
Depois de algum tempo afastado da cena pol�tica, Pimentel retornou aos holofotes neste ano com uma candidatura a deputado federal.
Na semana passada, em Ipatinga, no Vale do A�o, o presidenci�vel petista Luiz In�cio Lula da Silva afirmou que a "�nica coisa" feita por Zema � "criticar o PT".
Ao EM, Pimentel externou sua interpreta��o sobre a fala do correligion�rio. "O que Lula estava querendo dizer � que o PT deveria ter feito a defesa do nosso mandato. N�o fez. Agora, na campanha, certamente esse tema vai voltar. E � hora, sim, n�o s� do PT, mas da campanha de nossa coliga��o, enfrentar as cr�ticas e rebat�-las � altura", pontuou.
Amparadas na express�o "PT-Pimentel", as cr�ticas de Zema ao antecessor s�o utilizadas para atingir Alexandre Kalil (PSD), que disputa o governo mineiro com apoio formal dos petistas.
"O que o presidente (Lula) quis dizer naquele momento era que caberia ter tido uma resposta ao longo dos tr�s anos de governo Zema, por parte do PT, �s cr�ticas que ele tem feito reiteradamente, desde que assumiu o governo. Infelizmente, vamos reconhecer, n�o houve oposi��o a Zema na Assembleia Legislativa, de maneira geral, na cena p�blica", falou.
Em 2018, quando pleiteava a reelei��o, Pimentel obteve 23,12% dos votos v�lidos e terminou o primeiro turno em terceiro lugar. O segundo turno, ent�o, foi disputado por Zema e Antonio Anastasia - � �poca no PSDB e, hoje, no PSD.
A cobran�a de Lula ao PT mineiro
Em Ipatinga, Lula teceu cr�ticas a Zema e cobrou rea��o do PT �s falas do governador, que atribui � agremia��o os problemas financeiros estaduais. "O PT precisa responder todas as cr�ticas que ele faz ao partido", pediu.
Na elei��o de 2018, o PT elegeu dez deputados estaduais. Durante a legislatura, perdeu um assento, porque Mar�lia Campos foi eleita prefeita de Contagem, na Regi�o Metropolitana de BH. Neste ano, quando filiou Andr�ia de Jesus, egressa do Psol, voltou ao patamar inicial.
"N�o obstante o fato de que perdi a elei��o, o PT elegeu a maior bancada de deputados da Assembleia. E, por algum motivo que n�o sei explicar, porque n�o sou deputado, n�o foi feita oposi��o. Ao n�o fazer oposi��o, o partido, ent�o, ficou desabrigado em rela��o a essas cr�ticas. Eu, como ex-governador, n�o tinha como retrucar, porque n�o tinha mandato e voz p�blica para isso - vou ter agora, se for eleito deputado federal", pontuou Pimentel.
'C�u de brigadeiro'
O PT liderou o bloco de oposi��o a Zema na Assembleia. A coaliz�o tem ainda PSB, PCdoB, Pros e Rede. O l�der do grupo � o petista Andr� Quint�o, candidato a vice-governador na chapa de Kalil.
Segundo Pimentel, faltou ao PT mais contund�ncia ao se opor �s ideias do Novo. "O partido, como um todo, claramente era de oposi��o a Zema, mas isso n�o foi verbalizado de maneira eficiente � opini�o p�blica. Ent�o, Zema conseguiu fazer um governo, praticamente, sem sofrer cr�ticas contundentes por parte do mundo pol�tico e da imprensa", criticou.
"Ele navegou em um c�u de brigadeiro. � isso que d� a ele a aprova��o que as pesquisas mostram que, aparentemente, o governo tem. Foi um governo que n�o teve oposi��o", emendou.