado. O Rui Costa fez um �timo governo. O Wellington Dias diz que conversa muito com os empres�rios. O Geraldo � uma pessoa que cuidou do cofre aqui (do Estado de S�o Paulo) 14 anos, sempre trabalhou com o cofre bem, nunca tomou decis�o sem ouvir as pessoas. O Geraldo � aquele cara que ouve mais do que fala.

Eu acho que a gente est� bem servido. Melhor ainda se a gente tivesse uma terceira via, mas (considerando) os dois candidatos (Lula e Bolsonaro), eu acho que o mercado vai come�ar a fazer um rali aqui no Brasil (seja qual vencer). O Brasil est� de gra�a, nunca teve os ativos t�o depreciados como temos hoje. E a chance de qualquer um desses dois governos acertarem � gigantesca.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62058616

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