O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, pediu � popula��o brasileira que compare�a �s urnas neste domingo (30/10) e tenha liberdade de escolher o candidato de sua prefer�ncia no segundo turno da elei��o presidencial, disputado entre Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
"N�o permita nenhum tipo de coa��o, amea�a ou oferecimento de benef�cios para constranger sua liberdade de votar. Ass�dio eleitoral � crime, inclusive se praticado pelo empregador em rela��o ao empregado", afirmou Moraes, em pronunciamento em cadeia nacional de r�dio e televis�o na noite deste s�bado (29/10).
O ministro tamb�m citou a obrigatoriedade do transporte gratuito para que as pessoas se desloquem aos locais de vota��o. "Para facilitar o comparecimento e auxiliar todos os eleitores e eleitoras a exercerem seu mais importante direito pol�tico, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral refor�aram a obrigatoriedade do fornecimento integral do transporte p�blico, principalmente o gratuito".
Alexandre de Moraes ainda ressaltou a import�ncia do comparecimento dos brasileiros �s urnas. "No 1º turno, conseguimos o menor n�mero de votos em branco e nulos das �ltimas cinco elei��es, demonstrando o interesse e consci�ncia dos brasileiros e brasileiras na escolha de seus representantes. Vamos agora, no 2º turno, diminuir a absten��o, para juntos construirmos um pa�s melhor".
Ataques de Bolsonaro ao TSE
O TSE se tornou alvo repetidas vezes do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, que atacaram o sistema de urnas eletr�nicas, a derrubada de perfis que divulgavam mentiras nas redes sociais e mais recentemente a rejei��o da a��o contra o suposto boicote �s inser��es da campanha eleitoral do presidente.
O mandat�rio chegou a proferir diversas ofensas contra o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de "moleque" e "patife" e pedindo que ele fosse "homem, uma vez na sua vida".
O chefe do Executivo questionou durante praticamente todo o seu mandato a seguran�a das urnas eletr�nicas, divulgando teorias j� refutadas pelas autoridades. Embora tenha falado menos do sistema eleitoral durante o segundo turno, Bolsonaro afirmou recentemente que os equipamentos s�o "ultrapassados" e "antigos".
Inser��es eleitorais no r�dio
Na segunda-feira (24), a campanha do presidente Jair Bolsonaro ainda lan�ou uma acusa��o sem provas consistentes de que r�dios do Norte e Nordeste estariam boicotando inser��es de r�dio. A den�ncia foi feita em uma entrevista a jornalistas, convocada �s pressas, pelo ministro F�bio Faria (Comunica��es) e o integrante da campanha F�bio Wajngarten.
Dias depois, Moraes decidiu rejeitar a a��o. O presidente do TSE disse que a a��o de Bolsonaro n�o tem provas e se baseia em levantamento de empresa "n�o especializada em auditoria".
O ministro apontou poss�vel "cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua �ltima semana" e mandou o caso para ser avaliado dentro do inqu�rito das "mil�cias digitais", que � relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em entrevista � Folha de S.Paulo, na sexta-feira (28), Faria decidiu desembarcar da iniciativa. Disse que a falha pela falta de fiscaliza��o era do partido do presidente e n�o do tribunal. E acrescentou que se arrependeu profundamente de ter participado da entrevista.