
Reginaldo, l�der do PT na C�mara dos Deputados, e Randolfe, l�der do governo federal no Congresso Nacional, pedem que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) abra processo para investiga��o do docente. Eles requerem, tamb�m, a inclus�o de Soares no inqu�rito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, e a reten��o das contas do docente nas redes sociais. Segundo os dois parlamentares, Soares "n�o tem qualquer estatura �tico-moral-cidad�" para atuar em um cargo p�blico.
O professor n�o foi � capital federal participar do movimento radical, mas chegou a gravar um v�deo dizendo que a tomada do Congresso ocorreu de "maneira pac�fica".
"O fato � que ele, de maneira deliberada, ostensiva e dolosa apoiou as as condutas criminosas levadas a termo contra o Estado brasileiro e suas Institui��es no instante em que aconteciam e, fazendo apologia, incentivo e for�a aos terroristas via compartilhamento nas redes sociais, permitiu que outros celerados continuassem com a caminhada delituosa", protestam. "O Representado (Soares) aderiu e participou, ainda que � dist�ncia, das a��es il�citas contra a sociedade democr�tica e o patrim�nio p�blico", emendam.
Reitor enfrenta press�es por sa�da
A press�o sobre Janir Soares ocorre desde o dia seguinte aos atos golpistas ocorridos em Bras�lia. O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) recebeu, de 24 parlamentares eleitos por Minas, um pedido pela exonera��o do reitor. O Minist�rio da Educa��o (MEC) abriu sindic�ncia para investigar a conduta do dirigente. H� queixas, tamb�m, entre a comunidade acad�mica da UFVJM.
Nomeado reitor-interventor da UFVJM pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Soares ocupa o cargo desde agosto de 2019. A escolha dele gerou cr�ticas, porque, da lista tr�plice enviada ao governo federal, o professor foi o menos votado pela comunidade da institui��o. Havia a expectativa pela posse de Gilciano Saraiva Nogueira, o primeiro colocado na rela��o de op��es ofertadas � Uni�o.
Em novembro de 2022, o reitor chegou a pedir apoio da Pol�cia Militar de Minas Gerais (PMMG) no fechamento de estradas do estado. A ideia era obstruir as vias e, assim, viabilizar protestos contra o triunfo eleitoral de Lula.
Na semana em que come�ou a ser alvo de queixas p�blicas de parlamentares, Soares escreveu, em e-mail enviado ao Estado de Minas, que tinha "consci�ncia" dos direitos que a Constitui��o Federal garante aos cidad�os.
"Toda acusa��o deve obedecer o devido processo legal. Digo isso se, de fato, ainda estivermos no Estado Democr�tico e de Direito", defendeu. "Estamos indignados com a omiss�o do Congresso Nacional e com o ativismo pol�tico do Judici�rio perante as elei��es de outubro de 2022. Muitas dessas pessoas estiveram, por aproximadamente 68 dias, manifestando em frente a diversos quart�is deste pa�s, pedindo justi�a, esclarecimentos, ordem", pontuou.