
Para chegar e se manter por cerca de 10 dias na capital federal, o ind�gena teria sido financiado pelo fazendeiro, que explica a a��o e pede mais ajuda financeira em um v�deo. Didi afirma que foi procurado pelo cacique porque “queria ajudar na manifesta��o”.
Ele conta que junto com um grupo de amigos enviou os ind�genas em “oito �nibus de �ndios” e no domingo (11/12) mandou “outras etnias” para Bras�lia. Agora, “est�o com dificuldade de manter os �ndios”. Ele avisa que est�o recebendo entre R$ 30 a R$ 500 e que “podem passar um PIX para a conta direta do Tserere ou passar para a dele”.
“Estamos empenhado nessa luta junto com Tserere e Xavantes para manter nossa democracia e nosso capit�o no governo”, disse.
Quem � o "cacique"?
Tserere n�o tem a fun��o de cacique na aldeia dele, na verdade quem comanda o local � o Cacique Celestino. Interlocutores da Articula��o dos Povos Ind�genas do Brasil (Apib), explicam que o ind�gena n�o � tradicional. Ele se casou h� seis anos com uma mulher n�o ind�gena e atua como pastor evang�lico. A decis�o religiosa ocorreu ap�s ser preso por tr�fico de drogas. Ele diz que recebeu uma aula para se tornar pastor dentro da pris�o e depois "seguiu o chamado".
A vida pol�tica dele teve in�cio em 2010, quando foi candidato � prefeitura de Campin�polis pelo PROS, mas teve vota��o irris�ria, recebendo uma forte rejei��o dos pr�prios Xavantes.
Ainda assim, seguiu pelo caminho da direita e decidiu apoiar Bolsonaro. Em 2020, ganhou notoriedade em grupos bolsonaristas nas redes sociais. No acampamento do Quartel General em Bras�lia, ele anda sem camisa, com o corpo pintado e � filmado tecendo cr�ticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e �s urnas eletr�nicas.
