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Estado de Minas YANOMAMIS

For�a Nacional come�a a atuar na reserva ind�gena yanom�mi

Ministros da Defesa e dos Direitos Humanos e 100 policiais desembarcam em Boa Vista para ampliar prote��o


09/02/2023 04:00 - atualizado 09/02/2023 09:37

Bras�lia – Cem policiais da For�a Nacional chegaram a Boa Vista, capital de Roraima, ontem, para atuar com agentes do Ibama  e da Funai na defesa da Terra Ind�gena Yanomami, com apreens�o e destrui��o de aeronaves, dragas e outros materiais usados por garimpeiros, al�m da expuls�o dos invasores. Os agentes chegaram em um avi�o da For�a A�rea Brasileira e atuar�o, inicialmente, na prote��o das bases da Funda��o Nacional dos Povos Ind�genas (Funai) e na seguran�a dos 68 polos de atendimento m�dico dentro do territ�rio ind�gena. A base dos policiais em Boa Vista ficar� em alojamento no parque de Exposi��es Dand�ezinho, regi�o do Monte Cristo, zona rural da cidade, espa�o do governo do estado.      Em 20 de janeiro, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva decretou “emerg�ncia em sa�de p�blica de import�ncia nacional” e criou o Centro de Opera��es de Emerg�ncias em Sa�de P�blica (COE), respons�vel por coordenar as medidas para resolver a crise.

 

Ontem, os ministros da Defesa, Jos� M�cio, e dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, tamb�m desembarcaram na Base A�rea de Boa Vista. Eles cumprem uma s�rie de agendas no estado. Na primeira parte da viagem, eles visitaram a Base da Opera��o Acolhida, que recebe os imigrantes venezuelanos, incluindo visita ao posto de recep��o, ao Centro de Coordena��o de Interioriza��o e aos abrigos. Em seguida, fizeram vistoria na Casa de Sa�de Ind�gena Yanomami (Casai), tamb�m na capital. Hoje, ambos embarcam para uma visita ao polo de Surucuru, que � um dos centros de refer�ncia no territ�rio. O local fica a cerca de 1h30min de voo da capital do estado. Eles retornam a Bras�lia no mesmo dia. 

 

A FAB iniciou a reabertura parcial do espa�o a�reo sobre a terra ind�gena para permitir a sa�da coordenada e espont�nea de garimpeiros que atuam ilegalmente na regi�o. A medida come�ou a vigorar na segunda-feira e vai durar a pr�xima segunda-feira (13/2). Segundo a FAB, foram criados tr�s corredores a�reos. As aeronaves ter�o autoriza��o de voo desde que se mantenham dentro dos limites laterais e verticais estabelecidos. As novas regras foram normatizadas pela FAB por meio de Notam, sigla em ingl�s para Notice to Air Missions, que informa � comunidade aeron�utica sobre a opera��o.

 

Estruturas de atendimento em condi��es prec�rias, falta de profissionais e uma desassist�ncia generalizada. Essas s�o as principais conclus�es de um relat�rio do Minist�rio da Sa�de sobre a situa��o da sa�de na terra yanomami, em Roraima. A situa��o se agravou nos �ltimos quatro anos. A equipe da Secretaria Especial de Sa�de Ind�gena (Sesai), vinculada ao Minist�rio da Sa�de, levantou as informa��es do relat�rio entre 15 e 25 de janeiro deste ano.

 

Aeronave destruída, ontem, dentro do território yanomami
Aeronave usada por garimpeiros foi destru�da, ontem, dentro do territ�rio yanomami (foto: IBAMA/DIVULGA��O)
Outro fator que dificultou o atendimento �s pessoas na regi�o foi a falta de insumos, em especial, de medicamentos. As remo��es de urg�ncia necessitam de insumos como carrinho de parada, oxig�nio medicinal em cilindro pequeno, desfibrilador autom�tico externo (DEA), suporte de soro, mas nada disso estava � disposi��o da equipe no momento do trabalho de campo.

 

A terra yanomami, a maior do Brasil em extens�o territorial, tem popula��o de 30,5 mil ind�genas, sendo pelo menos 5,6 mil crian�as menores de 5 anos. Ao todo, h� 68 polos-base para atendimento prim�rio em sa�de, mas a situa��o dessas unidades � prec�ria. "De fato, temos uma situa��o de muita precariedade na nossa infraestrutura e, a partir desse plano, estaremos realizando todas as melhorias, para al�m do or�amento que a Sesai j� tem. H� uma decis�o da Presid�ncia da Rep�blica, do Minist�rio da Sa�de, de conseguir uma dota��o or�ament�ria espec�fica para mitigar e para resolver essas situa��es aqui no territ�rio yanomami", afirmou o titular da Sesai, Ricardo Weibe Tapeba, em entrevista coletiva ontem (8/2). Ele est� em Boa Vista acompanhando as a��es de enfrentamento � crise.

 

O secret�rio criticou o que chamou de aparelhamento pol�tico no servi�o p�blico de assist�ncia � sa�de do povo yanomami. Segundo ele, uma auditoria realizada pelo pr�prio Minist�rio da Sa�de no DSEI Yanomami j� identificou irregularidades em contratos da unidade, e a Pol�cia Federal ainda investiga o envolvimento de agentes pol�ticos em conluio com garimpeiros.

 

A equipe que fez o levantamento para o relat�rio come�ou investigando a den�ncia de tr�s �bitos de crian�as, que ocorreram entre 24 e 27 de dezembro do ano passado. 

O documento destaca que, na ocasi�o, chegaram a ser abertos 17 chamados aerom�dicos para casos graves que exigiam transporte imediato. J� em janeiro, a equipe da miss�o explorat�ria constatou pelo menos 10 remo��es por dia, sendo que 23 crian�as foram resgatadas de uma s� vez em uma delas. Somente em janeiro, de acordo com o COE, foram efetuadas 223 remo��es, sendo 111 deslocamentos dentro do territ�rio e 112 para Boa Vista. Segundo as equipes locais, os principais agravos de sa�de na regi�o s�o de mal�ria, pneumonia, desnutri��o e acidente com animais pe�onhentos.

 

"A altera��o na Zona de Identifica��o de Defesa A�rea (Zida) acrescenta, ainda, que as aeronaves que decolarem de localidades distantes desses corredores devem voar perpendicularmente at� ingresso em um deles, para ap�s prosseguir em seu voo. Os corredores s�o de seis milhas n�uticas (NM) de largura, o que equivale a cerca de 11 quil�metros", informou a FAB. 

 

Setores de intelig�ncia do governo federal e o pr�prio movimento ind�gena identificaram fuga de garimpeiros nos �ltimos dias por terra e por via fluvial. Como a principal forma de acesso ao territ�rio � por via a�rea, a reabertura para os voos deve acelerar a sa�da dos invasores. Uma aeronave foi apreendida e queimada ontem. (Ag�ncia Brasil)

 

 

FAB faz bloqueio a�reo na regi�o

Bras�lia – As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas �reas determinadas pela For�a A�rea estar�o sujeitas �s Medidas de Policiamento do Espa�o A�reo (MPEA), que v�o desde a identifica��o da aeronave, pedidos de mudan�a de rota e pouso obrigat�rio at� tiros de advert�ncia e os chamados tiros de deten��o, que s�o disparos com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora. O bloqueio a�reo come�ou a vigorar no in�cio da semana passada, ap�s a edi��o de um decreto presidencial.

 

Representantes dos garimpeiros comemoraram a medida, que vai facilitar uma resolu��o da crise com menor possibilidade de conflitos. A reabertura do espa�o a�reo na �rea yanomami era uma demanda do segmento. "Entendemos que o governo est� sendo sens�vel � crise. � um momento de p�nico para milhares de garimpeiros que pretendem, voluntariamente, deixar a �rea. Pedimos, fizemos a mobiliza��o da forma que se poderia fazer para ajudar, para que n�o houvesse conflitos", afirmou o coordenador de articula��o pol�tica do Movimento Garimpo � Legal, Jailson Mesquita.

 

Segundo Mesquita, tamb�m � preciso manter as vias fluviais abertas para que os garimpeiros que est�o de canoa e outras embarca��es possam tamb�m deixar o territ�rio. "Quem ficou para tr�s foram os menos favorecidos, quem n�o tinha dinheiro, quem n�o tinha condi��o. Agora, vamos ver essa retirada a�, mas j� � um passo, um importante passo", disse. (Ag�ncia Brasil)


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