Para Atl�tico s� resta secar o Inter

O Atl�tico pagou caro mais uma vez por n�o mostrar poder de defini��o e tem grande chance de dar adeus hoje, matematicamente, � possibilidade de conquistar o Campeonato Brasileiro. Jogando mal, o Galo n�o passou do empate por 1 a 1 com o Bahia, ontem � noite, no Mineir�o – gol de Sasha para o alvinegro e Rossi para os visitantes. A duas rodadas do fim da competi��o, o time comandado por Jorge Sampaoli precisa, mais do que nunca, secar a concorr�ncia para manter o sonho da ta�a vivo.

Como novamente n�o fez seu papel em campo, o Galo tem de contar com derrota do Internacional, nesta tarde, para o Vasco, em S�o Janu�rio. Com 62 pontos, o alvinegro est� a quatro do time ga�cho. Outro advers�rio que ter� torcida contra � o Flamengo, que soma 65 pontos e recebe o Corinthians, no Maracan�. Os dois jogos come�am �s 16h.

Na pr�xima rodada, o Atl�tico encara o Sport, domingo, �s 16h, na Ilha do Retiro. O Le�o est� amea�ado pelo rebaixamento, que ontem fez sua segunda v�tima: o Coritiba, com a derrota por 2 a 0 para o Santos, na Vila Belmiro. Na despedida do Brasileiro, o Galo vai receber o Palmeiras, dia 25 (quinta-feira), �s 21h30, no Mineir�o.

Os pr�prios jogadores parecem ter sentido o peso do empate, j� que deixaram o campo sem dar entrevista. Foi o terceiro jogo seguido do time sem vit�ria no Brasileiro. Antes, havia perdido para o Goi�s e empatado com o Fluminense, ambos fora de casa. 

A frustra��o desta vez foi maior porque o alvinegro, melhor mandante do campeonato, n�o conseguiu vencer o dono do pior aproveitamento como visitante: em 18 partidas longe de Salvador, o Bahia ganhou s� duas, empatou seis e perdeu nada menos que 10.

Um dos poucos a se salvar foi o goleiro Everson, que vem sendo alvo de cr�ticas por parte dos torcedores, mas fez pelo menos duas defesas milagrosas e evitou a derrota.

Rea��es de Sampaoli

Durante a partida, com mais uma atua��o abaixo do esperado, acabou chamando a aten��o uma discuss�o entre Sampaoli e o armador Gregore, do tricolor baiano, aos 43min do segundo tempo. O treinador argentino pegou a bola que havia sa�do pela linha lateral impedindo uma cobran�a r�pida a favor dos visitantes. 

Na sequ�ncia do lance, Gregore a entregou para seu companheiro de equipe e iniciou um bate-boca com Sampaoli. O atacante Eduardo Sasha apaziguou a situa��o e os visitantes deram continuidade ao jogo.

N�o foi a primeira vez que o t�cnico atleticano se envolveu em discuss�o com advers�rios. No empate sem gols com o Fluminense, ele reclamou de falta do armador Nen� em disputa de bola com Guga, na lateral de campo. O veterano rebateu dizendo: “Cala a boca, seu m*****, cala a boca”.

Na entrevista coletiva depois do jogo, Sampaoli foi perguntado a respeito de seu futuro – ele estaria na mira do franc�s Olympique de Marseille. Ele n�o respondeu se vai cumprir o contrato com o Galo at� o fim de 2021 ou se voltar� ao futebol europeu.

“N�o sei. O futebol muda o tempo todo. � muito inst�vel, especialmente neste pa�s. O treinador dura muito pouco, n�o se consolida muito o trabalho e as ideias”, afirmou o argentino, referindo-se � pouca estabilidade que os treinadores t�m no futebol brasileiro.

Segundo ele, o futuro � incerto: “S� me resta pensar no pr�ximo jogo, tratar de ganhar e chegar o mais longe na tabela de classifica��o. O resto � indecifr�vel, porque se voc� analisar historicamente o que se passa com todos os treinadores aqui no Brasil � a instabilidade. N�o sou diferente disso. Se n�o ganho, sou o pior. Se ganho, sou o melhor. Seguramente, meu trabalho tamb�m � avaliado pelos resultados. S� penso na volta ao trabalho na segunda, corrigir os erros e tratar de ganhar o pr�ximo jogo”.