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Estado de Minas REA��O INTEGRADA

Apag�o for�a 'a��o controlada' para redistribui��o de energia

Especialistas veem com naturalidade interven��o do ONS para deslocar eletricidade e garantir abastecimento em setores essenciais


16/08/2023 04:00 - atualizado 16/08/2023 07:22
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Geraldo Alckmin disse que providência contra o apagão foram tomadas rapidamente
Geraldo Alckmin disse que provid�ncia contra o apag�o foram tomadas rapidamente (foto: MAURO PIMENTEL/AFP)

O apag�o nacional em 25 estados e no Distrito Federal, entre as 8h31 e as 14h49, foi considerado um evento raro pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). “Operamos no modelo N – 1, que � redundante, ou seja, � necess�ria uma duplicidade de dois eventos de grande magnitude concomitantemente”, afirmou. Segundo, um relat�rio completo s� ser� disponibilizado em 48 horas, mas j� � poss�vel afirmar que um dos problemas ocorreu no Norte do Cear�. O �nico estado n�o atingido foi Roraima, que n�o faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), porque a energia no estado � fornecida por termel�tricas locais.

O Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) informou, em nota, que o apag�o el�trico que atingiu todas as regi�es do pa�s foi parte de uma “a��o controlada” do �rg�o para evitar maiores danos � rede el�trica do pa�s. A a��o foi vista com naturalidade por especialistas. “Entrou em vigor um protocolo do ONS chamado Esquema Regional de Al�vio de Carga (Erac). Como muitas usinas foram desconectadas por algum dist�rbio, as demais poderiam aumentar a produ��o e suprir a necessidade. O plano corta a energia de �reas de menor impacto e passa para as regi�es de mais import�ncia”, explicou Lucas Freitas de Paiva, CEO da startup Lead Energy e especialista em energia el�trica.

Lucas tamb�m aponta que o sistema el�trico brasileiro passou por uma extens�o para criar interliga��es, aumentando a seguran�a e evitando que problemas maiores, como o de ontem, ocorram com frequ�ncia. “O sistema faz com que todas as usinas e casas estejam conectadas de alguma forma, reduzindo os riscos e aumentando as seguran�as. Em 2001, as liga��es n�o eram muito fortes. N�o conseguimos levar a energia do sul para o resto do pa�s. Essas liga��es s�o muito importantes para aumentar a seguran�a do sistema”, explicou.

Na entrevista, o ministro Alexandre Silveira revelou que existe a possibilidade do problema no Cear� ter sido sobrecarga do sistema. A teoria � corroborada pelo engenheiro e consultor no setor el�trico Marcelo Feretto. “O que pode ter ocorrido hoje � uma eleva��o no fluxo de carga em algum ponto de conex�o, visto que o SIN segue com sobre oferta de energia e em meio ao per�odo do ano em que registramos os melhores ventos para produ��o de energia e�lica, indo de junho a novembro, conhecido como safra dos ventos. Relembrando que at� o momento a motiva��o n�o foi apontada pelo ONS”, declarou.

Feretto relembrou que em 21 de mar�o de 2018, outro epis�dio foi registrado na usina hidrel�trica de Belo Monte, quando foi colocada, indevidamente, uma prote��o de sobrecorrente no disjuntor, fazendo com que ele abrisse quando o fluxo da linha chegasse pr�ximo a 4.000 MW. “Houve o desligamento autom�tico de diversas linhas de transmiss�o, separando o subsistema Norte do Nordeste e essas duas regi�es dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Com a separa��o dos subsistemas, o Norte ficou com excesso de gera��o, o que provocou sobretens�o nas linhas, levando � perda das linhas de transmiss�o. A frequ�ncia chegou a 70 Hz, a regi�o Norte veio a blecaute. Na ocasi�o o Erac atuou em cinco est�gios e a frequ�ncia se normalizou em 60 Hz”, explicou.
 

“Estamos todos t�o acostumados que quando falta luz cria-se um caos. De todos os servi�os p�blicos incluindo �gua, esgoto, coleta de lixo, internet, celular, telefonia, a eletricidade � a que apresenta a maior cobertura, com mais de 99%, e a melhor avalia��o de qualidade pela popula��o. Nosso sistema � baseado em energia renov�vel, principalmente hidroel�trica”, explicou o economista da Funda��o Getulio Vargas, Marcelo Neri.

ALCKMIN


Ap�s o in�cio do apag�o, o presidente em exerc�cio, Geraldo Alckmin, informou que a situa��o seria normalizada em poucas horas e que a a��o do Minist�rio de Minas e Energia para recomposi��o seria r�pida. “Eu fiquei sabendo logo em seguida, �s 8h30 da manh�, mas as provid�ncias foram tomadas rapidamente”. Ele afirmou que as regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste j� estavam normalizadas e que houve dificuldade operacional em Imperatriz, no Maranh�o, mas ele acredita que o problema ser� superado em breve.
Em outras regi�es, entretanto, a falta de energia durou mais de seis horas. O Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) informou que seis horas depois do in�cio da interrup��o de energia em grande parte do pa�s, a maior parte dos 16 mil megawatts (MW) que haviam sido interrompidos pela manh� j� havia sido restabelecida.






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