O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) afirmou nesta ter�a-feira (25/10) que, caso seja eleito, n�o vai "ficar procurando sarna para co�ar" em rela��o a seus opositores e aos envolvidos na sua pris�o e na Opera��o Lava-Jato. Ele defendeu uma s�rie de medidas econ�micas para combater a crise atual — como uma reforma tribut�ria. Para implementar as medidas, Lula disse ainda que ser� preciso negociar com os membros do Congresso Nacional "desde j�".
"Eu n�o vou voltar para ficar procurando sarna para me co�ar. Eu vou voltar para tentar atender os interesses desse povo", respondeu Lula, em entrevista � R�dio NovaBrasil FM, ao ser questionado sobre qual Lula vai voltar ao poder caso seja eleito, e como lidar� com os envolvidos na sua pris�o.
"Eu n�o vou perder tempo com quem quer que seja. Eu quero perder tempo discutindo solu��es para o povo brasileiro. Esse � o Lula que vai voltar a presidir o pa�s. Sen�o seria melhor eu ficar em casa. Eu n�o vou ganhar um cargo de presidente da Rep�blica fazendo uma campanha para depois ficar com pol�ticas pequenas tentando me vingar de algu�m", completou o candidato.

"Vamos ter que encontrar um meio de discutir com o Congresso j�"
Segundo o ex-presidente, seus eleitores esperam que ele fa�a um governo melhor do que os seus dois mandatos no Planalto. J� sobre os processos que o levaram � pris�o, no �mbito da Opera��o Lava-Jato, capitaneada pelo senador eleito Sergio Moro (Uni�o-PR), Lula afirmou que os envolvidos ser�o julgados por Deus.
"Ele sabe o que aconteceu, sabe o que � verdade. E eu estou tranquilo, porque j� venci 26 processos da Justi�a Federal, j� venci dois processos na ONU [Organiza��o das Na��es Unidas] e j� venci na Suprema Corte. Portanto, eu n�o devo nada a ningu�m nesse pa�s e muito menos � Lei", declarou Lula.
O candidato disse ainda que, se eleito, colocar� em pr�tica uma s�rie de projetos na �rea econ�mica para combater a crise atual. Entre as inciativas citadas por Lula est�o uma reforma tribut�ria, investimentos na �rea de infraestrutura e retomada de obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). Para implementar tais projetos, ele defende ser necess�rio negociar com os integrantes do Congresso Nacional assim que for eleito.
"N�s vamos ter que encontrar um meio de discutir com o Congresso j� para que a gente possa colocar o dinheiro necess�rio para cumprir o que est� previsto", disse Lula. "Vai demorar um tempo para a gente ir arrumando a casa, acertar com o Congresso, fazer as mudan�as no Or�amento e para que a gente possa, inclusive, come�ar a discutir uma pol�tica tribut�ria que seja mais justa", acrescentou.
Teto de gastos
Questionado sobre sua pol�tica de austeridade fiscal caso eleito, o petista respondeu que "est� dentro da concep��o de governo que eu tenho", e explicou sua posi��o contra o teto de gastos implementado durante o governo de Michel Temer (MDB). "Eu sou contra o teto de gastos, porque quando voc� fez ele, voc� estava pressionado pelo sistema financeiro, que queria receber aquilo que o Estado lhe devia. A gente n�o pode gastar mais do que a gente arrecada, mas a gente pode contrair uma d�vida se for construir um ativo novo, alguma coisa que signifique aumentar a produtividade desse pa�s", disse Lula.