
Candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (Uni�o Brasil), Marcos Cintra, que chegou a ocupar o cargo de secret�rio da Receita Federal do governo Bolsonaro mas foi demitido pelo presidente em 2019, segue elevando o tom das cr�ticas ao ex-aliado na reta final de sua campanha.
Se vier um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, no entanto, Cintra afirma que vai votar em Bolsonaro.
A postura dele discorda da orienta��o de Luciano Bivar, presidente de seu partido, o Uni�o Brasil, que j� sinalizou oposi��o a Bolsonaro para o segundo turno.
"Frente � alternativa, eu acho que a vis�o bolsonarista combina mais com o meu modo de pensar do que o grupo do PT. N�o com o meu modo de comportamento, mas de pensamento", disse Cintra � coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo.
Ele ressalva que considera faltar capacidade a Bolsonaro para ser um verdadeiro l�der e levar o pa�s para um caminho de progresso continuado e pacifica��o, diz que os meios de debate do presidente s�o toscos e rasteiros.
"Apesar de tudo, ele pensa, quase que instintivamente, de uma maneira mais liberal na qual eu me coloco. Na forma canhestra e mal-educada, ele respeita certas coisas, como liberdade de express�o", afirma.
Cintra tamb�m justifica seu voto em Bolsonaro no segundo turno dizendo que considera ter havido avan�os na �rea econ�mica, que ele atribui ao ministro Paulo Guedes e a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
"Falo muito mal dele, mas n�o posso deixar de reconhecer que o Brasil, na condu��o da pol�tica econ�mica, est� se saindo bem dessa crise. � l�gico, vai vir uma conta depois, tem uma cr�tica com rela��o aos instrumentos que est�o sendo usados. Mas eu acho que a op��o correta foi abordada", afirma.
Defensor hist�rico da volta da CPMF, Cintra usa as redes sociais para divulgar seu projeto do chamado imposto �nico, que n�o conseguiu promover sob Bolsonaro. Em seus tu�tes mais recentes, ele disse que o tributo quase foi adotado no governo Bolsonaro, "mas a ignor�ncia, o populismo e a falta de coragem do presidente interditaram o debate".