
Duas das maiores bancadas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), PT e PL devem ter representantes na nova composi��o da Mesa Diretora do Parlamento. Depois de um acordo em torno da candidatura �nica de Tadeu Martins Leite (MDB) � presid�ncia, deputados estaduais passam a conversar, agora, sobre os ocupantes de outros cargos importantes.
Antonio Carlos Arantes, filiado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve ser o 1° Secret�rio da Casa pelos pr�ximos dois anos. O PT, por sua vez, pleiteia a vice-presid�ncia. No partido, Leninha � o nome de consenso para a vaga. H�, por�m, segundo apurou o Estado de Minas, a necessidade de acerto com o PSD, que tamb�m almeja o posto.
De toda forma, a tend�ncia � que os petistas tenham algum tipo de representa��o na Mesa Diretora. O partido tem 12 deputados e forma a maior bancada da Casa. Antes do acordo por uma candidatura �nica, e a reboque do PT, Tadeuzinho - como o emedebista � chamado pelos colegas - j� havia conseguido mais oito votos. Isso porque PCdoB, PV, Rede e Psol, as outras legendas da coaliz�o � esquerda da Assembleia, resolveram apoi�-lo.
Depois do PT, os partidos com mais representantes na Assembleia s�o PL e PSD - nove deputados cada.
Na atual legislatura, os liberais t�m Arantes como representante na Mesa Diretora - ele � o vice-presidente da gest�o de Agostinho Patrus (PSD). A partir 1° de fevereiro, quando assumir� o posto de 1° Secret�rio, o parlamentar vai atuar como uma esp�cie de "s�ndico" da Assembleia.
Entre as responsabilidades do ocupante do cargo est�, por exemplo, a assinatura dos contratos firmados com estagi�rios. Caber� a Arantes, tamb�m, ler, em plen�rio, as correspond�ncias e mensagens enviadas pelo governador Romeu Zema (Novo).
"Para mim � uma honra permanecer na dire��o da Assembleia Legislativa. Quero renovar meu compromisso de continuar representando meus eleitores, o povo de nosso estado e, claro, a honrada pol�tica mineira", disse, ao comentar a participa��o na chapa de Tadeuzinho.
Mesmo em campos opostos do espectro pol�tico, PT e PL anunciaram apoio a Tadeuzinho antes da candidatura dele se tornar a �nica. Nos bastidores, a avalia��o � que o emedebista tem tr�nsito com todas as bancadas. Por isso, n�o h� motivo para tornar a disputa ideol�gica um tema protagonista no debate sobre o comando da Assembleia.
Governo quer ambiente positivo para destravar pautas
Antes da costura que assegurou a candidatura �nica de Tadeuzinho, deputados aliados a Zema, capitaneados pelo secret�rio de Estado de Governo, Igor Eto, buscaram construir uma chapa alinhada ao Pal�cio Tiradentes.
O l�der do governo na Assembleia, Roberto Andrade (Patriota), articulou para disputar a elei��o, mas abriu m�o em prol de Duarte Bechir (PSD). O movimento feito para tentar angariar mais apoio a uma chapa que tivesse a simpatia inicial de Zema n�o surtiu efeito. Restou, ent�o, a possibilidade de compor com Tadeuzinho.
"A elei��o da mesa � um tema interno da Assembleia, mas tenho certeza de que a unifica��o dos deputados ao redor de uma candidatura �nica seria a melhor (escolha) para os mineiros", defendeu Zema, dois dias atr�s.
Apesar do rev�s, interlocutores ligados ao governo acreditam que ser� poss�vel construir boa rela��o com Tadeuzinho. Ele � amigo de Igor Eto, respons�vel por comandar as articula��es do Executivo junto ao Legislativo. Pesa na equa��o, ainda, o fato de o MDB ter apoiado formalmente a reelei��o de Zema.