
Haddad tamb�m afirmou que o tucano vai contra a heran�a de M�rio Covas (PSDB), ao se aliar a Bolsonaro.
O petista disse que havia expectativa do apoio de Rodrigo, mas que via essa possibilidade como dif�cil devido � aproxima��o com Bolsonaro.
"Pelo hist�rico do Rodrigo Garcia, eu via com alguma dificuldade essa transi��o. Foi muito forte o BolsoDoria em 2018, aproxima��o dele com Bolsonaro era muito grande. Ele me escolheu como advers�rio de primeiro turno. Estava mais ou menos claro que tinha um combinado", disse o ex-prefeito paulistano.
O BolsoDoria foi a estrat�gia usada por Jo�o Doria (PSDB), em 2018, de se colar � imagem de Bolsonaro para se eleger.
O petista ainda apontou contradi��o entre o discurso de campanha de Rodrigo e a pr�tica p�s-elei��o.
Rodrigo tentou colar sua imagem � do ex-governador tucano M�rio Covas, em uma estrat�gia para tentar desvincular seu nome do de Jo�o Doria (PSDB), que carrega grande rejei��o.
Em 1989, no segundo turno, Covas apoiou Lula contra Fernando Collor, que acabou vencendo as elei��es.
Para Haddad, a postura de Rodrigo contradiz a do PSDB hist�rico. "O PSDB hist�rico jamais apoiaria algu�m de extrema-direita. Algu�m consegue imaginar o Mario Covas apoiando o Bolsonaro? Ele [Rodrigo] que se dizia um herdeiro do legado do Covas. Como pode ter se declarado herdeiro do legado do Covas se acaba de fazer algo que Mario Covas, se estivesse vivo, estaria desautorizando", diz.
Questionado se ataques de sua campanha a Rodrigo n�o pesaram na alian�a, Haddad afirmou que se defendeu durante a campanha. "Eu iniciei uma campanha sem ataques a ningu�m porque estava liderando. O Tarc�sio n�o atacou. Tivemos que reagir � campanha massiva do Edson Aparecido", disse, em refer�ncia a pe�as do candidato ao Senado de Rodrigo com cr�ticas � gest�o de Haddad na prefeitura.
Haddad tamb�m foi questionado sobre reuni�o em que lulistas teriam pedido � equipe dele para suavizar cr�ticas a Rodrigo.
"Viemos com os dados dos ataques que est�vamos sofrendo. Eles n�o tinham se dado conta do que a campanha do Edson estava fazendo, porque n�o estavam assistindo a campanha do Edson", disse Haddad. "Estrat�gia foi mantida de comum acordo com a do presidente Lula. N�o tenho campanha solteira e n�o me comporto como campanha solteira".
O coordenador do programa de governo de Fernando Haddad (PT), deputado estadual Em�dio de Souza (PT), tamb�m citou a alian�a de Rodrigo com Tarc�sio e Bolsonaro como a "reedi��o do BolsoDoria que enganou milh�es de paulistas em 2018".
"Mostra que o Rodrigo n�o � paulista raiz, ele � bolsonarista raiz", disse, diferenciando o governador do resto do PSDB. Ele tamb�m afirmou acreditar que se trata de uma medida por estrat�gia de sobreviv�ncia pol�tica, e n�o m�goa por ataques.
O PT ainda considera a possibilidade de dialogar com o PSDB e tamb�m com o eleitorado tucano. "Eu acho que boa parte do eleitorado do Rodrigo acompanha isso n�o. Vamos dialogar com eleitorado dele, boa parte s�o pessoas honestas que t�m apre�o � democracia, eu acho que n�o v�o acompanhar Bolsonaro na loucura dele, no negacionismo, na amea�a democr�tica", disse Em�dio.
Os petistas, antes, apostavam na possibilidade de que Rodrigo se mantivesse neutro em troca do apoio do partido ao candidato tucano no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.