
A Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro ir� ouvir, nesta ter�a-feira (15/8), o fot�grafo da ag�ncia de not�cias Reuters, Adriano Machado, que participou da cobertura jornal�stica do epis�dio de destrui��o dos pr�dios-sede dos Tr�s Poderes.
Parlamentares justificaram a convoca��o pois Machado, em imagens de c�meras de seguran�a, teria sido filmado confraternizando com manifestantes bolsonaristas que invadiram o Pal�cio do Planalto. A oitiva foi pedida em nove requerimentos diferentes.
“Neste v�deo, ele aparece em companhia de manifestantes fazendo fotos flagrantemente planejadas e coreografadas, no interior do Pal�cio do Planalto, demonstrando familiaridade com aqueles que se encontravam no ambiente, al�m de estar protegido por aqueles que o acompanhavam, como se tudo estivesse combinado”, afirma o senador Eduardo Gir�o (Novo-CE) em seu requerimento.
J� na quinta (17), a CPMI tomar� o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, que afirma ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), e ter sido questionado sobre a possibilidade de invadir as urnas eletr�nicas. O hacker ficou conhecido por ter vazado mensagens de membros da Opera��o Lava-Jato, epis�dio nomeado de Vaza-Jato. A oitiva estava prevista para acontecer na �ltima quinta (10).
“Penso que a oitiva do hacker Walter Delgatti s� ser� contributiva para a CPMI de 8 de janeiro depois que tivermos acesso aos documentos e provas, como quebras de sigilos e outros. N�o adianta ouvi-lo agora sem os elementos necess�rios para confront�-lo”, afirmou o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (Uni�o-BA), durante a sess�o que adiou o depoimento.
Delgatti foi preso pela Pol�cia Federal (PF) no dia 2 de agosto e � alvo de uma investiga��o sobre a inser��o de 11 alvar�s de soltura e um mandado de pris�o contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Banco Nacional de Monitoramento de Pris�es do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), entre os dias 4 e 6 de janeiro deste ano, dias antes dos atos golpistas.