
Segundo a den�ncia, que ainda vai ser analisada pela C�mara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), o gabinete da vereadora teve acesso aos autos em dezembro de 2021 e tamb�m em abril de 2022, mas s� pediu explica��es em agosto, ap�s o in�cio das elei��es para o governo de Minas. No segundo acesso, de acordo com o pedido do ex-prefeito, j� tinha sido juntado aos autos, o pedido de extin��o da execu��o feito pela Procuradoria-Geral do munic�pio.
"A tese que se pretende ver investigada � que Fernanda Pereira Alto� sabia que o pedido de extin��o da execu��o fiscal era legal. A representada esperou quase 100 dias para pedir explica��es sobre algo que j� sabia ser legal, somente para criar um fato pol�tico desfavor�vel ao representado, favorecendo a candidatura de Romeu Zema Neto, filiado ao mesmo partido de Fernanda Pereira Alto�", afirma o pedido, que levanta outra hip�tese, tamb�m denunciada como abuso de poder pelo ex-prefeito.
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"Alternativamente, se Fernanda Alto� n�o sabia, de plano, da legalidade do pedido de extin��o da execu��o fiscal, ainda assim, tamb�m abusou das prerrogativas de vereadora. Isso porque deveria ter tomado provid�ncias de imediato, cobrando explica��es do Poder Executivo Municipal". De acordo com a den�ncia a vereadora teria esperado o in�cio oficial da campanha para dar publicidade ao fato com o intuito de favorecer o governador.
Em nota, a vereadora chamou o pedido de Kalil de “oportunismo” e se disse indignada com o “uso de um instrumento s�rio, que � a cassa��o, para fins pol�ticos”. Alto� disse ainda que vai aguardar o momento para fazer sua defesa.
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Kalil n�o quis comentar a den�ncia. O governador Zema n�o se manifestou sobre o caso. Esse � o quarto pedido de cassa��o de mandato protocolado na CMBH somente este m�s. O primeiro pedido contra o presidente da C�mara, Gabriel Azevedo (sem partido), foi arquivado, depois de troca de acusa��es de fraude entre o mandat�rio do Legislativo e o ex-corregedor, vereador Marcos Crispim (Pode).
Crispim alega que Azevedo fraudou o arquivamento. Por sua vez, Crispim � acusado de ter voltado atr�s no arquivamento e ter acusado Azevedo de fraude. Por causa dessa confus�o, foi aberto um pedido de cassa��o contra Crispim, arquivado por unanimidade, e outro contra Azevedo, que come�ou a tramitar na �ltima segunda com o apoio de 26 vereadores, 14 absten��es e nenhum voto contr�rio.
