William Bonner come�ou a sabatina anunciando que o primeiro tema seria corrup��o. O apresentador questionou Lula, ap�s pontuar que "houve corrup��o na Petrobras", sobre como ele vai "convencer os eleitores, que estes esc�ndalos n�o v�o se repetir?".
Logo no in�cio do programa, o �ncora "A corrup��o s� aparece quando voc� permite que ela seja investigada", respondeu o petista. Na sequ�ncia, ele elencou as medidas adotadas nos seus governos para que a Justi�a realizasse investiga��es. Entre elas, citou a "cria��o da Lei de Acesso � Informa��o, cria��o do Portal da Transpar�ncia, do COAF para cuidar de movimenta��es financeiras at�picas, independ�ncia do Minist�rio P�blico e liberdade da Pol�cia Federal".
Ap�s enumerar as medidas adotadas, afirmou que "se algu�m comete um erro, apura-se, julga, condena ou absolve". Lula aproveitou para criticar a Opera��o Lava-Jato. "A Lava-Jato enveredou por um caminho pol�tico delicado. A Lava Jato entrou no limite da pol�tica e o objetivo era tentar condenar o Lula", avaliou o candidato.
A corrup��o foi tratada pelo entrevistado durante os 15 primeiros minutos da sabatina. Os governos petistas tiveram preju�zo na sua imagem ap�s os esc�ndalos do mensal�o e do petrol�o.
“N�o h� hip�tese de n�o ser investigada”
“Eu quero voltar � Presid�ncia da Rep�blica, e qualquer, qualquer hip�tese de algu�m cometer qualquer crime, por menor ou por maior que seja, essa pessoa ser� investigada, essa pessoa ser� julgada, e essa pessoa ser� punida ou absolvida. � assim que voc� combate a corrup��o no pa�s”, disse.
O ex-presidente foi questionado sobre os esc�ndalos de corrup��o durante os governos do PT. “As medidas est�o colocadas. Eu poderia ter escolhido um procurador engavetador. Eu n�o fiz isso. Eu poderia ter impedido que a Pol�cia Federal tivesse um delegado que eu tivesse controle. Eu permiti que tudo fosse feito da forma correta. Eu poderia fazer decreto de 500 anos, t� na moda n�?", afirmou.
Para Lula, o Brasil “sofre de um s�rio problema" j� que as pessoas “s�o condenadas pelas manchetes do jornal".
Lava-Jato
Na sequ�ncia, o candidato e ex-presidente citou opera��es contra a corrup��o realizadas em outros pa�ses. “O que eu quero dizer � o seguinte: voc� pode fazer investiga��o com a maior seriedade, como foi feito na Cor�ia com a Samsung; como foi feito na Fran�a, na Alstom; como foi feito na Volkswagen, na Alemanha. Voc� investiga, se o empres�rio roubou voc� condena, mas a empresa continua funcionando”, comentou.
A corrup��o foi o primeiro tema da sabatina. Lula foi condenado na opera��o Lava-Jato em abril de 2018 e solto em novembro de 2019. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou suspei��o do ex-juiz S�rgio Moro no julgamento dos casos em que o petista foi r�u.
Lula exalta Alckmin
Ele continuou: “� por isso que eu escolhi o Alckmin de vice, para juntar duas grandes experi�ncias na minha vida. Um cara que foi governador de S�o Paulo por 16 anos e vice outros seis, e um cara que foi considerado o melhor presidente da hist�ria do pa�s. S�o esses dois que v�o governar este pa�s.”
O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) elogiou o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa petista ao Planalto, durante sabatina no Jornal Nacional da TV Globo.
Para Lula, “com Alckmin, o governo ganha mais credibilidade''. “Nunca antes na hist�ria do Brasil esse governo teve uma chapa como Lula e Alckmin com credibilidade interna e externa para mudar as coisas no Brasil”, declarou.
O ex-presidente brincou com a aceita��o do companheiro pelos eleitores. “Eu estou at� com ci�mes do Alckmin. Voc� tem que ver que sujeito esperto e habilidoso. Ele fez um discurso no dia 7 de maio, quando foi apresentado oficialmente pelo PT, que eu fiquei com inveja. Ele foi aplaudido de p�”, disse.
“O Alckmin j� foi aceito pelo PT de corpo e alma. O que eu n�o quero � que o PT pe�a a ele para se filiar, porque a gente n�o quer brigar com o PSB, mas o Alckmin � uma pessoa que vai me ajudar. Eu tenho 100% de confian�a que a experi�ncia dele como governador de S�o Paulo e depois mais 6 anos como vice de M�rio Covas vai me ajudar a consertar este pa�s", afirmou.
“� a �nica raz�o pela qual eu quero voltar a ser presidente � a de consertar esse pa�s. Esse pa�s precisa voltar a crescer, voltar a ser feliz e voltar a gerar emprego”, continuou.
Admite erros de Dilma
Para Lula, a ex-presidente “fez um primeiro mandato extraordin�rio, mas cometeu equ�vocos".
“A Dilma fez um primeiro mandato extraordin�rio. Ela se endividou para manter as pol�ticas sociais. Eu acho que ela cometeu equ�voco na quest�o da gasolina, na hora da desonera��o, e, quando ela tentou mudar, ela tinha uma dupla din�mica contra ela: (o ent�o presidente da C�mara) Eduardo Cunha (MDB) e (ent�o senador) A�cio Neves (PSDB)”, afirmou.
Ainda segundo Lula, Cunha “trabalhou o tempo inteiro contra a ex-presidente".
Cr�ticas a Bolsonaro
Na entrevista, a jornalista Renata Vasconcellos questionou o candidato sobre a crise pol�tica de governos petistas com o Congresso, que resultou em esc�ndalos de corrup��o, como o Mensal�o. “Voc� acha que o Mensal�o, que tanto se falou, � mais grave que o or�amento secreto?”, refletiu Lula.
Ap�s o petista mencionar que � necess�rio um di�logo com partidos pol�ticos, frisando que o ‘Centr�o’ n�o � uma sigla, a apresentadora refor�ou a pergunta: “O senhor mencionou o or�amento secreto, como negociar ent�o com o centr�o sem moedas de troca, como essa do or�amento secreto, que o senhor critica tanto?”.
O candidato, ent�o, frisou que n�o se trata de uma moeda de troca. “Isso � usurpa��o do poder. Ou seja, acabou o presidencialismo, o Bolsonaro n�o manda nada. O Bolsonaro � ref�m do Congresso Nacional, sequer cuida do or�amento. Quem cuida � o (Arthur) Lira, ele quem libera verba, o ministro liga para ele, n�o liga para o presidente da Rep�blica, isso nunca aconteceu nem na proclama��o da Rep�blica”, afirmou.
“Tenho consci�ncia que uma das minhas tarefas e do Alckmin, se a gente ganhar, �, primeiramente, trabalhar no processo eleitoral para que a gente eleja deputados e senadores com outra cabe�a. Segundo, acabar com essa hist�ria de semipresidencialismo, semiparlamentarismo num regime presidencial. O Bolsonaro parece um bobo da corte, n�o coordena o or�amento”, acrescentou.
Por fim, ele mencionou o jogo de negocia��es que foi feita para o valor do Aux�lio Brasil.
“Veja que engra�ado: ele (Bolsonaro) acabou de aumentar o aux�lio emergencial para R$ 600. Ele queria R$ 200, a gente queria R$ 600, ele mandou R$ 500 e agora mandou R$ 600. At� quando? 31 de dezembro. Na LDO que mandou para o Congresso Nacional n�o tem a continuidade. Ele acaba de mandar a LDO e vem aqui mentir dizer que vai continuar, se ele vai continuar, se vai continuar porque n�o colocou ali”, declarou.