
Mour�o classificou como "excelente" o pronunciamento do chefe do Executivo, que s� falou por cerca de 2 minutos no Pal�cio do Alvorada, ap�s 45 horas de sil�ncio.
"Implicitamente, quando ele [Bolsonaro] agradece os votos, ele reconhece a vit�ria", disse no Pal�cio do Planalto. Questionado se acha que o mandat�rio deveria parabenizar Lula, o senador eleito diz ser "quest�o de foro �ntimo".
Mour�o n�o foi convidado para acompanhar o pronunciamento do presidente, ao qual acompanhou quase todo o primeiro escal�o do Executivo federal.
Bolsonaro, em sua fala, condenou bloqueios nas estradas por aliados e falou em indigna��o e injusti�a com a elei��o na qual foi derrotado pelo petista Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
O chefe do Executivo n�o citou Lula em nenhum momento nem fez um reconhecimento claro sobre a derrota no �ltimo domingo (30). Mas, ap�s a sua declara��o, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que ser� respons�vel pelo processo de transi��o.
O vice-presidente foi questionado por jornalistas se caber� a ele passar a faixa a Lula, uma vez que Bolsonaro sequer menciona sua derrota. "Calma, faltam dois meses", disse.
'Quase certeza'
Mour�o disse ter "quase certeza" que o presidente passar� a faixa em 1º de janeiro, ao relembrar um trecho de seu discurso em que prometeu cumprir todos os mandamentos da Constitui��o, enquanto presidente e cidad�o.
O vice-presidente tamb�m classificou a conversa que teve com o vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como institucional. Ele foi o primeiro integrante dessa gest�o a falar com a pr�xima.
Depois, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ligou para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para dar in�cio �s tratativas da transi��o.
"Fiz uma comunica��o institucional do atual vice-presidente para o futuro, dizendo que estamos em condi��es de apresentar a estrutura e os trabalhos em andamento, assim como minha esposa est� em condi��es de mostrar o pal�cio para a esposa dele. Algo institucional", disse.
Depois, minimizou a conversa. "Marcou nada n�o, o cara t� cheio de pepino, rapaz. Voc�s est�o sem not�cia".
Mour�o tamb�m fez coro � declara��o do presidente, mais cedo, sobre os diversos protestos de seus apoiadores fecharem rodovias pelo pa�s entre segunda e ter�a-feira. "Quer manifestar, bota faixa na rua, faz as coisas dessa forma", disse, ressaltando que obstru��es em rodovias � uma forma de protestar da esquerda.
O STF (Supremo Tribunal Federal) teve que tomar uma decis�o para determinar a libera��o das estradas.
O presidente disse que manifesta��es pac�ficas s�o bem-vindas, mas que os m�todos "n�o podem ser os da esquerda", e condenou o cerceamento do direito de ir e vir.
"As manifesta��es pac�ficas sempre ser�o bem-vindas. Mas os nossos m�todos n�o podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a popula��o, como invas�o de propriedades, destrui��o de patrim�nio e cerceamento do direito de ir e vir."
"A direita surgiu de verdade em nosso pa�s. Nossa robusta representa��o no Congresso mostra a for�a dos nossos valores: Deus, p�tria, fam�lia e liberdade."