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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Em debate radical e mis�gino, Simone Tebet e Soraya Thronicke se imp�em

Candidatas com baixa pontua��o nas pesquisas de inten��o de votos, Tebet e Soraya Thronicke se destacam por furar a bolha da polariza��o de Lula e Bolsonaro


29/08/2022 08:13 - atualizado 29/08/2022 15:18

 
Montagem com simone tebet a esquerda e soraya thronicke a direita
Simone Tebet e Soraya Thronicke, candidatas � Presid�ncia da Rep�blica (foto: Miguel Schincariol/AFP)
Terminadas as duas horas e meia de confronto entre os seis candidatos, as mulheres foram as estrelas do primeiro debate dos presidenci�veis, em especial Simone Tebet (MDB), que partiu para cima de Jair Bolsonaro (PL) - a quem planeja substituir num poss�vel segundo turno contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que tamb�m n�o foi poupado pela emedebista.
 
A senadora Soraya Thronicke (Uni�o Brasil) tamb�m n�o ficou para tr�s em mat�ria de respostas duras ao petista e ao presidente que busca a reelei��o. O desempenho delas, ali�s, foi registrado por pesquisa do Datafolha realizada com um grupo de eleitores indecisos - que deu a Simone o t�tulo de melhor performance e a Bolsonaro, a pior.

As cr�ticas ao presidente e a Lula permearam todo o debate no est�dio da Band. Logo no primeiro bloco, a emedebista n�o deixou escapar sequer uma oportunidade de virar a artilharia contra Bolsonaro. Ao responder � primeira pergunta, sobre o que fazer para reduzir a tens�o entre os Poderes, foi direta: "Precisamos trocar o presidente da Rep�blica. Sem paz, n�o vamos unir o Brasil". Ainda neste bloco, quando indagada por Soraya sobre sa�de, Simone respondeu que Bolsonaro "virou as costas para o povo brasileiro". "N�o o vi pegar a moto dele e ir a um hospital abra�ar a m�e que perdeu o filho", alfinetou.

O que tirou Bolsonaro do s�rio - e custou-lhe o bom desempenho - n�o foram seus advers�rios, mas uma pergunta da jornalista Vera Magalh�es, da TV Cultura, que quis saber sobre a queda na cobertura vacinal. Em vez de comentar a resposta de Ciro Gomes (PDT), 
o presidente atacou-a.
 
"N�o podia esperar outra coisa de voc�. Acho que voc� dorme pensando em mim. Voc� tem alguma paix�o por mim. Voc� n�o pode tomar partido em um debate como esse, fazer acusa��es mentirosas a meu respeito. Voc� � uma vergonha para o jornalismo brasileiro. Mas tudo bem. N�o pedi tua opini�o", devolveu.

 
O ataque � jornalista provocou uma uni�o das candidatas, que se desdobraram em men��es de solidariedade. Foi um ponto explorado por Soraya. "Quando homens s�o tchutchuca com outros homens, mas v�m para cima da gente sendo tigr�es, eu fico extremamente incomodada. A� eu fico brava, sim. Digo mais para voc�: no meu estado, tem mulher que vira on�a, e sou uma delas. N�o aceito esse tipo de comportamento e de xingamento e, acima de tudo, disseminar �dio entre os brasileiros e nos dividir", reagiu.

Bolsonaro tamb�m foi grosseiro com Simone. Ao comentar uma pergunta da candidata, reagiu irritado: "Chega de vitimismo, somos todos iguais. Sancionei mais de 60 leis em defesa das mulheres. E tenho certeza: uma grande parte das mulheres do Brasil me ama. Quando defendo a arma, no campo, em especial, � para dar chance para a mulher se defender", afirmou.

Economia

Lula tamb�m n�o teve refresco - das mulheres e dos homens. E, a contar pelo clima ao final do debate, o sonho de vit�ria no primeiro turno ficou mais distante. Logo no come�o do debate, Bolsonaro abriu a rodada de perguntas questionando o petista sobre corrup��o na Petrobras e afirmou que o recurso desviado da estatal representava 60 vezes a transposi��o do rio S�o Francisco.

O petista devolveu que se tratavam de "inverdades e n�meros mentirosos" e desfiou um ros�rio de leis para dizer que seu governo foi quem mais aprimorou o combate � corrup��o. Bolsonaro, na r�plica, provocou citando o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci que, como delator da Opera��o Lava-Jato, disse ter levado dinheiro par Lula: "O seu governo foi o mais corrupto da hist�ria do Brasil", acusou o presidente.

Quem mais irritou Lula, por�m, foi Ciro. Ao responder sobre uma pergunta sobre a uni�o das esquerdas, feita pela jornalista Patr�cia Campos Mello, mencionou que Lula estava coligado com Geddel Vieira Lima - o homem dos R$ 51 milh�es em dinheiro vivo em caixas num apartamento em Salvador - e com Renan Calheiros (MDB-AL). Sem esconder a irrita��o, Lula disse que esperava que Ciro n�o fosse para Paris no segundo turno, como fez em 2018.

Al�m da corrup��o - tema que permitiu a Bolsonaro chamar Lula de "ex-presidi�rio" -, a economia tamb�m permeou o confronto. Um dos momentos tensos nessa quest�o veio quando Soraya se referiu aos economistas ligados ao petista como "mofados". Ela, ali�s, foi a �nica a apresentar uma proposta econ�mica mais detalhada, ao sugerir o imposto �nico e isen��o de Imposto de Renda para professor e para quem recebe at� cinco sal�rios m�nimos.

Corrup��o e sigilo

Corrup��o, mis�ria e pandemia foram temas importantes no no primeiro debate entre os presidenci�veis. Em v�rios momentos, esses assuntos foram marcados pela polariza��o entre os candidatos Jair Bolsonaro e Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

Um dos momentos tensos ocorreu quando o petista perguntou � senadora Simone Tebet (MDB), integrante da CPI da Covid, se houve corrup��o no enfrentamento � pandemia e neglig�ncia por parte do governo Bolsonaro. Na resposta, a candidata disse que o presidente da Rep�blica "negou vacina, atrasou 45 dias, muitas pessoas poderiam estar entre n�s e n�o est�o por culpa da insensibilidade de um governo que n�o coloca vacina no bra�o do povo brasileiro".

E arrematou: "Eu confirmo que houve corrup��o. Houve tentativa de comprar vacinas superfaturadas", afirmou a candidata sobre o caso Covaxim - vacina indiana n�o aprovada pela Ag�ncia Naiconal de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e cuja compra geraria um rombo de R$ 1,6 bilh�o ao Minist�rio da Sa�de.
Minutos ap�s o ataque de Lula, Bolsonaro deu o troco. Nas consider��es finais, chamou o rival de "ex-presidi�rio" em duas ocasi�es. E disse que o pa�s n�o merecia a volta do petista ao Pal�cio do Planalto.

Em rea��o, Lula pediu direito de resposta, no qual foi atendido. "Estou aqui candidato para ganhar as elei��es e, em um decreto s�, vou apagar todos seus sigilos porque quero descobrir o que voc� tanto (esconde)...", disse o petista.

Segundo a Lei de Acesso a Informa��o, o sigilo pode ser imposto quando a divulga��o dos dados viola a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de uma pessoa.

Bolsonaro acumula seis pedidos de sigilo de 100 anos, prazo m�ximo estabelecido na lei. Entre eles encontra-se o seu cart�o de vacina, os dados dos crach�s de acesso dos seus filhos Carlos e Eduardo nas reuni�es entre o presidente e pastores envolvidos em um suposto esquema de corrup��o no Minist�rio da Educa��o.
Em outros momentos do debate, Bolsonaro tamb�m mencionou o tema de corrup��o. Em cr�tica impl�cita a Lula, disse que pretende manter o Aux�lio Brasil em R$ 600 no pr�ximo ano respeitando as regras fiscais. Essa mesma disciplina, segundo o presidente, foi aplicada na redu��o do pre�o dos combust�veis. E concluiu: "Como eu consegui recursos? N�o roubando".


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