"Considero a gest�o dele (Kalil) em Belo Horizonte totalmente inadequada. As enchentes est�o a�, ele teve dois mandatos. Corrigiu as enchentes? N�o. Agora, com o prefeito Fuad (Noman, do PSD), � que n�s assinamos um conv�nio, estamos repassando � Prefeitura de Belo Horizonte R$ 180 milh�es para poder resolver as enchentes na Avenida Tereza Cristina", disse Zema, ao jornalista Marcelo Matte, que foi secret�rio de Estado de Cultura no in�cio da atual administra��o.
O governador definiu Kalil como "algu�m que s� quer criticar". "Propostas,at� hoje, n�o vi nada", falou.
As farpas direcionadas por Zema a Kalil envolveram, tamb�m, quest�es fiscais como o d�bito do ex-prefeito junto � capital por aus�ncia de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). No m�s passado, em entrevista ao "Flow Podcast", o pessedista admitiu problemas com a Justi�a do Trabalho.
"Meu atual advers�rio, n�s sabemos que n�o � muito adepto de pagar d�vidas, menos ainda d�vidas de outras pessoas", cutucou o governador.
No mesmo "Flow", ao tratar do caso trabalhista, Kalil detalhou a quest�o ligada ao IPTU e argumentou que, pelo fato de v�rios s�cios serem respons�veis pelo im�vel de imposto devido, n�o h� como arcar sozinho com o passivo. "Eu disse que qualquer im�vel que estiver no meu nome, que eu dever IPTU, eu dou para a prefeitura".
Zema chama Agostinho de 'advers�rio'
A Marcelo Matte, Zema destrinchou a rela��o entre seu governo e a Assembleia Legislativa. O Parlamento � presidido por Agostinho Patrus (PSD), contr�rio a pautas da atual gest�o, como a ades�o ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), que s� foi viabilizada por meio da Justi�a - porque h� temor, entre parte dos deputados estaduais, por preju�zos aos servi�os p�blicos.O governador chamou Agostinho de "advers�rio". Isso, porque o deputado foi convidado a ser o vice-candidato de Kalil no pleito deste ano, mas desistiu para abrir espa�o � alian�a com o PT, que indicou Andr� Quint�o para a vaga.
"Ele (Agostinho) hoje faz parte do grupo advers�rio. Ent�o, de certa maneira, tudo que ele poderia ter feito para poder prejudicar a nossa gest�o, ele fez, devido a inten��es eleitoreiras dele, mesmo que prejudicando o estado", criticou. "Ele colocou o projeto de poder pessoal dele acima dos interesses dos 21 milh�es de mineiros", emendou.
As rusgas entre Zema e Agostinho, embora tenham ocorrido durante boa parte do mandato, se intensificaram neste ano. H� duas semanas, o governador acusou o deputado de "sabotagem".
"Quem sabotou Minas foi o Zema: deixou 11 hospitais regionais inacabados, estradas em p�ssimo estado, n�o criou nenhum programa social na pandemia, teve o fura-fila da vacina, autorizou minera��o na Serra do Curral, d�vida de Minas s� crescendo", rebateu o parlamentar.
Aliados de Zema querem Assemebleia alinhada em 2023
As dificuldades de Zema para articular junto ao Legislativo s�o refletidas numericamente: dos 77 deputados estaduais, apenas 17 comp�em formalmente a base aliada ao Pal�cio Tiradentes. De abril ao in�cio de julho, o governador chegou a ficar sem um bloco formal de apoio, porque n�o havia o m�nimo de 16 parlamentares para compor uma coaliz�o oficial.No s�bado (23), o deputado federal Marcelo Aro (PP), principal articulador pol�tico de Zema e pr�-candidato ao Senado Federal com o apoio do chefe do poder Executivo, projetou outro cen�rio a partir de 2023.
"Vamos eleger uma bancada forte, do Novo e dos partidos aliados. N�o vamos cometer o mesmo erro e vamos eleger um presidente da Assembleia alinhado ao senhor, para aprovar as pautas", prometeu, durante a conven��o em que o partido de Zema oficializou a tentativa de conseguir a reelei��o.
No mesmo dia, Agostinho Patrus foi ao Twitter lan�ar uma provoca��o a Aro. "Tem deputado federal achando que vai resolver a elei��o na ALMG no ano que vem em fam�lia, assim como faz na C�mara de BH. Coitado, n�o sabe nada!".