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Estado de Minas OPERA��O DA PF

Moraes afasta n�mero 3 da Abin, e PF prende 2 servidores em opera��o

PF suspeita que servidores da Abin teriam usado o software de monitoramento para invadir a rede de telefonia e acessar dados de localiza��o de alvos


20/10/2023 08:30 - atualizado 20/10/2023 09:09
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Sede da Abin, em Brasília
Sede da Abin, em Bras�lia (foto: Wikimedia Commons)
A Pol�cia Federal realiza opera��o nesta sexta-feira (20) para investigar o uso irregular de um sistema secreto de monitoramento da Abin (Ag�ncia Brasileira de Investiga��o) para monitorar a geolocaliza��o de celulares.

Segundo a PF, a suspeita � que servidores da ag�ncia teriam usado o software de monitoramento para invadir "reiteradas vezes" a rede de telefonia e acessar os dados de localiza��o dos alvos.

Um processo administrativo disciplinar chegou a ser aberto internamente para apurar a conduta desses servidores. Segundo a PF, dois dos investigados teriam "utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coer��o indireta para evitar a demiss�o".

S�o cumpridos 25 mandados de busca e apreens�o e dois de pris�o preventiva em S�o Paulo, Santa Catarina, Paran�, Goi�s e no Distrito Federal.

Os dois servidores suspeitos de coer��o foram presos. A reportagem apurou que foram detidos Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky.

Al�m das buscas e pris�es, o STF (Supremo Tribunal Federal) ainda determinou o afastamento de Paulo Maur�cio Fortunato Pinto, atual n�mero 3 da Abin.

Durante o governo Bolsonaro, ele atuou como diretor de Opera��es de Intelig�ncia da ag�ncia —�rea respons�vel por adquirir e manusear o software de monitoramento dos celulares.

Pinto foi mantido como secret�rio de Planejamento e Gest�o, o terceiro cargo mais alto na estrutura da Abin, mesmo com a posse do atual chefe da ag�ncia, Luiz Fernando Corr�a.

A reportagem ainda n�o conseguiu contato com as defesas dos alvos da opera��o.

A Abin adquiriu um software de monitoramento de localiza��o de celulares em 2018, no fim da gest�o de Michel Temer, por R$ 5,7 milh�es e sem licita��o. A ferramenta chama-se FirstMile e permite rastrear os dados de GPS de qualquer pessoa pelos dados transferidos de seu celular para torres de telecomunica��o.

Esse sistema secreto foi usado por servidores da Abin nos tr�s primeiros anos do governo Jair Bolsonaro (PL) sem nenhum protocolo oficial ou autoriza��o judicial para monitoramento dos alvos da ag�ncia, como revelou o jornal O Globo.

O software permite realizar consultas de at� 10 mil celulares a cada 12 meses. Era poss�vel, ainda, criar alertas em tempo real, para informar quando um dos alvos se movia para outros locais.

COMO � O PROGRAMA?

- A ferramenta FirstMile permitia monitorar os passos de at� 10 mil pessoas a cada 12 meses. Para iniciar o rastreio, bastava digitar o n�mero de celular da pessoa.

- O programa cria um hist�rico de deslocamentos e permite a cria��o de "alertas em tempo real" da movimenta��o de alvos em diferentes endere�os.

- O software foi comprado por R$ 5,7 milh�es da israelense Cognyte, com dispensa de licita��o, no final do governo Michel Temer (MDB). A ferramenta foi usada pelo governo Bolsonaro at� meados de 2021.

 

 

 


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