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Estado de Minas

"Vamos transformar a 'estrada da morte' na 'estrada da vida'"

Lula pede votos para Kalil e Alexandre Silveira, alfineta Zema, promete obra de duplica��o da BR-381 e diz dever "favores a Minas", onde quer ser eleito


24/09/2022 04:00 - atualizado 24/09/2022 00:19

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República e candidato à eleição , em discurso em Ipatinga, no Vale do Aço
"Estou convencido que, se Kalil conseguir cuidar do povo mineiro com o carinho que cuidou do Atl�tico Mineiro nos bons tempos do Atl�tico, vai ser tudo de bom para n�s" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 

 Ipatinga – O presidenci�vel do PT, Luiz In�cio Lula da Silva, aproveitou com�cio ontem em Ipatinga, no Vale do A�o, para pedir votos a Alexandre Kalil (PSD), que concorre ao governo com seu apoio. Para defender o embarque de seus eleitores na campanha do ex-prefeito de Belo Horizonte, Lula criticou o governador Romeu Zema (Novo), candidato � reelei��o. “Voc�s se lembram de alguma obra importante que o governador fez aqui em Minas Gerais?”, perguntou ao p�blico do ato. Durante discurso em palanque montado no Parque Ipanema, ao lado do Est�dio Ipating�o, o l�der das pesquisas de inten��o de voto na corrida ao Pal�cio do Planalto endossou, ainda, a candidatura � reelei��o do senador Alexandre Silveira, filiado ao PSD, e prometeu viabilizar a duplica��o da BR-381, caso eleito.

 

“N�o costumo chegar a nenhum estado e falar mal do governador, porque n�o conhe�o, n�o sei quem � e nunca conversei. Acho que n�o tenho direito de chegar em Pernambuco, no Acre ou em Minas Gerais e falar mal do governador. A �nica que posso dizer: voc�s se lembram de alguma obra importante que o governador fez aqui em Minas Gerais?”, disse Lula. O candidato a presidente, ent�o, elogiou o aliado Kalil, de quem esteve ao lado nos 30 minutos em que discursou. “Se o atual governador fez todas as obras que voc�s sonhavam que deveriam ser feitas, tudo bem. Mas, se n�o fez, temos um cara que, em apenas quatro anos, fez uma revolu��o em Belo Horizonte cuidando do povo da capital”.

 

Quando falou de Zema, Lula cobrou uma resposta do PT mineiro a recorrentes declara��es do governador em tom cr�tico ao petista Fernando Pimentel, seu antecessor no cargo. “A �nica coisa que soube que o atual governador faz � criticar o PT”, disparou. Nesta semana, � “Folha de S. Paulo”, o pol�tico do Novo chegou a afirmar que o PT “� o que h� de pior na pol�tica do Brasil”.

 

Lula afirmou “dever favores” a Minas e prometeu escutar as demandas do estado caso ven�a as elei��es. “Minas Gerais pode contar comigo. � o estado que me acolhe em todas as regi�es”. Disse ainda que “quero ser eleito no estado de Minas Gerais. Tenho certeza que voc�s n�o ir�o se arrepender. Virei v�rias vezes conversar com voc�s”. Ao tratar dos compromissos, ele mencionou a conclus�o da obra de duplica��o da BR-381. “Vamos fazer a estrada e transformar a atual ‘estrada da morte’ na’ estrada da vida’, para que voc�s possam ter seguran�a quando sa�rem para passear com a fam�lia”, garantiu, em men��o ao apelido que a rodovia ganhou por causa dos sucessivos acidentes automobil�sticos.

 

Segundo o petista, a forma��o de uma coaliz�o no Congresso Nacional � importante para acelerar as pautas do governo federal. Por isso, defendeu Alexandre Silveira como o candidato de seu grupo pol�tico ao Senado. “Um senador � muito poderoso para atrapalhar e para ajudar o governo. Voc�s sabem que n�s temos minoria l� em Bras�lia. Portanto, queria pedir a voc�s – se eu n�o confiasse eu n�o estaria pedindo: nosso senador, nesta elei��o, � Alexandre Silveira”.

 

Antes de liderar o com�cio no Parque Ipanema, Lula concedeu r�pida coletiva de imprensa em um hotel de Ipatinga. L�, o ex-presidente, que torce para o Corinthians, mas em Minas � simpatizante do Cruzeiro, utilizou o futebol para sustentar a alian�a com o ex-prefeito de BH. “Estou convencido que, se Kalil conseguir cuidar do povo mineiro com o carinho que cuidou do Atl�tico Mineiro nos bons tempos do Atl�tico, vai ser tudo de bom para n�s”. Presidente do Galo entre 2008 e 2014, Kalil venceu a Copa Libertadores da Am�rica em 2013 e a Copa do Brasil no ano seguinte.

 

‘Voltar para consertar' Durante a conversa com os jornalistas, Lula utilizou a palavra “reconstru��o” para nortear as ideias que encampa nesta campanha. No com�cio, o termo foi “consertar”. Ele pregou a abertura de linhas de cr�dito a pequenos empres�rios como forma de gerar empregos e renda. “Quero voltar para consertar este pa�s e melhorar a vida do nosso povo. N�o � poss�vel um pa�s deste tamanho ter gente passando fome. N�o � poss�vel o estado de Minas Gerais ter mais de 1,2 milh�o de pessoas passando fome”, protestou.

 

Lula voltou a tachar de “genocida” o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas repetiu a estrat�gia de cham�-lo a partir de alternativas como “esse cidad�o”. O candidato afirmou, ainda, que a popula��o em situa��o de vulnerabilidade “n�o quer viver de favor do governo”, mas “�s custas da profiss�o”. “Pobre n�o nasceu para ser s� faxineiro e pedreiro. Pobre quer ser engenheiro, m�dico. Quero acabar com essa hist�ria de as pessoas pensarem que a gente gosta de ser pobre. Ningu�m gosta de ser pobre, de se vestir mal, de morar mal e de n�o ter estudado”.

 

Houve tempo para uma homenagem a Chico Ferramenta, quadro hist�rico do PT e prefeito de Ipatinga por duas vezes — a �ltima, entre 1997 e 2004. Debilitado, o sindicalista foi levado � frente do palco em uma cadeira de rodas pela esposa Cec�lia, tamb�m ex-prefeita da cidade. “O Vale do A�o tem muito a ver com a minha hist�ria. Vim muitas vezes a portas de f�bricas, n�o apenas na Usiminas, mas em Jo�o Monlevade, Coronel Fabriciano e Tim�teo, sempre acompanhado de um companheiro que est� aqui, um pouco debilitado: Chico”, agradeceu Lula.

 

Lembrando Brizola Antes do discurso de Lula, aliados do petista se revezaram ao microfone. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) p�de falar a plateia e lembrou dos tempos em que foi filiada ao PDT, partido que disputa o pleito nacional deste ano por meio da candidatura de Ciro Gomes. Em meio �s recorrentes cr�ticas de Ciro a Lula, Dilma criticou o pedetista e, para isso, recorreu ao fundador do PDT.

 

“Leonel de Moura Brizola jamais iria para Paris. No dia 2 de outubro, se ele fosse vivo, estaria votando no presidente Luiz In�cio Lula da Silva”, assegurou Dilma. Al�m de outras lideran�as locais, como o candidato a vice-governador na chapa de Kalil, Andr� Quint�o, e o deputado federal Reginaldo Lopes, coordenador da campanha de Lula em Minas – ambos do PT –, o palanque teve nomes nacionais, como o ex-ministro Alo�zio Mercadante (PT) o senador Randolfe Rodrigues e (Rede-AP). Primeiro a discursar, o parlamentar tra�ou um paralelo entre a Inconfid�ncia Mineira e os tempos atuais e chamou Bolsonaro de “canalha fascista”.



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