Bolsonaro em Montes Claros: 'O Brasil � uma refer�ncia para o mundo'

Ele chegou de avi�o. Em seguida, andou de motocicleta, cavalgou, deu uma volta de carro e pegou o avi�o de volta. Assim foi a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Montes Claros, no Norte de Minas, na tarde desta sexta-feira (5/08), a primeira viagem a Minas Gerais ap�s a oficializa��o da sua candidatura � reelei��o, em conven��o realizada em 24 de julho.

Durante a visita, Bolsonaro adotou um tom mais ameno ao discursar para seus apoiadores em duas ocasi�es, evitando quest�es pol�micas como sua rela��o com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele optou por enaltecer o patriotismo, a liberdade e o respeito � Constitui��o. O mandat�rio tamb�m destacou medidas recentes de sua gest�o. Segundo Bolsonaro, devido �s pol�ticas adotadas pelo seu governo, o Brasil caminha para ter a "gasolina a mais barata do mundo".

Montes Claros � a terra de Ad�lio Bispo, que esfaqueou Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Desde a �poca do crime, Ad�lio esta recolhido na Penitenci�ria Federal de Seguran�a M�xima de Campo Grande (MS).

Ap�s o desembarque no aeroporto local, por volta das 14h20, Jair Bolsonaro participou de uma motociata, que passou pelas avenidas Magalh�es Pinto, Pl�nio Ribeiro, Dulce Sarmento e Avenida Geraldo Athayde, indo at� o Parque de Exposi��es Jo�o Alencar Athayde. O presidente pilotou uma moto, sem o uso de capacete, tendo na garupa um seguran�a com o equipamento de prote��o. O evento contou com milhares de motocicletas, que se inscreveram previamente para acompanhar o chefe do Executivo.

Ao chegar ao Parque de Exposi��es, Bolsonaro, primeiramente, participou de um encontro fechado no Sal�o de Festas da Sociedade Rural de Montes Claros, que prestou uma homenagem ao dirigente. Na sequ�ncia, ao se dirigir para a �rea aberta do parque, onde teve um encontro com populares, o presidente participou de uma "cavalgada", que percorreu cerca de cem metros numa �rea dentro do recinto, cercada pela seguran�a.

Tamb�m montaram a cavalo o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, general Walter Braga Neto (candidato a vice de Bolsonaro), e o presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Jos� Moacyr Basso. Ao todo, o “passeio” reuniu cerca de 70 cavaleiros.
 

Ao final do evento, no retorno para o aeroporto, Bolsonaro subiu em uma caminhonete, cercado de seguran�as. Na viagem a Montes Claros, al�m do candidato a vice Braga Neto, ele esteve acompanhado do ministro da Seguran�a Interinstitucional, general Augusto Heleno, e do senador Carlos Viana, candidato ao governo de Minas pelo PL.

Ao discursar no Sal�o de Festas da Sociedade Rural de Montes Claros, Jair Bolsonaro destacou a sua satisfa��o de ter assumido a Presid�ncia da Rep�blica, vendo, “cada vez mais, as cores verde e amarela dominando o nosso pa�s, um pa�s livre, democr�tico, rico e crist�o”. “Ningu�m no mundo tem o que n�s temos, em especial esse povo, que respira patriotismo e liberdade”, afirmou.

Ao fazer refer�ncia ao prefeito da cidade Humberto Souto (Cidadania), que tinha, minutos antes, enaltecido as a��es do atual governo por meio de um v�deo, Bolsonaro pontou que respeita a Constitui��o.

“Eu quero mandar um abra�o especial ao prefeito Humberto Souto, meu amigo de Parlamento brasileiro, onde, por muitas vezes, estivemos do mesmo lado da trincheira, defendendo a nossa Constitui��o, defendendo dias melhores para nosso povo, para nosso estado, (e) respirando liberdade, o bem maior desse novo povo”, assegurou. 

Na mesma solenidade, houve um momento de mal-estar. O senador Carlos Viana foi um dos oradores que antecederam o presidente. Quando Viana citou o nome do deputado federal Marcelo Freitas (Uni�o), o p�blico, formado majoritariamente por apoiadores de Bolsonaro, vaiou intensamente. Na sequ�ncia, Viana citou o nome do deputado estadual e candidato ao Senado Cleitinho (PSC), que foi aplaudido pela plateia. A reportagem n�o conseguiu contato com Freitas, mas assessores deles atribu�ram as vaias a apoiadores de outros candidatos a deputado federal. 

Do sal�o fechado, Bolsonaro seguiu para a parte aberta do Parque de Exposi��es, onde centenas de apoiadores o aguardavam debaixo do sol. O presidente e as lideran�as subiram no palanque de alvenaria existente no local. 

Ali, foi recebido pelo presidente da Associa��o dos Munic�pios da �rea Mineira da Sudene (Amams), Jos� Nilson Bispo de S� (Republicanos), o Nilsinho. prefeito de Padre Carvalho. que enalteceu e agradeceu o apoio e a libera��o de recursos pelo governo federal �s prefeituras, sobretudo, no enfrentamento da pandemia.

 “N�s, prefeitos, que estamos na ponta. O sofrimento do povo chega primeiro aos prefeitos”, disse Bispo de S�.

Ele foi  �nica lideran�a da regi�o a discursar no evento. O presidente da Sociedade Rural, Jos� Moacyr Basso, estava com discurso pronto, mas acabou n�o falando na cerim�nia. Tamb�m foi suspensa a entrega do Diploma Diploma de Honra ao M�rito Ant�nio Lafet� Rebello a Bolsonaro pela Sociedade Rural. 

Ao falar para seus apoiadores, no espa�o aberto, Bolsonaro lembrou que seu governo enfrentou as consequ�ncias da pandemia da Covid-19, seca e “uma guerra l� fora (R�ssia x Ucr�nia). “As consequ�ncias (foram) para todo mundo, e, especial, na quest�o humanit�ria e tamb�m econ�micas. Vencemos os obst�culos. O Brasil � uma refer�ncia para o mundo”, comemorou. 

“Gra�as �s pol�ticas que adotamos, pegando o norte dado pela nossa popula��o(..), estamos partindo para ter a gasolina mais barata do mundo. O mundo vem sofrendo com (o aumento dos) os combust�veis. O Brasil j� saiu dessa crise”, assegurou.
 

Para evitar problemas com a legisla��o eleitoral, o mandat�rio evitou pedir votos ou falar diretamente sobre a elei��o, lembrando que estava em um “evento particular”. Mas, refor�ou que para o pa�s ser uma “grande na��o” depende de “boas escolhas”. N�s temos certeza de que, nos momentos decisivos, voc�s se far�o presentes”, disse. 

O presidente falou  ainda sobre os temas defendidos por seus apoiadores. “Temos um povo que acredita em Deus, que � contra a libera��o das drogas, que � contra a ideologia de g�nero e que n�o aceita o aborto”. 

Ele tamb�m repetiu que “quando entregar o comando da Na��o”, pretende “entregar uma m�quina muito melhor que recebi em 2019”.