
Segundo a secretaria, Guaranho foi transportado em ambul�ncia e escoltado por equipes policiais do Setor de Opera��es Especiais (SOE) do Departamento de Pol�cia Penal do Paran�. Ele foi levado de sua resid�ncia, em Foz do Igua�u, por volta das 18h20 de ontem (12/8) e chegou ao Complexo M�dico Penal �s 2h51 de hoje.
A decis�o que estabeleceu a pris�o preventiva foi assinada pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Igua�u.
Imagens de c�meras mostraram Guaranho invadindo uma festa particular do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT estadual e que celebrava seu anivers�rio com bandeiras do partido. Guaranho n�o era convidado da festa, mas invadiu o local armado declarando ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro e atirou contra o petista. Antes de morrer, Arruda revidou e atirou em Guaranho, que chegou a ficar internado em estado grave, at� receber alta do hospital no dia 10 de agosto.
O Minist�rio P�blico acusa Guaranho de homic�dio duplamente qualificado. Produ��o de perigo e motivo f�til foram as qualificadoras utilizadas pelos promotores para embasar a den�ncia. Segundo eles, a conduta do acusado foi desencadeada por "prefer�ncia pol�tico-partid�ria antag�nica" e colocou em risco outras pessoas. A den�ncia feita pelo MP foi aceita pelo juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Igua�u, que o tornou r�u.
Guaranho deveria ter sido levado ao Complexo M�dico Penal desde que recebeu alta, no dia 10, mas o juiz concedeu pris�o domiciliar depois que um diretor do complexo lhe informou que o local n�o reunia condi��es estruturais e de pessoal adequados para atendimento do r�u.
Ontem (12/8), a Secretaria de Seguran�a enviou um novo posicionamento � Justi�a afirmando que teria sim condi��es de atender o pedido de pris�o e listou que o Departamento de Pol�cia Penal contava com cama em cela para o leito do preso, equipe m�dica e de enfermagem e fisioterapia para a realiza��o das atividades de recupera��o que se fizerem necess�rias.
“Desta forma n�o h� d�vidas que esta Secretaria, por interm�dio do Departamento de Pol�cia Penal, possui condi��es de garantir a manuten��o di�ria das necessidades b�sicas do custodiado com supervis�o cont�nua por profissional habilitado para o seu acompanhamento, levando em considera��o as informa��es constantes do Relat�rio de Evolu��o M�dica do paciente”, diz o documento que foi encaminhado pela Secretaria de Seguran�a � Justi�a. Ap�s isso, a Justi�a revogou a pris�o domiciliar de Guaranho e restabeleceu a pris�o preventiva.
Outro lado
Poliana Lemes Cardoso, advogada de Guaranho, disse ter ido hoje pela manh� no Complexo M�dico Legal para avaliar as condi��es da transfer�ncia e a chegada de seu cliente � unidade. Segundo ela, ao contr�rio do que teria sido acordado, seu cliente foi colocado em uma cela comum, sem acompanhamento de enfermeiros ou de suporte adequado para suas condi��es atuais de sa�de.
“N�o foi fornecida alimenta��o, nem durante o transporte e nem no momento em que ele chegou na unidade. Ele est� desde ontem sem nenhum tipo de alimenta��o e de medica��o”, disse.
“Ele est� completamente debilitado. Ele � uma pessoa que n�o anda sozinho, n�o est� comendo sozinho, n�o faz a higiene pessoal sozinho e est� dentro de uma cela com outro preso, que n�o consegue dar qualquer tipo de suporte. Venho aqui para denunciar os fortes abusos e a quest�o desumana com que est�o tratando o Sr. Jorge Guaranho”, falou a advogada em v�deo enviado a jornalistas.