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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Brasil aguarda, apreensivo, um segundo turno incerto entre Lula e Bolsonaro

Se��es eleitorais abrem �s 8h e fecham �s 17h; resultado � esperado poucas horas ap�s encerramento da vota��o, com 156 milh�es de eleitores convocados


30/10/2022 03:00 - atualizado 30/10/2022 07:34

Bolsonaro e Lula de braços erguidos
Bolsonaro e Lula, bra�os erguidos em busca da vit�ria (foto: DOUGLAS MAGNO / AFP - CARL DE SOUZA / AFP)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) travam, neste domingo (30), sua queda de bra�o final pela Presid�ncia da Rep�blica, em um segundo turno de resultado incerto, que mant�m apreensivo um eleitorado profundamente dividido.

A �ltima pesquisa Datafolha publicada neste s�bado (29) reduziu a vantagem de Lula de seis para quatro pontos, com 52% das inten��es de voto contra 48% para Bolsonaro, em compara��o com a consulta anterior, de dois dias atr�s.

Mas h� uma grande incerteza por causa da pequena diferen�a e pelo ocorrido no primeiro turno, quando as pesquisas subestimaram o potencial de Bolsonaro, que acabou ficando atr�s de Lula por apenas cinco puntos (43%-48%).

O presidente, um ex-capit�o do ex�rcito, tem enviado mensagens contradit�rias sobre se reconhecer� os resultados em caso de derrota. Na sexta-feira, assegurou que sim: "Quem tiver mais votos, leva". "Isso que � a democracia".

As se��es eleitorais v�o abrir �s 8h e fechar �s 17h e os resultados s�o esperados poucas horas ap�s o encerramento da vota��o para a qual est�o convocados 156 milh�es de eleitores.

Bolsonaro, de 67 anos, se apoiou na defesa dos valores tradicionais e na melhora recente dos dados econ�micos - desacelera��o da infla��o e queda do desemprego -, para defender um segundo mandato, ao mesmo tempo em que continuou insuflando um discurso nacionalista.

"Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!", reiterou, ao finalizar o r�spido debate televisivo contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, na sexta-feira.

Uma mensagem especialmente valorizada pelo agroneg�cio e a popula��o evang�lica, que representa um ter�o do eleitorado e continua crescendo neste pa�s de maioria cat�lica.

- 'Consertar' o Brasil -


Lula, o veterano l�der da esquerda, de 77 anos, que esperava vencer no primeiro turno, prometeu "consertar o pa�s", ainda impactado pela crise da pandemia e seus 688.000 mortos.

Ele lembrou os feitos socioecon�micos de seus dois mandatos anteriores (2003-2010), quando 30 milh�es de brasileiros sa�ram da pobreza com iniciativas sociais financiadas pelo 'boom' das mat�rias-primas.

O ex-presidente conta com o apoio dos mais vulner�veis e de quem se ressentiu das pol�ticas e das ofensas do presidente, como os jovens, as mulheres e as minorias.

A campanha entre os dois turnos foi ainda mais prof�cua em ofensas e golpes baixos entre os dois advers�rios.

Lula associou Bolsonaro � "pedofilia" e ao "canibalismo", enquanto o presidente acusou o advers�rio de "cachaceiro" e "traidor da p�tria", depois de o ex-sindicalista ter ficado preso por corrup��o por 19 meses, antes de seu processo ser anulado por quest�es processuais em 2019.

A desinforma��o inundou as redes sociais, mas tamb�m os debates televisivos entre dois candidatos que se acusam incessantemente de mentir.

A Justi�a Eleitoral agiu quase que diariamente para determinar a retirada de v�deos que viralizaram com conte�dos falsos dos dois lados.

- Voto contra -

O tom agressivo acentuou a polariza��o e a rejei��o aos dois l�deres.

"Uma parte n�o desprez�vel vai votar nele [Lula] pela rejei��o que tem de Bolsonaro. E a mesma coisa vale do outro lado", disse � AFP Lara Mesquita, professora da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) em S�o Paulo.

Embora os indecisos sejam poucos, "num pleito t�o apertado, podem fazer a diferen�a", afirmou.

Celebridades recorreram � sua popularidade para atrair o voto para seu candidato: o jogador de futebol Neymar para Bolsonaro e os cantores Caetano Veloso e Anitta para Lula.

Se a esquerda vencer, "ser� um governo fr�gil", disse � AFP Brian Winter, redator-chefe da publica��o Americas Quarterly. "No Brasil ressurgiu um movimento conservador muito forte", que se identifica com o presidente, acrescentou.

Um segundo mandato de Bolsonaro, ao contr�rio, "ser� muito parecido com o primeiro, com uma intensifica��o da guerra de valores, e ser� uma era da motosserra" para a Amaz�nia, onde o desmatamento disparou durante seu governo.


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